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Eu talvez seja aquele que nos seus lábios perca a razão Eu talvez seja aquele que nos teus abraços perca a desilusão Eu talvez seja aquele q...

Eu talvez seja aquele que nos seus lábios perca a razão
Eu talvez seja aquele que nos teus abraços perca a desilusão
Eu talvez seja aquele que nos teus olhos seja a verdadeira visão
E eu talvez seja aquele que no seu sexo seja a reação
Eu talvez seja aquele que nos teus pelos seja a pulsação
Eu talvez seja aquele que em seus dedos seja a criação
Talvez seja aquele que em suas têmporas seja a manipulação
E eu talvez seja aquele que procura no vale dos desencontros
Talvez seja o seu cheiro nos amores de desencantos
Talvez seja a certeza nas duvidas do mundo
Talvez seja a normalidade na realidade de absurdos
Talvez seja seu rock no mundo do silencio
E talvez eu seja o MEU nome na sua garganta, coração e pensamentos...

Quem é que me chama na calada, sem voz, sem timbre? De garganta seca com pigarro de cigarros não fumados só para escutar minha voz e meu olh...

Quem é que me chama na calada, sem voz, sem timbre? De garganta seca com pigarro de cigarros não fumados só para escutar minha voz e meu olhar de procura em resposta ao chamado mudo?
Quem é você que eu procuro nas entrelinhas da ilusão e da realidade nas poças d’água pós chuva, nos cobertores surrados, nos colchões macios de qualquer hotel barato ou noites não dormidas?
Quem é você que se atreve ame lamber, me morder, me pegar, me fazer, me errar, me encontrar, me perder e criar nos dias mornos de verão?
Quem eis que se diverte as minhas custas me xingando, me sorvendo, me alimentando, rindo de minhas piadas e desgraças, e depois me pede desculpas de joelhos e olhos lagrimejados em cada canção que ouço?
Quem eis que a cada filme rodado, a cada pipoca estourada se faz lagrimas, gargalhadas, sustos, tremedeira e emoção, que mata e morre por mim, que engana, fingi e se declara com mil cravos roubados, só para me amar ate o por do sol deixar de existir?
Me diga por favor quem é você pessoa que sempre esta aqui ao meu lado, na frente, de lado, de quatro, de ponta cabeça, de gravata e vestido, de tranças e rastafári, que só anota os meus pedidos? Quem é você que habita meus sonhos sem pagar aluguel, que me destrona e me corta só pra ver o sangue jorrar pelas têmporas que já são suas?
Me fale, me escreva, quem é você que esta em cada letra do alfabeto e nas minhas linguagens escritas, faladas, sonoras, ouvidas, dançadas, andadas e pensadas a cada dia?
Quem é você que conheço desde sempre, que sei signo, cor preferida, medos e sonhos, que sei o café da manhã predileto, que sei levar ao orgasmo com apenas dois minutos de preliminares, que me busca e me joga fora, que me amarra e me desgruda que me beija, cativa e não cuida, que me arma e desconstrói, que me enche e corroi, que  me paralisa, me faz Homem e criança, que me balança...?
Quem é você dono dos meus medos, senhor e senhora dos meus anseios e desejos, que tem meu cheiro em ti, que faz vermelho ao me olhar e ao pensar em mim?
Quem é você por quem devo a vida, que esperei mil anos ate nascer, que chorei velado ao ver morrer, quem é você ao qual tenho todas as certas, mas que desconheço a fase, o nome, o olhar...?
Quem é você que amo e ainda não conheci? Quem é você? Quem? Me diga...

Ontem eu estava deitada no chão Pele quente em piso frio; pele gelada em piso morno o vento me acariciava e eu mal sabia se era De carinho ...


Ontem eu estava deitada no chão
Pele quente em piso frio; pele gelada em piso morno
o vento me acariciava e eu mal sabia se era
De carinho ou de consolo
Queria apenas parar... Só isso parar...
Parar de pensar, parar de temer...
Porque não importava onde eu estivesse ele me fazia sentir em casa
Ele era lar doce lar.
Sabe aquela sensação de que quando você esta com aquela pessoa; o silencio é mais gostoso, você não espera nada, você pode estar nua, horrível, cabelos despenteados, sem maquiagem, pode estar totalmente fudido, pode estar à beira do abismo e essa pessoa é a primeira a vir a mente? Sabe? Só porque ela lhe faz ter a mesma sensação imperceptível de estar em sua casa, em seu próprio lar, cama, colchão, chuveiro, privada e sala de estar?
Pois é... Ele era minha cama onde eu queria repousar...
E eu era seu lençol ao qual ele se cobria e se esquentava sem sufocar
Então o vento ria e cantava um antigo cântico
E eu esperava por tudo sem lamentos ali no chão no frio, cada vez mais quente, com a pele quebradiça só esperando o sol chegar ao alvorecer
Só esperando o fogo me consumir
Só esperando aqueles três séculos sem ele desaparecendo tal qual sua vida no dia que me disse: eu te amo.
Ele não tinha o direito de sentir o mesmo que eu...
Não tinha, meu amor era imaculado, a única luz dentre a escuridão da minha não vida e ainda assim ele se atreveu a pecar, se atreveu a me olhar, se atreveu a largar aquele que era o que ele precisava, por mim que era o que ele sentia...
Mas isso iria acabar de acordo com o relógio e os pássaros... Faltavam pouco mais de 3 minutos... Três minutos para a morte definitiva...
Três minutos para eu ser sua... Sua doce menina vampira...

Houve momentos, houve muitos risos e loucuras, houve blogs e posts, houve magoas e ressentimentos, houve tristezas e momentos de quase desis...

Houve momentos, houve muitos risos e loucuras, houve blogs e posts, houve magoas e ressentimentos, houve tristezas e momentos de quase desistência, e houve momentos de: não merecemos tanto.
Iniciou-se inesperadamente e...
PC Pop era como eu conhecera posteriormente. Porque contra a maré primeiro conheci a pessoa e depois o “NOME” por trás do menino.
Foram madrugadas e nascer do sol, foram finais de semana, foram quartas e quintas, foram vários humores, oscilações e dissabores. Foram parques, foram ruas e becos.
Confiança, esperança, felicidade sim poderia definir bem, mas mais que isso... Paz em meio ao caos.
Nunca foi fácil, mas também jamais nem chegou perto de ser difícil... Só complicado.
Sempre foi como deveria ser.
O sorriso maroto quase de canto de boca na timidez, o sorriso contido parecendo de desdém quando não quer se deixar revelar, o sorriso escancarado nos dias de embriagues.
A voz autoritária na discussão, a voz contida no trabalho, a voz mansa nos amores, a voz temperada de duplos sentidos e vários timbres nas amizades, a voz de menino inocente na família ao falar com os irmãos...
Líder mesmo contra a vontade. Pensa e pensa e sente mesmo quando acha que não. Aquele que é capaz de matar e morrer por uma causa que seja sua verdade de vida ou mesmo que seja da impulsividade do momento.
Aquele que sempre houve e não diretamente te coloca em pedestais, sem querer que saiba que o fez.
Aquele que nunca sabe como dar conselhos ou ajudar com palavras, mas por isso mesmo só por estar ali e olhar com seu jeito preocupado e desajeitado de ser já conforta.
Aquele que é o maior vilão de todos, demônio, pomba gira que arranca tudo de mais intenso que existir dentro de ti, da raiva ao amor, da duvida ou rancor...
Aquele que retém informações e características por onde passa que a cada dia tenta se encontrar por entre os muros que o impõe e não lhe serve. Aquele que chora a noite escondido na cama, no banho só para não demonstrar fraqueza ou parecer precisar de ajuda.
É também aquele que se empenha, que faz de seu mundo o mundo ao redor quando se engaja, é aquele que esta sempre pronto pra vida hora fazendo dela um suspense, um drama (e como) ou comedia em risadas e despretensão. O que vive pelo sol, mas na lua que se encontra.
Aquele que sempre esta pronto pra ser o do contra,. O que é diferente e muito e por isso tão semelhante.
Aquele que chegou e nunca mais partira, aquele medroso de pura coragem inconseqüente.
Aquele que desperta opostos dentro de mim que apesar de cada merda, cada desentendimento, cada coisa perdida necessitando ser reencontrada, cada historia cada estrada, que apesar dos pesares e dissabores, que apesar “daquilo” que só nós sabemos, apesar de tudo sempre dizer. Corra, fuja e não morra... Continua ferido, fraco, dopado? Mas continua...
E foi quando nasci pela primeira vez..

De gênio Maluco a Bobo Alto... 
Feliz Aniversario em nenhuma freqüência dessa vez...
Apenas Parabéns por que... Always...

PS: ainda que... Obrigado!

Quando o nó da garganta faz o papel   do enforcado, quando a agua por mais fresca e gelado já não sacia a sede, quando o sono e os sonhos já...

Quando o nó da garganta faz o papel  do enforcado, quando a agua por mais fresca e gelado já não sacia a sede, quando o sono e os sonhos já não são a paz que se almeja, quando se pensa que se esta numa grande conspiração, quando a joia mais cara do mundo ganha, presenteada lhe faz chorar de pesar e não de gana, quando o beijo já não faz as palpebras pesarem, quando a saliva causa nausea, quando o gozo é necessidade e não vontade e quando o olhar vagueia perdido entre sons e gritos da mesma maneira.
É quando se treme pelo calor incessante que assola o peito, a alma, o espirito ou o saco, demonstrando o quão quebradiços podemos ser.
Então cai chuva, lua brilha, um vira lata alimenta seus raquiticos filhotes sem chance de lar na vida e você asssim mesmo sorri, sorri pela beleza da vida, para logo em seguida esquecer e refletir na merda que se encontra. Seja ela fédida ou não.
Anos passam, amizades estacionam e tudo parece um abismo de pedras lascadas e pontiagudas sem esperança de salvação. O vento corta a face e a chuva causa pneumonia. A tosse seca e o olhar quente só demonstram quão confuso é o acaso de cada minuto e cada passar; tic, tac; do tempo vingativo e aspero por entre nossas pernas, braços, e buço.
O pulso acelera ao se identificar com cada frase, cada estrofe, cada imagem e lembrança, cada historia e derrota, alegrias e perdas e tudo aquilo que ainda nem nasceu.
Percebe o reflexo no espelho daquele que lhe falta, daquele que deveria estar lá para te preencher, desdenha por aquilo que esta no seu lugar, pela sombra a seguir sua luz em outro. E percebe que nada é vão nada é acaso, mesmo que os dados sempre virem e rolem para apenas um lado. Sorte, destino ou azar... na saudade bate, na memoria fica e no engolir seco, no tapa na cara permanece mortal pra sempre em nós...
E vidas completam outras, e vidas cortam outras e a cada ano um caminho sem volta e a cada nova respiração a pergunta: Pra que Deus(?) Pra que?

O acaso vai me conhecer...  Prevejo e me rendo em tantas teias disformes, em palavras bonitas ensaiadas de dentro para algo alem do palpáve...

O acaso vai me conhecer... 

Prevejo e me rendo em tantas teias disformes, em palavras bonitas ensaiadas de dentro para algo alem do palpável que por segundos me pergunto: que porra eu sou?”
Sabe já me desviei já me abstive, já desisti de tantas coisas, já ate elaborei um plano suicida só para morrer devagar pela minha própria corda, meu próprio assento, meu próprio tiro e bala, só para desconfiar depois que o assassino sou eu e não outro.
Já me culpei por tragédias e crimes que não me pertenciam e ate mesmo por vitorias e conquistas que não me cabiam, nem dentro nem fora como eu almejava.
As memórias os risos e lembranças ficam guardados; tal caixas cheias de bolor para punir e castigar cada caminho não escolhido, cada tamanco deixado na escada ao 12° badalar do relógio com gosto de aboboras cheias de ratos..
Me encontro por vezes num faz de conto inventado para acordar, numa canção de ninar as avessas que feito O Krueger me intimidam e me fazem temer o mundo dos sonhos e a possibilidade deles se verem realizados.
Degusto pesares como quem degusta uma taça de vinho, ou um gozo, um prazer de fim de semana como quem morde, arranca e sente o gosto delicioso e incomparável de sangue, plaquetas e hemoglobinas quentes, frescas com aquele cheiro de ferrugem distinta saída da pélvis de uma virgem saída do banho de espuma...
Penso ser o vampiro e o bruxo, o guerreiro e o protagonista, que a cada dia ruma ao próximo capitulo aquele da virada onde se torna o lobisomem das trevas vilão e covarde.
Me agarro ao racional para não ter que lidar com a emoção de saber que sou dois em um... E jamais um em dois...
Vejo mais destinos, mais escolhos, mais sons, mais imagens, mais cores, mais timbres, mais pulsos, mais horas, mais folgas, tudo mais, nada mais, e sempre mais em mesmo mais.
Daí volto aqui com palavras desconexas, poucas fazendo sentindo, sorvendo e evocando antigos espíritos, antigos questionamentos, antigos sentimentos, antigas saudades, me identificando cada vez mais comigo mesmo do que com antigos mestres e me pergunto: pra que?
Só para alguém me ler e dizer sou foda? Só para alguém me ver e dizer sou fofo? Só para alguém me ouvir e dizer sou especial, só para alguém me julgar e dizer: sou banal, só pra alguém me perder e dizer sou de mentira...
Não sei as respostas das perguntas e muito mesmo se o dois mais dois dito na época de escola realmente forma um par em quatro, mas de algo sei: preciso ser, pra ser, SER, e só pelo anseio disso é que não esqueço e nunca, eu disse nunca, por mais que queira e diga já ter feito, eu nunca deixo o relógio atrasar no modo stand be de espera... Te espera... Te espero...
*clicando no titulo dá para escutar  canção de mesmo nome...

Me acalma o cheiro de mãe, no abraço apertado da tarde ou da manhã antes do dia começar, os karaokês e pizzas do final de semana com a famíl...

Me acalma o cheiro de mãe, no abraço apertado da tarde ou da manhã antes do dia começar, os karaokês e pizzas do final de semana com a família e o filme visto mil vezes dublado na TV a cabo.
Me alegra os bares, as ruas o cheiro fétido de urina dos becos quando freqüentados com pessoas de fato, amigos e colegas, aqueles que admiramos e respeitamos, os que compartilhamos risos, memórias, segredos, planos, lágrimas, dores, pesadelos e sonhos.
Mas me falta, sempre me falta o carinho, aquele abraço sexual, aquele beijo além dos sabores de cerveja e bala. Aquele olhar de compreensão de querer só olhar sem querer o sexo imposto no desejo sedento de calor além do corpo.
Me falta o suor, o suor do coração acelerado e não dos movimentos pélvicos, me falta as brigas, as discussões, as lagrimas por alguém que não me cabe e esta presente sempre, me falta o olhar, o criticar, o compartilhar, a carta surpresa, o cd gravado com lembranças particulares, o “oi” e só isso durante três horas de silencio e preenchimento total, me falta a conta gigantesca de telefone e a falta de créditos no celular, a caixa de entrada do email lotada, os sms dispersos de entendimento sobre-humanos, as mãos dadas suadas e ásperas depois de uma longa caminhada, o cochichar sobre a tomada que não funciona na calada da noite, o cozinhar e esquecer da comida, as tardes de domingo de férias mesmo em tempos de labuta extrema, as exibições pelas ruas, os filmes não vistos, as musicas sentidas, os shows corridos, a marca daquilo que não se sente as vezes mas se tem e não vê.
Me falta a voz boba só para me alegrar nos dias de tristeza, me falta o querer saber nos dias de doença, me falta o olhar de orgulho e riso pragmático nos dias de conquista e chilique, me falta a liberdade, me falta o admirar, me falta o cheiro, o sabor, o perfume, a posse...
Me falta o nome, o rosto, a identidade, o RG, o tempo ganho quanto mais a o relógio corre, a equalização imperfeita para se completar o que se falta... Me falta... Me falta você...

Há certo tempo que venho ensaiando essa critica. Ensaiando não... Criando coragem de fato. Não é fácil. Geração aqui se define como passage...


Há certo tempo que venho ensaiando essa critica. Ensaiando não... Criando coragem de fato.
Não é fácil. Geração aqui se define como passagem de tempo determinada por um evento ou acontecimento.
Outrora, a única geração mais recente que a humanidade possuía era a geração Star Wars. Hoje a mais recente é a geração Harry Potter e explico para aqueles que julgam ser um exagero midiático.
O século XXI iniciou-se em meados de 2001. Mesma época em que HP foi lançada para o mundo no cinema. Apesar de ser classificado e ter cunhão infantilizado ele nunca foi um filme simples. Assim ele só conseguia ser absorvido tanto na tela quanto nos livros por crianças (seu publico alvo de fato) de 10,11 e 12 anos de idade.
Uma década depois, HP consegue fechar uma Era de 10 anos contando uma saga literária de sucesso inalcançável alem de acompanhar a vida de uma geração de pessoas hoje adultas que cresceram lendo e assistindo e esperando cada novo livro, cada novo filme a cada ano que surgia. Por esse fato sim HP é dono de uma geração tal qual Star Wars possuía e ainda possui e sim Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 2 fecha o final de uma Era.
Pois bem, considerações feitas, caneta e papel, calmante e muito lenço de papel para conter as lagrimas, já em mãos; vamos iniciar minha singela critica Fílmica de HP 7.2. Aonde irei me atentar a parte HISTORIA em si e não nos termos técnicos de fato. Afinal sou fã da saga e não conseguiria ser totalmente imparcial e nem vou tentar ser.

Harry Potter e As Relíquias Da Morte
Parte II

O filme se inicia após a morte de Dobby. Harry, Rony e Mione estão no Chalé das Conchas (morada e refugio de Gui e Fleur – irmão e cunhada de Rony) se preparando para o próximo passo rumo à procura e destruição das horcruxes de Voldemort.
Com uma atmosfera carregada e densa, David Yates(diretor)nos conduz para o fim. Cada cenário, cada dialogo cada cena, cada figurino, cada melodia da trilha sonora nos afirma isso. Não há como assistir o filme com um sorriso no rosto. Não há como você assistir HP7.2 leve, em alto astral. Assim que o logotipo da Warner entra em cena e vemos tal qual um regime fascista os alunos de Hogwarts marchando por entre as terras da escola observados de longe por Snape com ar majestoso e sombrio, você entende que nada ali é bobo, nada ali foi feito para ser engraçado ou romântico. Você esta entrando num mundo caótico, perigoso, serio, tenebroso, pesado. Não há fantasia, há medo e angustia. É uma guerra. É onde tudo termina...
A fotografia é belíssima. Com tons frios com texturas quase palpáveis, ela consegue destacar cada ato de forma que eu particularmente nunca havia visto.
São brilhante algumas passagens tal qual a cena do roubo de Gringotes, em que é mostrada em planos abertos as montanhas, a paisagem verde de forma tão realista, tão mágica, para no instante seguinte com um baque nos vermos nas sombras novamente percebermos que aquilo não passa de uma momentânea ilusão.. Há perigo ali, nada é belo ou zen. É perfeito.
Efeitos sonoros, e trilha sonora também cumprem seu papel magistralmente. Trilha melancólica, moderada sem firulas atinge o ponto certo. Nada de explosões, sustos com gritarias sem sentido... Nada disso. A trilha merece ao menos indicação ao Oscar do ano que vem.
Falar da produção, maquiagem e figurino e atuações também seriam bobagem. Um nível técnico excelente que sem duvidas esta entre as mais respeitáveis dentre as atuais do cinema mundial. Insuperável. Bem feita. Um zelo impar.
Bem, vamos ao Roteiro e condução da historia que é onde me aprofundarei como havia dito.
Primeiro tem que se entender o seguinte. Linguagem cinematográfica não é igual à linguagem literária. Ponto.
O que funciona no livro não necessariamente funciona do cinema. E vise e versa.
O tipo de envolvimento que o leitor tem com o que esta sendo narrado é intimista se dá de dentro pra fora. No cinema é o inverso. O cinema tem que buscar o envolvimento do espectador de fora pra dentro. Ele tem que mostrar algo que nos faça buscar em vivencias externa algo para relacionarmos internamente. È complexo é difícil.
Assim dizer que o filme deveria ser totalmente fiel palavra por palavra ao livro é besteira.
Mas HP7.2 consegue ser quase que 95% fiel ao livro e ainda assim melhorar e sim piorar algumas passagens da obra de J.K.Rowling.
Exemplos como as mortes de Remo e Tonks.
No livro o ambiente é de exaustão. Nada mais choca como antes. Você esta em guerra plena, num caos. Onde você vê crianças e velhos morrendo ao seu lado, com sangue nas mãos, atirando feitiços ao vento sem saber se eles atingirão amigos ou inimigos. É ver um irmão tendo a cabeça arrancada e não poder nem ao menos parar e lamentar ou questionar Deus com um “por quê?”. Afinal se permitir entregar ao pesar é a diferença entre morrer e viver. É esse o clima da batalha. Assim muitas mortes passam, são descritas de forma nada esmerada, são rápidas, mas ali no livro funciona. Não é preciso ler o modo como ocorreu o que importa lá é quem ainda resiste e quem já se foi. Cada corpo que é visto no chão sem vida é um choque a mais. Nos ali nos mesclamos com o personagem. A dor deles são nossas dores. É sublime o que a Rowling consegue ali. E assim é com Remo e Tonks. Num momento em que muitas mortes já ocorreram a deles do nada aparecendo assim no chão, encobertos por mortalhas apenas expressa em nos choque. Meio que calejados já não conseguimos mais pensar lamentar. É seguir em frente, virar à próxima pagina para mais uma dose de dor e perda. La funciona.
No filme não. O diretor optou por deixar essa cena idêntica ao livro e La não da certo. Dá merda.
Harry entra na escola e vê os corpos de Fred, Tonks e Remo ali jazidos sem vida no chão.
Ponto.
Não há emoção, não há choque, há apenas aquele: WTF? Como? Quando? Por quê?
Não funciona, não há a devida importância que no livro tal fato causa. Porque aqui é cinema. Aqui o clima, atmosfera estava de frenesi, esta de ação. Cortar a narrativa para algo sem “pegada” não da certo, não causa o impacto que deveria. Aqui deveria ser mostrado o modo como a morte ocorreu por mais que no livro essa cena não exista. Assim funcionaria. Teria carga dramática.
Ainda na linha mortes, a morte de Snape é o inverso. No livro não há emoção. A morte é rápido, objetivo. Mordeu morreu e próximo assunto. A morte dele é deixada em segundo plano. Pois os acontecimentos e as memórias dele são mais importantes que ele deixando o palco da vida.
Já na tela o diretor fez o inverso ele melhorou essa cena. Ele não só mudou o local e a forma como a morte se dá, como tornou ela violenta, longa, demorada e cruel. Com a trilha certa e a posição de câmera acertada; “vemos” Snape morrer de forma sublime e assustadora. Por mais que a guerra esteja ainda rolando que haja tantas coisas em jogo, por aquele momento todos, prendemos a respiração e voltamos nossos pensamentos a ele, a morte e mesmo um grito mudo de “AJUDEM-no” é reprimido nesse momento. Funcionou.
HP7.2 não é o melhor filme da historia, mas com certeza é o filme do ano, ou um dos 3.
Ele consegue fazer o que o cinema foi criado para fazer: emocionar, fazer sentir, pensar, temer e querer.
Por duas horas ele nos faz esquecer a realidade, falando de realidades. Ele nos aproxima de nos mesmos ao mostrar demônios dos personagens sendo revelados e confrontados.
Alias o grande mérito de Harry Potter sempre foi esse. Nunca foi a fantasia, as varinhas e vassouras, a magia em si.
Mas sim o lado humano mostrado de forma densa, sem rodeios, sem dó, velados com a imaginação e o refugio de um mundo diferente do nosso, mas assim mesmo tão parecido.
E HP7.2 faz isso. Ao invés de carregar nas explosões e pirotecnias, ele escolhe mostrar o drama humano (bruxo no caso) em que o silencio grita, em que o olhar pesa em que as lagrimas doem. A trilha e a fotografia fazem isso também a cada segundo.
Ele nos transporta para aquela guerra, o filme nos faz torcer e sofrer e perder a cada combatente morto, a cada nova ferida. È uma experiência surreal de verdade.
Não é perfeito como eu disse, mas chega MUITO perto disso.
Claro que a trama ajuda, mas o filme se sustenta sozinho também.
Particularmente eu mudaria alguns pontos como, por exemplo, adensar mais os fatos das mortes e perdas. Não durante a guerra. Após tudo se resolver da maneira que tinha que ser feito eu exploraria a emoção o dramalhão mesmo, com lembranças ou flashes back dos mortos e seus momentos na serie. Assim como daria mais tempo e destaque a cena em que Harry conversa com Dumbledore. Ali muito é resolvido, muitas coisas se amarram. Era a oportunidade única do diretor e roteirista amarrar aquilo que ainda tava solta em anos de erros anteriores na serie cinematográfica (nos livros não há uma falha). Mas...
Alias como comentário HP em minha opinião apartir do 4° filme deveria ser todos em duas partes. Impossível contar uma trama densa e complexa como aquela em apenas 2 ou 3 horas de filme cada um. Impossível.
E como ressalva em minha opinião Relíquias da Morte é um filme só. Parte I e Parte II devem ser encaradas como um filme só. Por mais que eles filmicamente falando sejam independentes em questões técnicas e narrativas. Eles são uma só historia. Relíquias parte 2 é ótimo por si só. Assim como a parte 1 é boa por si só. Mas os dois juntos sem intervalos são excelentes ficando assim (juntos) como um dos maiores filmes da historia do cinema nos ultimas 20 anos.
Outro comentário meu é que assim como nos livros Enigma do Príncipe e Relíquias são uma historia só pra mim. Ao contrario do que ocorre nos livros anteriores, apartir de Enigma inicia-se uma historia que só tem fim na ultima pagina de Relíquias.
Por tanto os filmes Enigma, Relíquias parte 1 e parte 2 também deveriam ser encaradas como um filme só. Ou mesmo Relíquias sendo a parte 2 de Enigma e Relíquias por si só como um filme só (parte 1 e 2 juntas num único filme) .
Toda via assim como o ultimo tak de Relíquias parte 2 sugere, o mundo potteriano não esta em suas palavras em latim, no poder de suas varinhas e velocidade de suas vassouras nem mesmo na cicatriz de Potter, mas esta na força do olhar. Na força da face. Na força humana que aqueles três amigos inseparáveis demonstraram. O lado mais sombrio e mais nobre da historia da humanidade. Assim dizendo que o trem partiu, foi embora. Terminou para nos que carregamos nas costas com orgulho e prazer essa geração, e que agora é a vez de uma nova geração surgir e quem sabe ter o privilegio de conhecer esse mundo também. Mas ele mostra que Hogwarts não foi embora naquele trem e nem mesmo nos créditos finais quando a luz do cinema se acende, por que ele nunca esteve escondida atrás de capas e paginas de livro e nem em nenhuma plataforma matematicamente insana. Ele esta escondida dentro de nós. E assim basta olharmos pra dentro de nós mesmo para reviver cada momento mágico que ele nos proporcionou e lembrar que Hogwarts sempre estará lá para ajudar aqueles a quem a ela recorrerem...
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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.