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Já passava da meia noite. Assusto-me. O relógio marcava 03hrs47. Estou cansado. Uma condição normal se for analisar um todo. Sua voz na min...


Já passava da meia noite. Assusto-me. O relógio marcava 03hrs47.
Estou cansado. Uma condição normal se for analisar um todo.
Sua voz na minha mente, seu sabor na minha pele, seu calor nos meus sentidos, seu cheiro me causando náusea e suas sombras nas paredes zombando da minha percepção do que é realidade e o que é ilusão.
Já se passaram dois meses de puro silencio, onde não há solidão de fato.
Cercado de pessoas novas, novos ares, novas vozes, novos timbres. Coloco-me na posição de espectador de algo que mal sei se é uma comedia, ficção – cientifica romance, drama ou terror – talvez um faroeste no estilo caboclo Russo- onde escuto gritos dentro da minha mente 24 horas por dia, sem cessar, cada vez mais alto.
Então repouso a cabeça latejante no travesseiro e me descubro sonhando, sonhando com o que não vivi o que não vivo o que não quero viver.
Penso; novamente penso; e questiono-me: será que nasci para nascer; viver; estar?
Sempre caçador de mim, sempre, sempre...
Penso se não é mais fácil deixar... Deixar os cheiros, os timbres, os risos... O olhar... O olhar seu olhar; o SEU OLHAR.
Quando entendo e fraquejo e percebo que é você, sempre foi sempre será, sempre foi.
Onde te amei mesmo antes de te conhecer. Onde nasci, pelo tapa de um e o choro de dor por saber que cheguei num mundo onde não havia ainda você.
Por saber que não sou Um como me engano e espero, Serei sempre dois... Uma metade aqui e outra morta, enterrada alem de mim em algum jardim...
Corro lá fora buscando razão, me forçando a enxugar as lagrimas e aceitar que não sou o único a estar assim, a sentir o vazio, a náusea, a dor, o olho queimando, o pensamento longe a desordem do mundo a cabeça pesada.
Mas ali naqueles segundos, anos, sou egoísta e penso em mim. Penso que não me vale a cruz pregada à força. Não aceitei e não quis. Não me deram a escolha de ouvir a cobra na estação da linha verde.
E mesmo assim às 4 horas e 15, sei que vou deitar e esquecer o que sorveu, com você ao meu lado, como a cada dia desde que me fez sorrir pela primeira vez. Te odeio! E Por isso te amo... E odeio isso...

Atenção! Estou mais uma vez atravessando a rua. A avenida em direção a você. Eu olho pros dois lados e mal sei se enxergo realmente o que v...


Atenção!
Estou mais uma vez atravessando a rua. A avenida em direção a você. Eu olho pros dois lados e mal sei se enxergo realmente o que vejo.
Aparecem carros, ônibus, bicicletas, buzinas barulhentas rumo a um mesmo local: eu.
Parece que o trafego aumenta sempre que tento me aproximar, você não me deixa escolha se não correr. Ou ficar parado e esperar o sinal ficar verde pra mim. O problema é que acho que o sinal esta quebrado. Sempre vermelho sempre alerta, sempre distante... Oculto, dominante, proibido. Da cor da maça...
Desistir sem lutar. Quem disse que não?
As cicatrizes são internas e se sangro pelos olhos isso não me torno um guerreiro inferior aos de troia.
A musica parece querer me salvar, mas algumas simplesmente zombam, riem e apontam: idiota, tolo, cuzão! Troxa!
Meu plano não funciona, mas porque deveria?
Queria apenas conseguir baixar sua bola, a que fiz questão de carregar e alimentar. Mas que hoje queria furar.
Mas não consigo.
Você não é ninguém no mundo, mas meu mundo é você e isso torna as coisas mais difíceis.
Sou apenas um cara perdido falando de amor. Mas... O que vem depois das reticências?
Quero atravessar essa estrada de encontro a você, mas não sei se eu devo.
Quero rir de suas vitorias, mas não sei se será de deboche, desdém ou felicidade.
Quero poder dizer: eu não sinto nada e acreditar de fato que isso é verdadeiro dos dois lados (sei que não) um dia será (?).
Será?

Perdido em pensamentos ou me encontrando nele. Diariamente, feito apneia com um medo de um dia acordar e não conseguir mais respirar. Abrir...


Perdido em pensamentos ou me encontrando nele. Diariamente, feito apneia com um medo de um dia acordar e não conseguir mais respirar. Abrir os olhos, andar, acordar.
Os opostos dentro mais que os de fora me assustam por deveras, ora porque não consigo controlá-los e por isso não os entendo. Ora porque eles vêem mesmo sabendo o que são, mas eu possuo tanto domínio deles que fica a duvida: e quando eles se cansarem e se rebelarem?
Caio escreveu certa vez:

 “(...) uma navalha interposta afiada entre dois objetos colados, rasgando o inseparável.”

Vejo a cada segundo a minha vida esmerada que meus pais crêem ser pra mim, desafiar o bom senso (aquele do Maia) e ir contra a corrente.
Feito navalha escrevo diariamente produzindo cicatrizes naquilo que deveria esquecer.

“(...) pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram pelo que tentei ser correto e não foram comigo.”

Sabe?
Revolta. Amor, intensidade e no mais: nada.
Isso que caio me ensina isso que o Abreu que grita e isso que o Fernando impõe e eu compartilho.
A eterna insatisfação de quem tudo sabe e nada sabe por isso.
Tudo sei e nada sei sabe?
É incontrolável. Por vezes só queria acordar achando graça na TV aos domingos. Só queria aceitar sem questionar ou sentir sem doer, sem perceber. Sem procurar o por que.
Me drogar e esquecer. Me perder e rir, me chocar e continuar, chorar e rir ao mesmo tempo na frente de todos e aceitar de bom grado o ombro amigo sem desconfiar ou me sentir inútil.
Uns chamam isso de orgulho tolo pseudo certinho. Eu chamo de mim. Eu. Como queira; vida também serve. Errantes acertados pelas horas atrasados de um relógio não construído.
 Mas como caio novamente disse:

“Se eu não conseguir mais ficar dentro de mim mesmo eu vou ficar muito sozinho, porque não estou acostumado a ficar fora de mim mesmo.”

Pois é, não há lugar como o nosso lugar. Mas queria tanto sair em uma longa excursão de vez enquanto. Só de vez enquanto...
Nem Caio me entende... Clarice talvez... Pessoa jamais... E o velho? Ah aquele me lambe e eu o sorvo todos os dias... Mas ai já é outra historia.

Sonhamos com o amanhã e o amanhã não vem Sonhamos com a glória que não desejamos Sonhamos com um novo dia, quando este já chegou E fugi...



Sonhamos com o amanhã e o amanhã não vem
Sonhamos com a glória que não desejamos
Sonhamos com um novo dia, quando este já chegou
E fugimos da batalha, uma que deve ser enfrentada

Mesmo assim dormimos

Ouvimos a chamada, mas não escutamos
Esperamos pelo futuro, quando não passa de planos.
Sonhamos com a sabedoria da qual fugimos diariamente
Oramos por um salvador quando a salvação esta nas nossas mãos

mesmo assim dormimos,
mesmo assim sonhamos,
mesmo assim tememos,
mesmo assim oramos,
mesmo assim dormimos.


#colaboração deLucas Menon que me enviou e transcreveu esse poema pra mim, do Filme Sociedade Dos Poetas Mortos.

Tudo estava soprando era feito a ameba que corroi o cérebro, engancha, intrínseca e hermética. Corroi, aniquila, é sensação de delírio, dro...


Tudo estava soprando era feito a ameba que corroi o cérebro, engancha, intrínseca e hermética.
Corroi, aniquila, é sensação de delírio, drogado, estático, catártico. Era um caos bom, um caos interno, a sensação doce de se auto mutilar e saber que nada mais importaria. Era ela assolando meu soalho. A sombra acabando com toda a luz e me dando paz.
Um rito de passagem ou apenas a aventura seguinte... Pra alguns  isso assusta, mas é tão necessário.
Chegada a hora de chegar, ou ir embora para cada um a porta se abre com uma mão diferente.
Olho mágico, nunca teve, bem assim... Em tantas discrepâncias me assolo de volta a completamente nada. Um rito que todos sempre esperam. Todos caminham a este momento. Feito peões rumo ao xeque mate.
É morte... É morte...

Hoje sera algo de diferente. caiu nas minhas mãos e meus ouvidos, atravez do Twitter uma banda que só ouvia falar mas nunca de fato cheguei ...

Hoje sera algo de diferente. caiu nas minhas mãos e meus ouvidos, atravez do Twitter uma banda que só ouvia falar mas nunca de fato cheguei a procurar para saber "qualéqueé" deles.
Bem, corri para a casa de um amigo aqui que eu sempre soube que curtia a banda(e rock progressivo diga-se de passagem só para constar) e ele me passou o album "Como Num Filme Sem um Fim(de 2008).
A banda em questão se chama Publica. Uma banda de Porto Alegre que me lembra muito a sonoridade melodica do radiohead por alguma razão, mas com um "Q" proprio que não sei definir.
Bem o que inspirou o post hoje meramente informativo é o novo single deles, do 3° album da banda que em breve sera lançada(notem que possuo pouca informação ainda sobre os caras, por tanto não me atrevo a dissertar sobre antes de, de fato, adentrar o mundo dos Publica).
Abaixo o player e a letra do novo single assim como link direto para o site dos caras.


Corpo Fechado - Pública by Revista NOIZE


Corpo fechado

Eu tenho a sorte dos homens sinceros
Das cartas na mesa, dos livros abertos,
Do corpo fechado, dos bolsos vazios 
Dos homens que andam sem medo de amanhecer
Tenho a beleza das ruas estreitas
Das cores ausentes, das tardes cinzentas
Dos olhos cansados, dos filmes antigos
Mas já não me importa se basta dizer adeus
E te ver outra vez como se fosse a ultima
Quero te ver outra vez como se fosse a ultima
Tenho saudade da vida passada
Dos velhos amigos as mesmas risadas
Mãos e conversas em volta da mesa
Que agora calada recorda a tristeza
Quem me ilumina, quem me detesta
Guarda essa arma, guarda essa reza,
Corpo fechado, bolsos vazios, 
Já não me importa se basta dizer adeus
E te ver outra vez como se fosse a ultima
Quero te ver outra vez como se fosse a ultima

http://www.publicaoficial.com/ - site oficial dos caras onde é possível baixar grátis o álbum de 2008.

 Andava pela calçada quando avistei o consultório. Entrei, precisava me consultar, havia algo errado há alguns dias já. Ou por toda a vida ...

 Andava pela calçada quando avistei o consultório.
Entrei, precisava me consultar, havia algo errado há alguns dias já. Ou por toda a vida difícil dizer com exatidão...
Já na sala, ele me perguntou o que eu estava sentindo:
- To me sentindo meio depravada doutor... Sou muitas aqui dentro... A cada segundo uma diferente. Uma orgia interna intensa!
O medico paralisado me analisou, fez perguntas do tipo: altura, peso, alergias, costumes.
Me receitou um remédio(uma venda a cada manhã e mais duas três vezes ao dia) para loucura momentânea e pediu que eu retornasse para novos exames.
“nós somos um só minha cara. Você deve estar sofrendo de ressaca moral apenas pelas noites em dias de cada dia. Só isso. Reze, assista mais TV e tudo se resolvera.” – dissera-me ele...
Mas ele não entendia. Nasci assim com essa doença. Sou puta e santa, Vadia e virgem. Pagã e cristã. Maluca e sã. Sou macho e menininha, sou Rambo e a Alice; sou o pau duro do mundo e a vagina da vida. Sou muitas. Tantas. Uma doença sem cura que nenhuma venda poderia curar.
E ultimamente acho que estou caminhando para o estado terminal...

Não poderia mais resistir aquilo. Aquelas paredes brancas, aquela limpeza toda, o chão em espelhos brutos, as mulheres presas tal qual se...



Não poderia mais resistir aquilo.

Aquelas paredes brancas, aquela limpeza toda, o chão em espelhos brutos, as mulheres presas tal qual seus cabelos em coques perfeitas, luvas, sapatos igualmente brancos. E os homens... Tão sérios, com faces de Deuses, ou de babacas felizes como se a vida fosse apenas uma questão de qual o maior nariz de palhaço. Tudo aquilo me nauseava. Mas se fosse o caso já estaria no lugar certo.
A luz forte me cegava, não sabia mais o tempo que passara ali. Era tão injusto.
Um show, um olhar, uma discussão, e a sensação: - Você também sentiu...?
Bum!
Explosão, dor, confusão, gritaria e silencio com um baque surdo dos ossos ao chão.
Ele caiu antes que mim.
O impacto me fez rolar pelo asfalto. Como eu estava de pé sobre uma bota de couro com salto, perdi o equilíbrio e cai de quatro arfando. Sentia levemente uma ardência no ombro. Mas isso foi rapidamente esquecido, pela gritaria em volta. Pois ele estava no chão desacordado numa poça de sangue. Atingido no estomago.
Ele caiu de costas. A mochila que carregava rasgou-se as suas costas e jazia arrebentada com todo o seu conteúdo espalhado em volta de seu corpo repentinamente tão pequeno e frágil, feito uma monstruosa cena de um filme de Lars Von Trier.
Corri ate ele, sem me importar com os: Mariana você esta sangrando muito...
Não sabia o que sentia naquele momento. Dor, raiva, medo. De onde vieram aqueles tiros? E porque atiraram em nós? Porque sentimos ao mesmo tempo em que algo aconteceria, feito deja vu?
Ódio, ele não acordava e não poderia estar... Não poderia...
Eu marcara minha entrevista de trabalho na agencia de publicidade da minha vida pra próxima semana, logo ele não poderia estar... Eu iria naquela entrevista... Se ele estivesse... Eu...
Tapa. Outro tapa. Mais um. E outro, e mais outro. Mais um com força!
- Mariana... Para! Ele deve estar...
-Não!!! – mais um tapa
Alguém chama uma ambulância enquanto tentam me impedir de bater no rosto dele que ia esfriando rapidamente... Ele sempre fora tão quente... Não fazia sentido...
Eu sangrava Muito, começava a perder os sentidos também... Até que...
-Estou aqui, estou aqui... E não vou a lugar nenhum, nunca fui...
Ele acordara, chorando... Com dor... Mas me olhava, definitivamente me enxergava e isso bastava naquele momento.
- Aqui, ajudem ele, por favor... - pedi aos caras de branco que se aproximavam com macas e aparelhos que sinceramente não me interessavam...
-  ... Eu to com medo Mari... - ele tentava falar, com fisgadas de dor e uma voz assustadoramente infantil que me assustou mais do que o sangue e sua pele a cada segunda mais cinza...
- Não tem o por que. Eu to aqui... Tudo vai ficar bem...

 .........

Sempre que fecho os olhos essas cenas me vêem a mente.
Agora já fazem mais de 9 horas que ele esta lá naquela sala, naquela cama, tentando tirar a maldita bala alojada e ninguém me diz nada. Nada!
Só sei que a cada segundo percebo que terei que ligar a agencia para desmarcara entrevista....
O meu coração bate acelerado como se soubesse que terá que completar o numero de batidas de uma vida antes de...
Eu estaria ali... Seja onde esse ali fosse eu estaria ali...
Correria... E eu sinto minha pele fria ao bater no chão sem vida, ao mesmo tempo em que a sala 230 fazia mais uma vitima...

Tudo termina aqui. Fuga... O país esta tomado pelo caos. Sugadores de alma estão por todos os lados, Mortos ressurgem das águas, da terra,...



Tudo termina aqui.
Fuga... O país esta tomado pelo caos. Sugadores de alma estão por todos os lados, Mortos ressurgem das águas, da terra, e caminham rumo a um exercito poderoso em volta de alguém de capuz branco.
Explosões, tanques de guerra. Choro, crianças nuas sangrando, medo, escuridão, chuva. Paredes e portões reforçados mantendo longe o perigo e trancando em si mesmos as ervas daninha dentro de cada um.
É apocalipse, terceira guerra. Contra quem? Ou o Que?
Não se sabe... Não Há lua no céu... O sol de dia queima mais do que esquenta.
Frio, ventos fortes e um grupo tentando escalar muros e janelas para fugir e rumar para a guerra afinal. Chegara a hora de enfrentar o que fosse.
Beijos e juras de amor eterno pelo não saber se haverá um amanhã. Brigas perdoadas e família se fazendo presente de uma forma única.
Desejo de vingança e aquela sensação de que nada mais importa. É matar ou morrer e a espada, a faca, a arma estava carregada, afiada e pronta pro combate.
Tudo escurece... Cansado... Cansaço... Morte por todo o lado e a sensação de perda crescendo... Ao saber o que encontrara quando levantar o véu transparente que cobre o corpo de alguém...
Um riso alto e debochado faz o que lhes escreve acordar...
Acordar?

Em meu hotel particular Vem me encontrar Não diga não – não diga que não dá Piano – tecla para alcançar Em meu hotel particular Ouça a melod...

Em meu hotel particular
Vem me encontrar
Não diga não – não diga que não dá
Piano – tecla para alcançar
Em meu hotel particular
Ouça a melodia, tente entender a letra
Venha, não diga que não entende – tente
Melodia, melodia... Melodia...
Em meu hotel particular
O que você irá encontrar é o que você já encontrou
Mas com serviço de quarto gratuito pra você
Suba ate o quarto 371 e me encontre
Não deixe a porta aberta, pois eu tenho a chave de sua porta
Em meu hotel particular
Meu gerente é você
Melodia, melodia, melodia, escuta? A melodia
É o piano, sente o som- sentiu?
Em meu hotel particular...

É um tanto desesperador às vezes sabe. Você sabe que esta apto a seguir em frente, ou para os lados, sem se importar com nada nem ninguém. S...

É um tanto desesperador às vezes sabe.
Você sabe que esta apto a seguir em frente, ou para os lados, sem se importar com nada nem ninguém. Sabe que tem a capacidade única talvez de se embrenhar em qualquer grupo e sociedade que queira. Não há limites nesse sentido. Sabe que tem a capacidade de se mascarar pro resto da vida, revelando-se somente quando estiver sozinho (ou não), a ponto de esquecer quem você mesmo é.
Saber também que como poucos, sabe filosofar, falar e ouvir diferentes assuntos desde biologia e medicina, a musica, engenharia, astronomia, espiritismo, ocultismo, mecânica e mídias sócias.
Entender que pode ser o que quiser se realmente quiser e mesmo assim se permitir ser nada se assim bem entender.
Mesmo assim, a um ano só quer ser Um, ser você mesmo, sem mascaras, sem ressalvas mas..sempre o mas, só conseguir de verdade ser assim com uma pessoa só.
Ok, nada de drama, nada demais, afinal nunca foi DEMAIS no sentido amplo da palavra. Mas é complicado, isso ninguém nunca poderá negar que eu seja fraco ou tolo, ninguém no meu lugar teria agüentado muito tempo (uns ate já me chamaram de masoquista, aquele que curte a dor, que sente prazer em ser o Jesus da cruz e assumir o papel de Judas em ser culpado de algo inexistente.)
Seja como for às horas tem passado os dias tem passado e só vejo uma coisa: nada.
Há um ano espero crescimento. E obtive, da piro maneira possível, mas obtive.
Mas não ao meu redor. Precisei buscar em outros, o crescimento que necessitava. Porque onde estava não havia. Só havia o mudar por mudar, sem nada a mais, só estagnação velada muitas vezes aos olhos de fora, mas não com os olhos de dentro.
Fala-se a boca pequena tanto de que tem que se crescer, mas ninguém cresce. Idade, altura, vivencia não faz de ninguém alguém crescido ou maduro. É ilusão. Crescimento não são contas a pagar, não é poder sair e voltar a hora que quer, não é enfrentar de peito e queixo erguido superiores ou fazer valer o pau que tem ou a capacidade feminina de dar e receber prazer.
Não. Crescer vai além. Uma criança de 5 anos de idade pode ser mais crescida que um homem de 70 anos, mesmo de chupeta na boca e se escondendo do trovão na tempestade.
Crescer é entender do que se é feito. É sentir que finalmente faz parte do meio. É entender que cada ato gera uma reação, é reconhecer e enfrentar a si mesmo e reconhecer quando esta sendo idiota, inteligente, sábio ou errante.
Cresci? Sim, não por completo. Ninguém é completo. Ninguém. Me tornar adulto me faz entender certas coisas que antes não via, ou na real sempre vi, só que a fase adolescente não deixava. Acabar-se por acabar-se, beber por beber, cheirar por cheirar, sair por sair, afrontar por afrontar, me mostrar por me mostrar, ou fugir por fugir não me serve mais.
Não julgo que ainda é assim, mas também não me permito mais acompanhar por acompanhar. Tenho identidade. Não é porque estou num grupo de ateus que devo agir como tal. Sim pegarei alguns trejeitos, mas não deixarei de ser e de andar com cristãos se for essa minha verdade. (um exemplo tolo somente)
Fato é que de uns dias pra Ca, as cores não tem mais a mesma intensidade. Me vejo num ângulo, numa posição assustadora. Novos rumos e possibilidades. Novas pessoas e a triste constatação de ver alguém cair a cada dia por não aceitar o que sabe que é, o que sabe que sente e o que sabe que tem que fazer.
Já escrevi aqui sobre sonhos e pesadelos e nunca, NUNCA, eles foram tão reais e tão intensos. Tem gente que acredita que somos unidos a alguém ou alguma coisa, por cordãos inexplicáveis. Não sei se é o caso. Mas sinto a morte e a perda de uma maneira tão próxima que tenho medo. Medo de dormir, medo de sonhar, medo de ligar o computador e me deparar com a ausência de algo ou alguém, ou de atender ao telefone ou receber um sms me informando algo do qual não vou querer saber, aceitar ou permitir.
Tem pessoas que me conhecem e acham que eu sou extraordinário, que não existo que meu futuro será promissor. Duvido.
Eu mesmo não acredito em mim.
Tem pessoas que conseguem se enxergar velhinhos, com família, produzindo e aproveitando grandes feitos. Eu não.
Uma vez sonhei que era casado, com uma linda mulher, numa bela casa muito clara, e com uma filha linda, com os olhos da mãe, mas a mesma intensidade dos meus. Uma criança pequena ainda para falar, mas que segura meus dedos com as mãozinhas pequenas e macias de uma maneira que nem mesmo os maiores textos (como este) poderiam significar mais.
Acordei. E um vazio horrível e devastador se instalaram, por ser um sonho e por eu ter consciência que jamais teria aquilo, não era um sonho do futuro, era apenas uma projeção de algo alem da minha capacidade de ser e ter. E isso doeu.
E hoje, não vejo meu futuro em nenhum lugar... Não me vejo com 30 nem 50 anos. Não me vejo no próximo mês. A cada dia vejo-me mais distante da família que se encontra. Não faço parte dela. Escuto Epílogos e Finais de uma maneira épica às vezes de modo que eu mesmo canto baixo o refrão sabendo que é um pedido vão se o caso for o epilogo de fato.
Não sei se estou sentindo meu final ou o de outro. O caso que seja o de outro ou o meu, Dara o mesmo... A ida de um é a ida de outro. Já aceitei...
Mas o que me incomoda, a sedução das facas, o pensamento latente e obsessivo pelos remédios, a impaciência pelo canivete do pai em caixinha de couro enferrujado e que não quer abrir, a altura dos prédios e as bebedeiras de dia de semana sozinho na Augusta, interagindo com pessoas que nunca vi a permissão de ir a lugares que jamais sonhei com exceção de filmes B’s... A sedução da saída de emergência e da dor física para amenizar a dor interna...
Isso ta me assustando não a ponto de eu pedir socorro de fato (não que tal texto não aparente), mas uma coisa dentre tudo isso de incertezas acima é certa: estou com medo e não tenho nem idéia de onde fica a mesa para eu me esconder embaixo dela...

Foi lá que o conheci... Entre as areias que o tempo fez questão de banir e levar. Era uma estrala solitária amarela num punhado de mar ...




Foi lá que o conheci... Entre as areias que o tempo fez questão de banir e levar.
Era uma estrala solitária amarela num punhado de mar seco azul e cinza. Tão frágil.
Ele veio ate mim de supetão, com a cara erguida à lua e desafiando toda mosca que passava zumbindo em seus ouvidos. Conseguia com toda sua pequena estatura, revelar-se qual tal rei prometia um dia se tornar.
Era um príncipe de nome e tom... Mas se foi...


O passado fica pra trás
Sempre que me lembro daquelas noites frias na rua
O passado fica pra trás
Quando as curvas fechadas são interditadas por um novo farol
O passado fica pra trás
Em um dia de chuva, de café quente e cigarros apagados no cinzeiro
O passado fica pra trás
Nas lembranças de conversas mornas e frias de uma segunda de sol
O passado fica pra trás
A cada dor no estomago e cada febre e pesadelos no meio da noite
O passado fica pra trás
Quando o sonho e o pensamento voam... Sem querer
O passado fica pra trás
Na imagem, na voz ecoando, na escrita, e no querer dividir
O passado fica pra trás
Nas memórias risonhas, na rosa sem proteção e na cobra, o bote, o carneiro
O passado fica pra trás
Na dança pergunta não calado e na água achada e saciada
O passado fica pra trás
No gosto, na cor, no som, no lugar,
No ato, no canto do pássaro ao por do sol
O passado fica pra trás
Sempre que se olha pra frente
Sempre que se olhe pra gente
Sempre que se olha pra eles
Sempre que se olha... Pro passado
Que fica lá atrás...
Atrás...


Era domingo de noite. E a janela trazia risos e guizos, o som de um trem partindo, e havia uma única estrela amarela no céu aberto.
Era noite, mas já conseguia enxergar... O passado que ficara pra trás e queria alcançar o que perdeu...
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