dezembro 2010

Tenho todos os defeitos do mundo e ainda assim não vejo sentido em me punir ou me castigar. Pra que sofrer se nada disso faz mudar?
Não sei com exatidão, só sei que vejo entre cenas entrecortadas planos diferentes a cada dia de meus proprios closes na tela grande.
O filme ou talvez a novela não acabou, mas parece que os creditos insistem em aparecer, subir ate um infinito, realmente sem fim...
Não que eu não identifique o protagonista... Mas o problema é que há muitos antagonistas ao redor.
Não vejo sentido nem razão em me castigar e nem mesmo em me ferir.
Uma hora a cena muda, uma hora o plano gira e tudo se ajusta e mesmo quando os creditos sobem... É sempre hora de levantar da poltrona e começar uma nova historia ou continuar uma já existente.
Tenho todos os defeitos do mundo e ainda assim não vejo sentido em me punir ou me castigar. Pra que sofrer se nada disso faz mudar?
Pra que??

Sentado eu observo tudo que esta a minha frente. Fico ali parado; tentando imaginar algo o que fazer.
Não consigo achar uma solução, tudo passa em volta e nada aparentemente fica.
Saio do meu estado de catarse e vejo um mundo novo, onde nada mais importa, senão o que realmente faz bombear sangue ao resto da carne.
Mas de repente tudo parece cair por terra, e olho novamente ao redor e tudo parece estar escuro, escondido de mim, nada mais faz sentido, a dor volta, o perigo atrofia qualquer esperança, e aos poucos a luz vai diminuindo dentro pra fazer a mesma brilhar fora. Num bizarro contraste de certo e errado, de necessario e inevitavel.
Tudo para mais uma vez, cair...ficar de joelhos e pedir: "Transforme em asas minha cruz... Faça de meu pranto mar para que eu posso fugir, venha ate mim e me resgate, me dê a mão que tanto pedi, traga a chama pra aquecer esse inverno dentro de mim."
O silêncio é minha resposta e mais uma vez sentado, eu observo o mundo girando a minha volta.
E sem volta eu me vejo, girando com ele... Mesmo sem querer, mesmo querendo parar... Eu giro e cada giro me nausea mais e mais... Girando, girando, girando....

36 horas direto... 3 dias sem dormir... Noite alucinante, sonhos e realidade se misturam na memoria e feito um virus , flashes que jamais se apagarão das lembranças.
Saimos de São Paulo com um mega atraso. Van chega e medo começa a escorrer. Antes porem um esquenta do modo que só pessoas que se gostam poderiam propiciar.
Risadas, bebidas e o cansaço começa a bater.
Alguem avista o Cristo e com seus braços abertos ao longe o Rio de Janeiro aparece. Surge timido, quente e aos poucos se revela (não, não há lugar como NOSSO lar)
Mas nada importava realmente; eramos nós, iguais rumo a um unico destino: Rock.
Da Lapa a Copacabana nos vimos imersos em pura descontração.
Realmente quando Ela cantava: Este pode ser o ultimo dia de nossas vidas... ultima chenca de fazer tudo ter valido a pena... diga sempre tudo que precisa dizer..arrisque mais, pra não se arrepender...
Ela mais uma vez estava certa...
Quando Ela cantava: to aproveitando cada segundo antes que isso aqui, vire uma tragedia...
Sim Ela tambem estava certa...
No meu caso só me abstive do arriscar. Mas cumprindo uma promessa que antes de tudo fiz a mim mesmo... Fui eu mesmo em cada segundo, a cada momento a cada olhar... A Cada Olhar...
E com areia e sal, cansaço e ansiedade o Rock veio nos segurar pelas mãos e nos enlouquecer.
Possessão? Piração? Loucura?
Qualquer um serve. O que se via ali não era o caos; era o inferno.. O Hell.
Assim como num espetaculo as luzes diminuiram para outras mais fortes se intensificarem... Som alto, e os tons acertados... Uma só batida de 3000 corações... Uma só voz de 3000 pulmões... E uma só alma flutuando alem da carne e do metal: A minha.
Ali como dizem: Ta no inferno abrace o capeta... Ou: Só podem realmente se auto-conhecerem aqueles que foram ao inferno e voltaram. Eu fui vivi nele e retornei... Acho...
Minha alma foi lavada a cada letra, a cada musica, a cada movimento, a cada cheiro, a cada sensação, a cada passo, a cada grito, a cada lagrima...
Um pedaço de mim que eu nunca havia conhecido foi me apresentado. Mas acho que essa parte, esse pedaço ficou por lá.. Ou ao menos se perdeu um pouco...
Mas espero que saiba mandar noticias...
Ali, fiz valer cada segundo, como se fosse o ultimo dia da minha vida... Realmente pode ter sido... Ao menos eu fui esperando com que fosse. Hoje já não sei mais.
Na volta, mais medo, sono, o corpo pedindo por paz... Mas o espirito com o grito contido querendo transbordar: Eu não quero ir embora mas é preciso... Eu quero mais muito mais....
E foi durante a madrugada enquanto todos dormiam que eu fiz um pedido, esperando que naquele momento uma estrela cadente passa-se no ceu...
E chorei como nunca antes, e pensei como nunca antes e amei, sim de fato amei, como nunca antes...
Amanheceu... A volta à realidade era iminente... De volta ao lar, moidos, estraçalhados, acabados, e realizados cada um seguiu seu caminho... A despedida não saiu - por medo, novamente o medo; de não conseguir dar os passos que precisavam ser dados - .
36 horas de lagrimas, 36 horas de amor, 36 horas de euforia, 36 horas de alegrias, 36 horas de emoção, 36 horas de amizades, 36 horas de algo alem da realidade, 36 horas de misterio, fantasia e cativação.
36 horas em que sim fiz valer cada batida do meu coração.

Acho engraçado alguns fatos da vida.
Ela mexe conosco de maneiras estranhas.
Eu poderia dissertar sobre(com certeza renderia um bom texto, com teorias e suposições no minino interessantes) mas não o farei.
Basta explicar um ponto: Pra mim hoje, a vida é uma paixão.
Não, não significa que eu esteja satisfeito com ela, que tudo esteja da melhor maneira, correta, boa, decente, vivida.
Em alguns momentos pra mim ela continua inóspita, fédida, dificil, injusta, confusa e um tanto traiçoeira.
Mas as paixões são assim não são?
Quando se tem uma grande paixão, oscilamos entre o querer e o esquecer, entre o abraço e o tapa, entre o amor e o odio, a tristeza e a felicidade, a leveza e a dor.
Em que isso se difere da vida? Eu mesmo respondo dessa vez: em nada.
Não interessa quem somos, nem como somos, a nossa grande paixão nasce conosco já, não precisamos procurar e nem esperar, ela esta em nós mesmos e ao nosso redor, respirando, pulsando.
As vezes queremos fugir..nos afastar..e outras queremos agarrar e nunca mais se permitir perder.
É.
Há tambem o pensamento de que a vida é um outro nome pra purgatório. O que não é de todo ruim não. Mas isso é assunto pra outro post. Esse é sobre paixão e vida.
E assim sendo termino com essa: Minhas eternas vidas dessa grande paixão, sim são com vocês que me divirto mais e sim são com vocês que me apaixono cada segundo mais.

"Ah, desgraça inerente à raça!
         o grito torturante da morte
              e o golpe que atinge a veia,
         o sangramento inestancável, a dor,
    a maldição insuportável.

Mas há uma cura dentro
        e não fora de casa, não
            vinda de outros mas deles próprios
        por sua disputa sangrenta. Apelamos a vós,
deuses da sombria terra.

Ouvi bem-aventurados poderes soterrêneos -
         atendei o nosso apelo, socorrei-nos
   Favorecei os filhos, dai-lhes a vitória."*
　

"A Morte é apenas uma travessia do mundo, tal como os amigos que atravessam o mar e permanecem vivos uns nos outros. Porque sentem necessidade de estar presentes, para amar e viver o que é onipresente. Nesse espelho divino vêem-se face a face; e sua conversa é livre e pura. Este é o consolo dos amigos e embora se diga que morrem, sua amizade e convívio estão, no melhor sentido, sempre, sempre presentes, porque são imortais."*

(...)

"Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração."
                              "Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte."**

(...)

"Que eu abandono meu lugar

Rasgando as veias,

Derramando meu amor

Pelas areias.

Anuncia um lindo Sol Radiante:

A última alvorada em teu semblante,

E na perfeição de um céu sem sombras

A gente vai se encontrar.

E das tripas, coração… mais uma tarde

Pra levar o meu amor pra eternidade.

Meu amigo, por favor me aguarde,

que a gente vai se (re) encontrar."***

(...)

"E mesmo quando eu não mais estiver,

Lembre que me ouviu dizer

O quanto me importei e o que eu senti

Agora, Só agora

Talvez você perceba:

Que eu nunca vou deixa-lo ir..."****

Onde o mar se apresenta calmo,
na verdade é onde se esconde a maior tempestade.
Entenda, não é uma fuga - disse ele - é uma retirada.
Não é uma partida - entre lagrimas ele suspirou
- é apenas um despedida.

*Epígrafe do livro Harry Potter e as relíquias da Morte( na ordem, um poema de Ésquilo, As coéforas// e um trecho de William Penn, More Fruits of Solitude)
** Frases biblicas presentes no HP e as Relíquias da Morte.
*** techo de Das Tripas, Coração composta por Lobão.
**** trecho de Só Agora composta por Pitty.

Vi ele ali, parado meio de canto... Pensativo.
Tantos passaram por ali a sua frente, mas poucos conseguiam chamar sua atenção.
Ele estava em um lugar apenas digno de quem tem poder. Somente quem tinha o poder poderia estar ali onde ele estava; parado, meio de canto... Pensativo.
Ele caiu ali; sem saber muito bem como , nem o porque. Mas foi parar ali.
Ele era alto... E muitos faziam de tudo para chamar a sua atenção. Para tentar entrar em seus pensamentos, decifrar sua mente, pegar ou compartilhar um pouco de seu maximo poder. Outros queriam mesmo o seu coração, que batia calmo, bem lentamente. E ninguem entendia que o poder não era o status de fato... Ninguem entendia...
Outra caracteristica que o diferenciava dos demais: Seu coração era só dele. Poucos podiam de fato escutar suas batidas.
Ali está ele, tão alto ao ser tão pequenino... Parado, meio de canto... Pensativo...
Um dia ele ouviu em algum lugar que o importante era ser ele mesmo.
E mesmo que ele não tenha percebido, aquilo foi o que fez dele o que ele é: Ele mesmo. Tão simplesmentente e completamente ELE.
Ali se encontra em osso: dignidade, o respeito, o amadurecimento, o metodismo, a coerência, a coerência, a responsabilidade, a sensatez...
Ali esta em carne: a luxuria, a sedução, a força, a determinação, a volúpia, o calor, a paixão o desejo...
Ali em coração: a coragem, a amizade, o companheirismo, a empatia, a cumplicidade, o desejo, a ternura, a bondade, o amor, a visão...
Ele era ele. Ali... Caido de uma estrela talvez... Um Principe caido de olhos cor de âmbar... Os olhos... Que guardam na alma algo capaz de cativar o mundo - Como disse a Raposa.
Alguns ainda queriam afasta-lo daqui, queriam roubar seu coração, usufluir de sua carne e corromper seus ossos;Vendar seus olhos. Mas como outros muitos, descobriram; não era possivel. Nenhum deles o viam de fato... Impossivel. Ele era invisivel aos olhos despreparados; só quem realmente conseguia parar ao seu lado e não somente a frente(onde só se segue à frente e nunca se alcança nada) é que o via de verdade e só esses poderiam atingi-lo (e isso justamente por o verem; nunca o fariam).
Um dia, ele encontrou a tal da Raposa... A Raposa quis mais do que poderia ter... Quis ser a flor vermelha de quatro espinhos... Mas não poderia... Não era assim...
A Raposa então olhou pra ele e ali, tão alto ao ser pequeno o viu... O enxergou...
Mais do que isso: O sentiu...
Sentiu-o alem do que os olhos poderiam enxergar... Ou que o coração poderia ver.
Ela ao contrario dos outros ouvia seu coração...
Sentiu que compartilhavam a mesma alma duplicada. Almas gêmeas, eternizadas.
A raposa ficou feliz.
E ele esta ali, parado, meio de canto... Pensativo; com uma raposa ao lado, parada, meio de canto... Pensativa, e observando.
Moral do conto:
Nem tudo que se vê, foi feito pra ser enxergado. E nem tudo que é invisivel não pode ser realmente visto.
Algumas pessoas já vem equalizadas na mesma freguência, que apesar de as vezes não conseguirem encontrar a estação certa; sempre permanecem ali, no mesmo sinal.
O que o Principe e a Raposa pensam parados?
Isso somente a Raposa, o Principe e as estrelas que sabem.

Eu vi nos espelhos a minha volta imagens que não me pertenciam...
Era assustador e um tanto sedutor ver minha propria imagem refletida mas ao mesmo tempo saber que eu não a possuia.
Sabe? Como se eu não fosse masis o condutor desse corpo mas sim o passageiro...
Sentir as batidas freneticas desse coração - o meu que já não era mais meu- como se estivessem prestes a parar.
Sim... Prestes a parar pra sempre... E por isso mesmo decididos a completar todas as batidas de uma vida inteira.
Porque nunca notamos o quão somos perfeitos em nossa total imperfeição?
Carne, osso, mente e nervo pulsante...
As vezes me pego desejando algo... Que não queria desejar mas mesmo assim desejo
e me amaldiçoa em silêncio - Idiota! - por não saber me conter... Não saber escolher...
Razã ou coração? Pensar ou não pensar em nada... Arriscar ou simplesmente se acomodar ao mais facil... Ao certo que não deixa espaço a incerteza?
Vou cavalgando por labirintos de rimas e metaforas e quando penso me encontrar desatino ao mesmo ponto o inicio..a confusão... nem citarei o amor, a volupia, o prazer a angustia pois esses não me pertencem...são apenas emprestimos..cada hora, cada dia, a cada momento, a cada manhã vindos de donos diferentes..que lucram...como lucram..
É tudo tão estranho e contudo tão claro... Tudo tão confuso e contudo tão simples...
Como um filme ou uma canção psicodélica... Basta deixar entrar na mente.. E se essa compartilhar da mesma sintonia... Permitir encharcar todo o corpo as partes que estão secas precisando desse lapso de vida e no final apenas ter a sensação de sentir... De ter sentido seja lá o que: Uma imagem no espelho rfletida de um estranho conhecido ou um sentimento imaculado, contido bastardo e perdido.
Como os acordes de uma melodia... As ultimas notas pairam no ar... E os creditos finais desse novo filme sobem para um novo capitulo nascer.

Quero tanto tantas coisas

Um sonho daquilo que não se resume apenas na possibilidade
Já fiz planos, já pensei
Já fiz da razão meu porto seguro inabalavel
Bate! Estanca, verte, aquilo que não se vê
E volto na mesma... O músculo involuntário
A piada feita só não cai em desespero quando
A risada extravassada é do próprio que a contou
Não há muitos motivos de riso
Mas também, as vezes, nem sempre há tantos motivos assim
Para a latende dor que aflige, que sangra e machuca... Tanto...
Cava o chão... Alguns palmos a esquerda..
O buraco é quente, espere! Eis minha cova... Espere!
Cada casa, tringular feito aquele antigo jogo de criança
Parece engolfar em imersa escuridão de pura luz
A pedra cai na terceira casa, a que não se pode pisar
Um corpo não ocupa o mesmo espaço... Mas sim pode estar no mesmo lugar
Aqueles que são Três, ao ser Um
Onde compartilham em Dois a mesma essência
A mesma alma que grita...
A revolta já calou, a cara pintada ja foi lavada
Escoa Pai! Escoa!Pai Escoa!
Não tente mais salvar-me!
Não tentarei mais encontrar o que nunca foi perdido
Uma vez que nunca foi achado: A paz.
A cada segundo vê? Tudo parece prestes a ruir, acabar
E é na face e na fase de cada lua que vejo o brilho do que posso esperar
O nada... Pois assim poderei encontrar o tudo.
Quero tantas coisas e mesmo assim... Já não sei mais...

O Sonho acabou..
Olhar pro alto e não ver um ceu
Caminhar em vão sem sentir um chão
Sentir que já não Um em dois
Perceber que ao dormir e sonhar
Um dia terá que acordar
Do pesadelo , do paraiso ao Hell
E ele se entregou...
Desistiu....sem sorrir...
A lagrima pelo que acabou
O medo pelo que não sabe o que esta por vir
Se questionou...
Algum dia existiu?
O real que já ruiu?
Ou tudo não passou de uma ilusão infantil?
Por isso vai correr... E vai se reerguer
Acordado está mas não quer mais se perder...
Se questionou...
Se entregou...
Acordou..
O sonho acabou
tão louco que não deu pra perceber
Tão intenso que não dá pra prever
O quanto era real
O sonho acabou
Sem rumo e sem visão
ainda há um coração
Um eco sem retorno
o sonho acabou....
o sonho acabou...

E um dia resolveu mudar

Pensava que a teoria estava certa
Não quis testar
Viu a arte e o : Vou embora.. Sair de perto
Não gostou.
Visão turva pensamento longe
Uma sensação de sufoco, perdido totalmente
Ja não era mais um só... Viu que ali havia outros
Escuridão total , a luz assusta
Lambusa em desespero, amor,... Delicia
É pagão, um ato de omissão
Tudo em segundos, anos talvez... Onde
A adoração virou paixão onde o amar virou a piada da vez
Ficar, pra que juntar? Pra que nomear?
O que sinto é o que não faço ninguem sentir
Eu entendo mas não compreendo..
Dormi, e acordei... Mas não levantei... Mudei
To tentando decidir, to tentado me redimir
Nada parece ser capaz de me impedir e nem eu de fazer impedir
Sera que é a fase, tudo morre, tudo nasce, tudo pára e fica e vai
E eis que mudei... Antes não sabia quem eu era e agora tão pouco sei o que eu fui
Mudei, virei fumaça densa, me vêem mas não tocam, me sentem mas eu não estou ali
Eu quero ficar leve.... O que é existir: novamente mudei....(?)

Me deixem fazer campanha? grato!
galera, colem aqui: http://letras.terra.com.br/promocoes/7anos/170117/ minha play list basta acessar e curtir o som...não não são apenas essas 7 musicas não..há milhares(sem exageros..milhares..) porem só me deixaram escolher 7 então as escolhi diversificadamente tentando abordar meus diferentes gostos(das que eles continham lá claro).
é isso.

"viagem maldita que trilha meus pesares de volta ao caos... Segrega a perda e aos novos caminhos (...)

Angustia... Sufocado... Algo que sair do peito... Mas o que?

Gritar sera que resolve? Piora? Mas o que bradar... O que expurgar?
Sensações de que algo acontecera... Ruim? Talvez...
Pensamentos indeterminados, travados, estranhos...
Vontade de algo ou vontade nenhuma..
Não adianta nada deitar, parar, andar, cantar, dormir, acordar...
Tudo é pouco..tudo é muito tudo é um tanto confuso
Angustia razão insolente e desmedida
Bate, fura, trava, castiga e puxa...
Puxa pro próprio inferno preso em cada um de nós
É fogo e gelo... É brando e seco..
Angustia... Ahhhhhhhhhhhhhhhh.
Silêncio...

(...) porque Pai não me abrigas no vale das sombras... Pois queimo mais a cada dia sob o sol das incertezas".

Era a catarse... Certeza que era

Um simples pulo já não era a mesma coisa
Algo faltava e ninguem sabia o que era ou como foi que faltou
Eu sei; é tudo questão de projeções... Luz, dedos apontando e pensamentos
Mas ainda assim o que houve com as certezas mesmo que amenas?
Era mais ou menos assim:
Um olhar, um sorriso timido, uma risada sem graça e sem jeito
O olhar que desvia, o coração que dispara
A pele que arrepia e adquiri tons vermelhos
O engolir em seco, a respiração falha e sem compasso
Depois a fala, a lingua que enrola... Os lábios que secam..
Como mudou?
Hoje nada é mais igual, tudo diferente, sem razão de ser, ter, crer, existir, ver... Sentir...
Algo esta parado... É a catarse... É. Ou simplesmente o acostumar com o tudo igual... É.

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