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Os fios da cidade estão por todos os lados. São fios condutores de eletricidade, de linhas telefônicas e da TV a cabo. Eles estão por aí...


Os fios da cidade estão por todos os lados. São fios condutores de eletricidade, de linhas telefônicas e da TV a cabo.
Eles estão por aí, nas ruas, becos e avenidas, esquinas, nas portas das escolas, no portão de casa, na frente dos hospitais, nos fundos dos estacionamentos, nas vielas e ruas sem saída.
Alguns são grossos, outros mais finos, uns claros e outros mais escuros alguns são resistentes, outros nem tanto. Alguns já estão aqui a tempo demais, outros menos.
Os fios da cidade são conectados por postes. De poste a poste, sem começo ou fim delimitado.
Nunca param de “trabalhar”. Fazem seu serviço de conduzir e servir de descanso a pássaros.
Nunca reclamam. E eles aguentam calados, sem mexidas voluntárias ou dias de ira.
Nunca são limpos ou recebem a devida atenção. Quando fotografados, mesmo que tímidos, nunca são notados:
– “Olha que fio bonito”,
- “Que cor deslumbrante” – Jamais se escuta.
Os olhos de fora insistem sempre em dizer que eles “enfeiam” a cidade. Um Absurdo!
São torcidos como se fossem alvos de tortura, os unem a outros fios desconhecidos e mutilados por alicates, arrancam suas peles sem nem ao menos pedirem permissão ou licença.
Os pombos abusam deles. Os pássaros os ferem com suas garras. Suportam frio, calor e chuva e ventos fortes. E não é raro usarem eles como capachos, vitimas de zoazão e “trolagem”, ao serem desafiados a suportar e segurar cadarços, tênis fétidos e velhos, estruturas de pipas e suas linhas repletas de cortantes e rabiolas mal feitas de sacolinhas plásticas.
Os fios da cidade estão por aí, e ninguém sabe quem os criou. Dizem que sempre estiveram por aqui. Outros creem que eles evoluíram. Que eram simples cordões de cobre que se transformaram, na junção com o plástico. Alguns mais se atrevem a acreditar que alguém os inventou. Besteira em minha opinião.
Os fios da cidade sempre estiveram aí, sendo roubados, arrancados, esquecidos, ignorados, remendados, balançados. Cumprindo com seu papel de conduzir.
Ate encontrarem a morte num poste caído, num alicate cego, ou numa falta de energia sem explicação qualquer.

Ele tampava os ouvidos, como se assim os zumbidos do mundo, de seu mundo, silenciassem. A visão estava turva, tudo pesava, tudo martelav...


Ele tampava os ouvidos, como se assim os zumbidos do mundo, de seu mundo, silenciassem.
A visão estava turva, tudo pesava, tudo martelava feito ferro em carne dura. Sua cabeça era a carne mal passada.
Confusão metal...
Ele nunca entendera de fato o limite entre a razão e a psicose, entre a loucura e uma carga enorme demais para se carregar. Quem não perde um pouco da razão a cada problema em frente, no dia a dia?
Ele deitava e tentava se controlar. Com a respiração falha. Mãos na face, tentando engolir a vontade de gritar. Porque sabia em seu intimo que nada isso iria adiantar, a não ser ele se sentir mais fraco do que já estava e adquirir uma dor de garganta ao qual ele não poderia tratar.
Escorregou as mãos pelo pescoço e ali sentiu uma veia pulsando.
Continuava zonzo. Continuava com uma dor de cabeça mais forte que os analgésicos de sua caixa de primeiros socorros continha. Seus punhos se fechavam e suas unhas- garras- grandes arranhavam a palma contraída. Ele não podia evitar.
Ele só queria fechar os olhos e parar de pensar. Parar de sentir aquela maldita e insistente dor de cabeça. Ele dormiu.
(...)
Permaneceu sentado ali escrevendo freneticamente, cada silaba cada expressão vinha a ele com erros, com rabiscos indecifráveis. Não importava. O que valia era transpor a carne e o papel, a tinta e a cabeça e colocar sobre o papel úmido tudo aquilo que se criava em seu intimo. Todos os demônios estavam à solta.
Ele era o próprio inverno e estava disposto a começar seu apocalipse particular abrindo as portas desse inferno. Mesmo que cada demônio ali estampado significasse um anjo a mais que ele precisaria buscar num paraíso ou um céu que ele já não enxergava mais.
Nas calçadas repletas de poças de água suja e gomas de mascar antigas e coloridas, ele se esgueirava feito gato de rua a procura de um lixo comestível ou um camundongo curioso qualquer para caçar.
Ali por entre as sombras das arvores ele observava com meio interesse as pessoas, os sons, as cores, as texturas, as formas e dialetos que passavam velozes a todo instante sem parar por sobre e por entre ele. Sem de fato enxerga-lo. Não que ele fosse invisível. Mas nos nunca enxergamos nada alem do nosso próprio reflexo no espelho afinal. Alias, nem isso. O que vemos são apenas reflexos, reflexos de luz e sombras que estampam em nossas retinas uma imagem, atribuímos valores a ela, de beleza, porte, significância e peso e só. Ninguém nos enxerga de fato, só olham, formam um conceito e partem para o próximo reflexo.
Pergunto-me se conseguíssemos nos livrar da limitação de só enxergar reflexos, o que de fato veríamos? O que de fato seriamos? Que formas teríamos? Qual seria a cor de nossa face? Reconheceríamos?
Ele continuava a olhar as pessoas, em sua busca por entender o ser humano, esquecendo às vezes, mesmo que por segundos que ele também era um, e não como desejava tanto ser: apenas um garoto querendo saber do porque sobreviver.

Quase sempre, num momento que parece não ter fim Aparece, escurece, seu coração, a mão, o pé Frio congela a dor, e o fogo vem, quentur...


Quase sempre, num momento que parece não ter fim
Aparece, escurece, seu coração, a mão, o pé
Frio congela a dor, e o fogo vem, quentura vem
Nada é o fim, e nem eterno ou belo. Só ha mais fel
Olhe bem pro mar, yémanja trazendo a onda - 'onde esta?'
Cada som é assim, levando embora o que morou em mim..

É aquela sensação de novo
tudo novo, ou velho ou mesmo um deja vu
Parece que vai durar, imaginar castelos bracos e nuvens azuis...
Nem tudo é beleza, ou paz, certeza, felicidade, 
leveza há. Também o mal, o choro a magoa
O monstro embaixo do colchão
Levanta a folha, que caiu num dia sem temor
Pense no que foi, e como veio em cada escolha e amor

Como esquecer do que lhe faz lembrar -  sobreviver?
Um que forma dois em cada rosto; em cada pele febril?

lalaia laia..laialaiala lalaia laia..

E vem buscar  o que não partiu
Em cada verso continua febril
Gelo, ventania na companhia de quem nunca partiu
ha tantas estações, amarelas ou verdes; vermelhas e brancas
E aquelas que em tons de cinza clareiam cada escuridão

Quase sempre num momento que parece não ter fim
Aparece, escurece, seu coração, a mão, o pé
Frio congela a dor, e o fogo vem, quentura vem
Nada é o fim, e nem eterno - belo 
Só ha mais fel
Olhe bem pro mar, yémanja trazendo a onda - 'onde esta?'
nem tudo é beleza, ou paz, certeza, felicidade, 
leveza há. Também o mal, o choro e a magoa
O monstro embaixo do colchão

Um que forma dois em cada rosto em cada pele ...é febre...
é febre....
é quem me causa febre....

Lembro-me de poucas coisas do meu passado concreto. Ruas, placas de carros estacionados, vitrines de lojas muito caras e feias para algu...


Lembro-me de poucas coisas do meu passado concreto.
Ruas, placas de carros estacionados, vitrines de lojas muito caras e feias para alguém entrar e realmente comprar algo. Padarias que exalavam cheiro de cafeína e trigo, esquinas beirando a defecações de cães, humanos e urina.
Mas algo que me lembro com exatidão é da pergunta insistente que sempre me faziam.
“- Porque você não nos olha nos olhos?”
Sempre me questionei a respeito disso.
Dizem que pessoas que olhavam fundo em seus olhos são mais seguras de si, mais confiantes, mais verdadeiras...
Hoje entendo o porquê sempre evitei que me olhassem diretamente nos olhos.
É que diz o mito e crença popular que os olhos são a única janela ainda aberta para nossas almas. São neles que se reflete com sorte e em certos momentos da vida, o que se passa por dentro de nós.
E talvez seja por isso que eu sempre evitava esses olhares esquadrinhados.
Por medo. Medo de que conseguissem visualizar as frestas do inferno que se apossava de mim. Medo de verem o monstro que habitava o rosto de anjo. Medo de que entendessem o que no meu intimo sempre compreendi, mas nunca quis aceitar: que eu era o anti-vida. Eu era o pior que o mundo poderia um dia pensar em conhecer e oferecer.
Sabe o Skywalker? Sim ele... É igual. Somos iguais.
É como se toda a minha vida fosse marcada pela presença da tentação. Tentação de pegar tudo que eu sofrera tudo que já passei, e transformar em força, uma força escura. Uma força capaz de ferir, de matar, de fazer dor e ter prazer pelo sofrimento, pela ganância, pela vingança.
Sempre gostei dos vilões. Sempre gostei do escuro, mesmo que também sempre o temi. Mas nas sombras era onde eu sempre de forma confusa e sem explicação, onde eu encontrava real abrigo, onde eu me sentia parte de algo e não apenas mais um num todo. Era onde eu era o todo e cada som fosse apenas pedaços.
Era onde eu me encontrava em lar. Onde eu me achava em voz, textura sons e jeito. Onde eu podia me fazer vitima, ou criatura.
Era onde meu coração de fato experimentava a real adrenalina, era a minha maça do Éden.
Vampiros, zumbis, vilãs, assassinos e psicopatas. Algo neles sempre me fascinou... E no fundo eu sabia o porquê...
Todos nós nascemos e crescemos, nos achando príncipes e princesas... Os melhores...
Anjos que vieram a Terra sim, para sofrer, mas porque somos tão bons quanto Cristo, e assim precisamos sofrer para provarmos nossa honra, perseverança e caráter como justificativa plena e prova de que merecemos as entradas do paraíso.
Eu não. Sempre vi cada dor, cada lagrima, como uma tentação a mais para a volta ao lar.
Sempre fui o calado, o gênio indomável, teimoso e áspero, enigmático...
O tipo de pessoa que sabe tudo de todos, suas maiores fraquezas, seus piores segredos, seus medos... Sem nem ao menos precisar pedir que tais os forneçam. É natural.
Agora, imaginem por um instante, uma pessoa assim, do lado de lá. O pior inimigo é aquele que um dia se fez amigo. E é verdade. Judas era um apostolo afinal não? Lúcifer era o preferido de Deus não era?
A maldade caminha colada, ela é tudo aquilo que de melhor e mais confiante possa ter, é a única certeza humana. É por isso ela é tão provocante e convidativa.
Eu, aparência frágil, com uma mente nada má. Que posso passar despercebido por qualquer lugar e me adaptar a qualquer pessoa ou local, ou mesmo situação. Que tem nas palavras o dom de encantar e da mesma forma machucar.
Sou aquele que a ausência traz revolta, sou aquele que um ‘A’ a mais numa frase em que se esperava ‘O’s’, pode fazer o mundo da pessoa cair ou levantar. Manipulação...
Penso às vezes se eu realmente passasse para o outro lado... Como seria a vida. Me entregar a loucura a felicidade instantânea, ao fácil ao perigoso ao natural.
Seria tão simples. Uma palavra, uma mensagem, um olhar, um tapa, um plano... e toda uma vida de disfarces e regras cairia por terra para uma sombra ganhar luz e forma plena.
Divirto-me com meus vilões dentro de mim. Mas às vezes tenho medo.
Medo de reconhecer no espelho ou no olhar de outras pessoas tudo aquilo que vive adormecido e tão preso e controlado dentro de mim. Quão simples e rápido seria pegar uma faca, uma arma e... Quão ligeiro seria me embrenhar por entre a noite e ter uma conversa, um post, uma carta...
Mas talvez ainda não seja hora, talvez seja efeito das bebidas, do cansaço, na selva de pedra acordada e que zumbi sem parar, talvez seja apenas confusão de momento.
Mas algo é certo. Eu não olho nos olhos. Não adianta tentar. Meu castanho pertence ao sol, e as lentes negras de meus óculos escuros sem grau.

Hora passa e eu a lhe procurar por entre as areias do tempo O véu da noite mansa avança e balança Com o sereno luar É canção de nina...


Hora passa e eu a lhe procurar por entre as areias do tempo
O véu da noite mansa avança e balança
Com o sereno luar
É canção de ninar, é canção de apaixonar
Perto dos bares das cidades frias
Se faz quente meu paraíso particular
Nos seus braços com as caricias...
diante da cadeira torta, meu coração já não bate mais em vão
Pelo chão, a rastejar um pedaço dos seus olhos postos e mim
Fera do mar encontre a luz..no salgado que nos conduz diante da face interna
Recorda e não deixe passar um sorriso caminhar
Eu preciso de um tempo pra remar diante do sol
que suas nuvens nos faróis que desnudam sua pele, rente, quente
Áspera a mim, fricciona e enfim aproxima do peito faz repouso no meu leito
e me beija enfim...

Bem vindos a minha vida Tudo bem, não precisa limpar os pés para entrar Não repare nas coisas fora de lugar, há gavetas trancadas dema...


Bem vindos a minha vida
Tudo bem, não precisa limpar os pés para entrar
Não repare nas coisas fora de lugar, há gavetas trancadas demais por ai
É verdade quando dizem que tentam nos moldar
Porque devo alisar meus cabelos, viver pelo espelho?
Controlar meu peso, minhas palavras nem mesmo meus neurônios podem escapar
Quem somos nos e quem é você para não me deixar ser quem eu sou
O tempo mudou

Acredite que o tempo pode mudar
Tenha uma boa noite, um bom dia, uma boa tarde
Faça de seu corpo, o seu verdadeiro lar
Acredite o tempo pode fazer mudar
E cada coisa voltara para o lugar

Um dia me contaram sobre uma historia
Havia um morro e uma crucificação
Parece que o peso cai nas costas e há aqueles que ajudam a levanta-lo
E aqueles que colocam mais peso
As vezes sei que as lagrimas retornam, que os sorrisos já não bastam pra viver
Quanto mais eu tento,
Tudo desmorona e das peças quebradas resolvo reconstruir uma grande muralha – em vão

Todo mundo se machuca, todo mundo se pergunta
Alguns se entregam a orações.
Tudo se discute, tudo se afasta, e continuamos ainda assim nossa missão
Há tempo s de acordar e há tempos de dormir
Prefiro acreditar nos tempos que há aqui
Mas me dê licença, se quiser jaja lhe sirvo outra dose
Mas preciso trocar meus rostos presos na prateleira...

Acredite que o tempo pode mudar
Tenha uma boa noite, um bom dia, uma boa tarde
Faça de seu corpo, o seu verdadeiro lar
Acredite o tempo pode fazer mudar
E cada coisa voltara para o lugar


As rachaduras desformes continuam nas paredes. Paredes geladas, um tanto úmidas e enegrecidas pelo tempo. As marcas na pele já se tornaram...


As rachaduras desformes continuam nas paredes. Paredes geladas, um tanto úmidas e enegrecidas pelo tempo.
As marcas na pele já se tornaram troféus e medalhas de tudo aquilo que já se passou. Venci batalhas e competições é verdade. Bléh!
Nos pensamentos e nos tic-tac's do relógio e do tempo, permanecem imutáveis sensações, gostos e principalmente cheiros e arrepios de pele que simplesmente insistem em impermeabilizarem. Ridículas!
Quando a saliva na boca seca, e a garganta arranha, trazendo aquela náusea, aquela dor de estomago, aquela perna tremendo, aquele descompasso estranho nos batimentos cardíacos e principalmente aquela insonia, aquela falta de fome; é quando eu mais imagino os porquês, ou talvez, os e se; que se mesclam entre reticencias, emoticons, vozes tremidas e aquele teclado do telefone mil vezes apertados, discados e sempre não completados.
Mas são novos tempos, novas mudanças, novos passados, novos troféus. Ha lugar na estante.
Mas a estranheza dessa nova era, tão antiga e conhecida é que tudo parece tão encaixado, tão firme, o alicerce se firmando, mas ao mesmo tempo a falta de fome permanece a insonia permanece, a falta permanece, o telefone gritando para ser usado permanece. E nos sonhos, quando tudo silencia, novamente o som da voz, o cheiro do pescoço recém levado, o calor da pele e das mãos quentes, a barba por fazer que arranha e massageia; e a procura com promessas de espera...
Procurando quem me entenda, porque de tempos em tempos, algo nas paredes, entre as rachaduras novas, clamam por respostas, mesmo diante de tantas mudanças, algo sempre permanece...

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"Conto de Lucas L. Rocha"
















*Conto presente no livro "Noctâmbulos" de 2007. Editora Andross

Caso Jacob Ítalo Lopes Empresário bem sucedido da indústria bélica, com negócios em muitos país, Allan Jacob vivia sozinho em sua co...


Caso Jacob
Ítalo Lopes

Empresário bem sucedido da indústria bélica, com negócios em muitos país, Allan Jacob vivia sozinho em sua cobertura. Depois de um dia cansativo de trabalho em seu escritório, exausto, pegou o elevador em direção ao estacionamento. Só queria chegar em casa e descansar. Já no subsolo sentiu uma sensação, Parou, olhou para os lados... Ninguém. Estava sozinho. Continuou seu caminho ate que chegou ao carro. Abriu a porta, sentou-se, fechou-a. Pelo espelho retrovisor, de relance, viu algo se movendo entre os carros na fileira mais ao fundo sem conseguir, no entanto, discernir o que era. Um arrepio subiu pela sua espinha. Ligou o carro e, apressadamente, saiu da garagem.
Esqueceu-se do assunto ate o momento em que entrou na garagem do seu prédio. Sentiu novamente a estranha sensação, a de estar sendo observado. No elevador, lembrou-se de um fato acontecido muitos anos atrás, mas logo descartou a possibilidade.... Resolveu esquecer o incidente.
- Jacob, seu medroso! – sorriu.
Entrou em seu apartamento, jogou o paletó e a mala no sofá, afrouxou o nó da gravata, serviu-se uma dose de uísque, a qual tomou em um só gole, dirigiu-se para o banheiro e foi tomar banho. Ficou lá por muito tempo, sentindo a água descer pelo seu corpo. Tentava relaxar. Estava muito tenso.
Saiu do banheiro em um roupão branco, com os cabelos molhados. Enxugava-os com uma toalha. Um barulho!
Jacob assustou-se. Ficou paralisado. Vivia sozinho. Os empregados só entravam em sua casa para arrumar as coisas quando ele não estava. Era uma exigência sua. O barulho vinha do escritório. Embora estivesse com muito medo, foi vagarosamente e cuidadosamente se dirigindo para o escritório para ver o que tinha provocado o barulho. Passo a passo, ia pelo corredor.
Quando olhou para dentro do escritório, viu um menino agachado, mexendo em uma caixa com recortes de jornais antigos. Não tinha mais do que uns oito anos de idade. Ao lado da caixa, vários maços de dinheiro. A porta do cofre estava arrombada. Jacob levou a mão à boca quando o garoto virou a cabeça e encarou seus olhos por alguns segundos.
Dias depois de Jacob não descer para ir trabalhar, o porteiro do prédio chamou a policia. Arrombaram a porta do apartamento e vasculharam todos os cômodos. Quando chegaram ao escritório, encontraram Jacob caído no chão, de olhos arregalados, sem batimentos cardíacos, embaixo de vários recortes de jornais. O primeiro policial que chegou ao escritório agachou-se e pegou um dos recortes:

30/04/1989 – BARBARIDADE NO TRÂNSITO DE CURITIBA
Foi encontrado hoje cedo na Avenida Sete de setembro o corpo de Bruno José de Paula, de oito anos. Ele dormia nas ruas da região central de Curitiba, mas costumava vender balas no transito do local do acidente. Policiais dizem que ele foi atropelado por um carro e sangrou até sua morte. Não houve testemunhas. Até o momento, ninguém reclamou o corpo.

O corpo de Jacob foi levado para o IML. Durante a necropsia, ao abrir o peito do cadáver, o legista teve uma surpresa: O corpo esta sem sangue e, no lugar do coração, dinheiro e recortes de jornal.

*Conto presente no livro "Noctâmbulos" de 2007. Editora Andross

Sou amor e dor na mesma medida Sou presa e caçador Aquele que anda devagar, mas que imagina correr. Sou aquele da esquerda que voc...



Sou amor e dor na mesma medida
Sou presa e caçador
Aquele que anda devagar, mas que imagina correr.
Sou aquele da esquerda que você vê a direita e em frente
Não sou caído,
Mas não brindo a cada vinho envelhecido
Sou todos e nenhum na mesma proporção em que respiro
Sou catarse, osmose e inúmeras células de sentidos
Sou o sonhador, lenhador
O pesadelo acordado a cada meia noite da mente
Sou as estrelas do céu e do mar
O grão de areia e de terra a firmar
Sou a construção simulada
Sou a cilada, a risada do mal
Sou a fada do dente a carie de cada sorriso
Sou o batismo, o ufanismo, o seu sacrifico
Sou a espada da Terra, o metal do vulcão
Sou seus planos – uma conspiração
Sou redundante, muitas vezes não tenho sentido.
Sou o que esta ao seu lado... Sou seu destino...
Sou você, seu pior e melhor inimigo...

Eu estou tentando não surtar. De fato, tentando não demonstrar nada. Ate mesmo fingindo - e cá entre nós, muito bem-. Mas não to mais c...


Eu estou tentando não surtar.
De fato, tentando não demonstrar nada.
Ate mesmo fingindo - e cá entre nós, muito bem-.
Mas não to mais conseguindo.
É muita informação. É muito para transbordar.
É muita confusão. É muito para esconder.
Sensação de abandono, engano.
Mesclas de puro desconforto e verdadeiro assalto.
Incompreensão.
E nessa equação toda, a tentativa de tentar decidir:
_ Fazer como sempre fiz, aguentar e colocar meus sentimentos, minhas emoções de lado em prol de um bem estar alheio;
ou;
_ Pela primeira vez, me livrar das amarras, do medo de magoar e incomodar ao invés de ao contrario; e deliberadamente demonstrar sem ressalvas, me permitir ser sincero, doa a quem doer e gritar: "Dessa vez quem virá primeiro, sou eu”

Por que de tudo tanto de todos tantos e de tudo que já passou e passa, eu adquiri dois dons:
O de ser o mais compreensível, e ter a característica de resvalar.
Mas também o oposto, o de ser aquele dos poucos capaz de desestabilizar como nenhum outro certezas e vontades.

Sentir que tudo depende de você é duro.
E por mais que saiba que a palavra chave aqui é: tempo e espera; a idade e aquele tudo tanto de tanto tudo já não permite mais conseguir leva-las a serio. Já as levei no colo demais...

E pela primeira vez, eu já não sei se posso, quero e devo, permanecer sendo o alicerce ao invés do trator.
É que; e se já chegou a hora de deixar a Torre de Babel cair?

Já me disseram que o tempo trás bagagens... Sou o que sou, sem temer que saibam, mas temente a descobrir o que realmente é. Tenho tantas ...

Já me disseram que o tempo trás bagagens...

Sou o que sou, sem temer que saibam, mas temente a descobrir o que realmente é.
Tenho tantas inseguranças e também tantas certezas que se confundem entre um "oi" e um "tchau".
Me veio assim, de repente, sem esperar. Canções procuradas, textos lidos e sentidos, carinho e atenção que não eram dispensados e conversas de insonia da madrugada.
Não veio assim.
Veio após o primeiro "como vai". A voz, o andar, as historias. As cronicas firmes e detalhadas e a visão de um mundo pratico, coeso, mesmo em toda a estranheza que acopla o seu redor.
Houve medo, mas também houve admiração. Admiração pelas escolhas e posturas. Mas houve medo ainda assim.
Medo de me tornar dependente. Medo de me tornar caçador e caça de minhas próprias armas.
Medo de sentir mais do que deveria e de fazer domingos e sábados espaços de espera.
Então o Tempo subverteu-se e troquei-o, adaptei-o e foi então que percebi: a voz ecoava pelas paredes a cada relação da minha mente com algo seu.
Era a B'jork que me peguei a ouvir e definitivamente bater o martelo. Era filmes de perturbação, de transgressão  de vida transviada e loucuras quase quânticas, de David Lynch a carteiras de identidade queimadas.
Bastava um clique e a lembrança e o interesse vinha. Aprendizado, querer me afogar em vinhos e queijos. Era espera e falta. Rápida, fulminante, como a muito tempo não, algo intenso. Dilacerador.
Você se tornou a calma, mas mais do que isso. Se tornou a segurança, ou melhor. A busca por uma segurança que nunca tive.
Era o corpo aceito tal qual é. Era o sexo tratado como uma masturbação noturna- natural. Era a emoção e o sentimento controlado, domado, sem exageros, velado, não compartilhado mas demonstrável. Amadurecimento onde a adolescência ainda imperava.
Mas o tempo... Foi rápido demais... Ou lento?
A vontade de me provar para mim mesmo surgiu. Querer ser mais, não para alguém, mas para mim. Olhar no espelho e enfim dizer: Esse é Willian; do jeito que estou vindo a ser.
Mas então o tempo soprou...
E agora, mesmo agora, quando o tempo parece parar de girar; O "Horror" do medo, do receio, da duvida, e da confusão pairam sobre a unica certeza.
Paranoias parecem querer vir também. Possibilidades de magoa extrema, sem culpados, mas culposo em mim vem cochichar em uma mescla de percepções e certas escapadas de interpretação, em conversas, fatos e ate mesmo Tempo.
Não sei... Juro que já não sei...
O tempo esta confuso...

Pisca os olhos. Pisca mais uma vez. Uma sensação inquietante no peito, coração palpita. Dói e descompasso. Dor, cabeça frita, esquenta...


Pisca os olhos. Pisca mais uma vez.
Uma sensação inquietante no peito, coração palpita. Dói e descompasso.
Dor, cabeça frita, esquenta. Zumbidos nos ouvidos e respiração trêmula.
Muito tudo para absorver, muito peso para discorrer. Voz falha andar trava. Eco e vazio, oco, estoco no lóbulo frontal.
“você significa o mais”. O querer mais, o tentar mais, o esperar mais. O ser menos, sem se esforçar e ser. Apenas ser.
È a facilidade e a palpitação é o suor nas mãos e o acanhamento característico.
É a licença poética executada e a falta de assunto doado.
Gostar. Da Paixão – é me apaixonei!
Talvez com mesclas de um “só gostei”, mas de fato com sabor de “queria tentar”.
Esperança que bateu possibilidade que morreu?
Ciclo e novelas. Series e confusões. Choque e lembranças, passado e presente, projeções se mesclando, se fazendo, reinventando.
Então um voltou e se fez Um de novo. Nostalgia no gostar e pesadelo no sonho que acordava agora.
Caminhos e vidas cruzadas e um elo inexplicável novamente na encruzilhada.
Muito a decifrar muito a entender. E aquele da pipoca fazendo chover mais memórias fantasmagóricas de desejos indecifráveis.
Mas você, de roda e cabana, de madeira e de palha.
Na taça o vinho, me oferecido e na cicatriz o pedido “compartilhe da minha dor”.
Sorvido, embevecido, novamente: possibilidade ainda há?
O que fazer, que caminho tomar? Estabelecer novamente neuras e inseguranças, refazer cabeças e desesperanças.
Se ver novamente como OUTRO quando só queria finalmente ser o Um.
E entre um e o outro: confusão... Confusão... Eco, oco, vazio, gritando.
Sem descanso, coração palpitando, evitando deitar, querendo desligar, deitar a mente, sem sentir, dopar com álcool  dopar com exaustão.
Madrugada estranha, mais X’s na equação. Madrugada estranha, novamente sangra.
Madrugada estranha... E eu nem sei mais quem sou. Me tragam o escape! Me tragam a morfina. Que por ao menos 8 horas quero voltar a piscar os olhos sem pesar a pergunta:
- O que fazer? O que sentir? E principalmente: - quem é você, agora, pra (em) mim?



Vem! Vamos redescobrir becos escuros e pinta-los de verde escuro! Vamos correr de olhos vendados pela Avenida Paulista e viajar ate a Eslo...

Vem! Vamos redescobrir becos escuros e pinta-los de verde escuro!
Vamos correr de olhos vendados pela Avenida Paulista
e viajar ate a Eslovênia de bicicleta e bolacha água e sal
Vamos palpitar com algum filme de terror ruim
e vamos colocar o colchão velho em frente a janela do apartamento
para ver a chuva cair;
Vamos adotar um passarinho e um peixe e chama-los de Tico e Fumaça.
Vamos inventar nossas próprias piadas e dialetos sem graça.
Vamos queimar o bolo e passar o resto da noite
Com miojo cru e o programa do Jô
Vamos domar uma musica só nossa
Vamos dobrar o tempo e o espaço e fazer de minutos, horas e de quilômetros, anos-luz
Vamos trancar as portas e encenar Hamlet de madrugada e alterar o final a nossa besteira e prazer.
Vamos nomear apelidos, colecionar micos, montar segredos e fazer historia
Vamos emoldurar uma foto nossa ridícula.
Vamos fazer as mãos pingarem e tropeçar no passo do outro
Vamos sentir um elo de aproximação, chegada e partida
Vamos burlar o nojo de dividir nossas comidas.
E responder perguntas um pelo outro mesmo que não dirigidas a nós.
Vamos acumular amigos em comum
E vamos nos confundir diante do espelho.
Vamos nos odiar, nos irritar e jogar indiretas certeiras
E esconder pequenices apenas pelo ato de manter o que se quer
Vem...Vamos...Vamos...




Meus Sábados de manhã. O dia em que mais tenho preguiça de viver. São sempre dias de sufoco, de angustia, de reflexão. O que fiz na segund...


Meus Sábados de manhã. O dia em que mais tenho preguiça de viver. São sempre dias de sufoco, de angustia, de reflexão.
O que fiz na segunda que estendi ate quarta. A quarta do futebol e os fogos que não deixam meu cão dormir. As quintas de series maravilhosas que me sugam e as sextas de expectativas e realizações de momento.
É o dia que mais quero sossego, mais quero filmes de sessão da tarde, barras de chocolate, café morno e um livro divertido para ler deitado no chão do quarto. É meu dia de abandono, de ficar de pijama, de desligar o celular, de voluntariamente fingir que não estou em casa, para o carteiro, o cara que mede a luz e a água  o telefone, para o pai que pede para ir na padaria comprar cigarro e fazer a aposta na mega sena, para o irmão que pode conselhos amorosos e para o próprio cão que quer brincar e se fazer Pit Bull ao fugir de um possível banho forçado. É meu dia de esquecimento.
Ainda assim, adoro meus sábados  Pois são neles que redescubro o que sou. Mesmo que no final do dia o olho inche e a falta ecoe.

Você precisa saber quem eu sou. Mesmo que eu mesmo já não saiba mais. Precisa conhecer meu medo de palhaços e meu receio por tudo que envo...


Você precisa saber quem eu sou. Mesmo que eu mesmo já não saiba mais.
Precisa conhecer meu medo de palhaços e meu receio por tudo que envolva possessão.
Meu ócio pelos esportes e minha admiração por tudo aquilo que me faz ter vontade de me igualar à.
Tem de aceitar meus escritos, minhas ideias, minhas multipolaridades, mudanças de humor, choradeiras sem sentido. Tem que saber que as vezes te odiarei, me irritarei pelo tom de sua respiração, que sou um ser ciumento por livros e coisas, por pessoas e sentimentos, não por corpos.
Que sou ditador mas odeio que ditem algo para mim, com travessão ou sem.
Que amo pesquisar, que tudo que sair de sua boca da saliva a fala eu pesquisarei para saber mais sobre seu mundo.
Que eu acredito em ET's. Que eu tenho medo de ET''s. Que eu tenho fascínio por ficção cientifica e preguiça dela também.
Que vídeo games já foram meu mundo, e hoje são como plutão no nossa sistema solar.
Que sol e calor não coexistem na mesma equação para mim. Que minhas opiniões podem ate mudar, mas minhas convicções não.
que terá dias e anos talvez que farei algo ou concordarei apenas para te agradar, mas que em pensamento estarei a discordar.
Que amo gatos mas idolatro meu cachorro. Que minha mãe é minha fé, e religião é algo que respeito mas evito.
Que meus horários são independentes, que regras me dão asco e não compreendo, que politica me gasta, e que sou submisso com seis chicotes e uma metralhadora em mãos.
Que flerto com a insonia e com a dor de cabeça. Que Pitty e Harry Potter chegaram primeiro na minha vida - aceite.
Que posso parecer inteligente e sábio  mas todas as informações e conhecimento na minha mente vagam dispersos e sem organização alguma. Que tenho meus meses de burrice.
Que tenho uma patologia por agradar. E um condão para irritar.
Que escrevo mais do que falo, que escrevo ao invés de dizer, que escrevo ao invés de libertar, que "floodo" ao invés de ponderar.
Que investigo e assumo e da mesma maneira que me apego, me desapego num estalar de dedos - e sei estalar os das duas mãos e os pés.
Que sexo para mim é normal, que sexo para mim é natural, que sexo em mim é complicado.
Que tenho neuras e muitos ressalvas. Que me sinto gordo, feio, as vezes pouco masculino, que não gosto do meu corpo, dos meus cabelos, da minha altura, da minha voz, meu pau e bunda e os dedos do pé. Que sofro calado por preferencia, mas que morro mais pela indiferença. Sou mascarado do inicio do dia ate o final da noite. Que queria ter barba.
Que adoro café. Que queria ser ator. Que queria poder ser mais confiante e não só aparentar ser.
Que tenho lacunas do passado que não posso revisitar. Que da mesma maneira que pareço engajado, também adoro e incentivo minhas futilidades. Que sempre chego atrasado.
Que achei no humor escrito e imagético a melhor forma de ser sociável.
Que já sofri Bullying, que já tentei me suicidar, que já pensei em crimes de vários tipos e que tenho medo de ser alguém ruim.
Que sou cheio de duvidas e poucas mas irresolutas certezas.
Que faço do meu mundo carnaval por um pouco de demonstração de afeto, idolatria ou atenção; mesmo que eu não pareça me importar ou retribuir.
Que sou extramente orgulhoso e fresco. Que sei o peso do certo, correto, e o errado, mas que em nome do meu orgulho e asco por regras, me afundo e ainda assim não poço socorro ou cordas.
Que acho que nascia para ser herói ou o anti cristo.
Que sou mais delicado do que aparento e mais forte do que a maioria percebe.
Que não sou feito para menores de 18 anos.
Que sou tímido e reservado e que por isso mesmo quando começo a falar não gosto de parar.
Que sempre faço as escolhas erradas, que sou impulsivo e percebo isso dois minutos depois de cometer tais atos.
Que sou difícil de amar e não sei se nasci para isso. Que sou fácil de lidar e que não sei se nasci para isso.
Que eu o telefone não nos damos bem. Que tenho um medo mortal de lesmas e uma dó tremenda de matar ratos.
Que respeito e ate queria ser vegetariano mas não vivo sem hambúrguer e amo batata de qualquer jeito.
Que me incomoda falar alto e reclamarem de eu falar baixo. Que nunca namorei e por isso não sei o que se espera e o que se evita.
Que você nunca ou dificilmente conhecera minha casa, por que não gosto dela.
Que o olhar das pessoas na rua inflam o meu ego e ao mesmo tempo que incomodam. Que eu continuamente controlo meu corpo, seja no andar, nos trejeitos ou mesmo nas feições do rosto.
Que eu odeio que me vejam comendo e por isso comer em lanchonetes e restaurantes nem sempre é o melhor dos convites.
Que sou careta por incompatibilidade física, mas que não tenho ressalva alguma com relação a isso.
Não suporto nenhum tipo de preconceito ou discriminação.
Que tem dias que quero abraços e beijos e dias de isolamento e Me deixe. Que uso as expressões "adoro", "amei", "se liga", "mentira", "besta", "vai a merda", "Preciso", "ué", "mãããee", "paixão", "ééé...", "necessito", "então","me deixe" e "me poupe" todos os dias e repetidamente.
Que quando me apaixono perco o sono e a fome, que as espinhas em meu rosto aumentam e minhas neuras se multiplicam. Que eu nunca darei o primeiro passo, mas que sempre serei o que manterá o fluxo de passadas.
Que não assisto novelas, só as mexicanas. Que adoro discussões.
Que sinto fisicamente e ate emocionalmente as dores e alegrias de outros, como uma antena.
Que penso muito mais do que ajo e isso eu reconheço como meu pior e maior defeito.
Que tenho extrema dificuldade em acatar ordens e que o Inglês é uma língua fascinante e por isso mesmo "WTF?" para que eu consigo entender.
Que tudo que escrevo e faço tem repletas intenções, e nem sempre são identificáveis. Que ironia, sarcasmo e mimimi são pratos que adoro me empanturrar.
Que as vezes magoa sem perceber e encanto sem nem notar.
Que adoro observar pessoas e coisas e filosofar sobre a vida. Que ainda tenho o sonho de um dia tresloucar e me permitir virar vadio no mundo solto e fazer besteiras de me arrepender depois.
Que tenho o anseio de aprender a falar idiomas fluentes e fazer um mochilão para qualquer lugar que seja.
Que ligo para a aparência e admito, mas não me prendo a ela por saber enxergar os espelhos.
Que meu nome é Willian, mas se eu lhe deixo chamar-me de Will, não cometa o erro de ignorar isso.
Que me realizo quando me elogiam mesmo sem saber lidar com isso, que odeio acordar cedo e amo lasanha. Que de verduras só como alface. Que adoro e me sinto o máximo quando consigo incentivar gostares pelos mesmos gostos meus em pessoas de quem eu goste.
Que sou um canceriano com ascendente em escorpião nato e absoluto, mesmo que eu não me ligue muito em nada disso. Que vilões me apetecem, mas sempre no fundo torço pelo mocinho.
Que sou naturalmente gelado e necessito de coisas que me esquentem. Não consigo dormir com os pés gelados.
Que eu sou esse e muito mais ou tudo menos. Que faço das reticencias meus pontos finais, com significados de ate logo...

Queria encontrar uma paisagem talvez um mirante, onde eu pudesse estancar meus pés, minhas... e sentir o ar sussurrando morno em minha face ...

Queria encontrar uma paisagem talvez um mirante, onde eu pudesse estancar meus pés, minhas... e sentir o ar sussurrando morno em minha face avermelhada.
Trocar de mãos ao instante em que elas começarem a pingar.
elaborar planos sinistros que causem medo e excitação, sequestros e torturas...
Transcrever para o papel com a pior letra do mundo uma frase de despedida com quereres de boas vindas. Cotidianos quais-queres  selar ou simplesmente colar na porta da geladeira ou esquecer estrategicamente e sem querer em cima de alguma gravata amassada.
Não dizer um Tchau sem saber se fato ele sera apenas um "até logo" ou um "adeus e nunca mais".
Frustar ao intimidar e intimar satisfazendo ao fazer esperar e irritar.
Um travesseiro macio sem medo de me sentir culpado por esquecer o chocolate derretido.
Conversas tolas e rápidas, num bar ou na calçada, de dar inveja em mil roteiristas.
Gritar embaixo de uma ponte ou passarela de trem no instante em que ele passar.
Dividir um fondue com vinhos ruins.
Não mais fingir estar dormindo ou ocultar um sonho bom. Não esconder o rosto ou desviar o olhar, ou tremer quando voltar a me apertar.
Poder ser um canceriano com ascendente em peixes e sufocar.
Chorar e querer uma caixa de bombons, uma vodca quente e "Um Amor Para Recordar" seguido de "Ghost" enterrado num sofá.
Poder me sentir menina, depois de desabar feito macho, por um corpo virado na outra direção ou o silencio não pedido.
Poder sentir prazer extremo na pequena dor....
Queria tudo isso de novo...
Mas ambos sabemos... Não é?
As gavetas terão que ser rearrumadas, e o lixo terá de ser renovado. Coisas queimarão na fogueira do aterro...
Porque simplesmente sempre sera. Sempre seremos. Mas não sempre o certo. Eu em você. Você em mim. Eu em nós. Você em nós. Nós em... Por Favor! Não!
Não tente me consolar, não adianta tentar mudar. Não mais.... mas...
Aquele convite, aquele ingresso de cinema, musica, aquela rua, aquela licença.... sera sempre seu. Meu, nosso, nós, sera sempre...
Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.