contador visitas
contador de visitas

''O primeiro dia de nós Derradeiro fim de semana dum de eu O primeiro dia de nós Em nós de cordas amarras e laços Andou ate vira...

''O primeiro dia de nós
Derradeiro fim de semana dum de eu
O primeiro dia de nós
Em nós de cordas
amarras e laços
Andou ate virar a esquina e cansou
doeu pé, doeu ar, agitou mão
continuou a andar
encontrou e desencontrou - era o que queria
parou, pegou ar, quis pegar chuva.
rezou pra chover mesmo sendo ateu
choveu.
agradeceu a ninguém a quem acredita
e andou mais.
Sentiu cheiro de tudo, enjoou e revirou
chão, lixo, sangrou a perna que não aguentava mais
olhou, deixou sangrar, sorriu
sentir alem sentir
era o que queria.
encharcou no banco do ponto do ônibus que nunca pegou
e nunca passou
lá, você disse: tudo bem?
olhou, pela primeira vez em 19 dias chorou sem tentar esconder
A dor no joelho doeu
o gelo da chuva no corpo tremeu
o cansaço dos pés cansou e o ar que faltava arfou
duas lagrimas pelo que se lembra, estancou.
hj escreve que na hora mentalizou: o primeiro dia de nós.''

"Penso que a depressão é aquele mergulho acidental dentro de si. Dentro de seu próprio ser. Penso não. Sinto. O problema, é que nem...

"Penso que a depressão é aquele mergulho acidental dentro de si. Dentro de seu próprio ser.
Penso não. Sinto.
O problema, é que nem sempre sabemos nadar, nem sempre há superfície clara para boiar. Nem sempre sabemos minimamente de que líquidos são feitos nossos nós. Nosso ser. E é ai que nos afogamos. O mergulho vira queda. Vira sufoco. Vira perdição. Sem saída, sem som, sem luz.
Como um ser terrestre preso no fundo mais profundo de um oceano sem começo ou fim aparente. Tão profundo onde a luz, as cores, o próprio solo não chega.
E ai falta ar.
Falta tempo.
As horas se perdem, perdem sentido. O tato se esvai, pois os dedos vão murchando. A sensibilidade da pele encharca. Não ha fome. Não há razão. Só o ali.
O ali escuro, o ali profundo. O ali 'devastidão'. O ali tão só, tão ser. Tão si.
E então, de repente, quando de repente, o liquido se torna viscoso, ou árido, quente, pulsante, febril, gélido, áspero.
E aquele silencio se torna ensurdecedor. Faz-se gritaria no emudecimento.
De vez enquanto há pessoas, ha coisas, ha sentimentos ganchos, pessoas anzóis, que pescam a gente desse profundo. As vezes tantos, a pele, os ouvidos, a visão, já não sabem mais se adaptar à outrora antes do mergulho. Acostumou-se o físico à depressão do nunca ali, mesmo que a razão volte ao tudo aqui.
Uns se levam. Pé ante pé, roda ante roda, dia anti dia. Suportam e ate readaptam-se. Não voltam ao antes do mergulho, mas seguem.
Outros... Bem, outros vão. Se vão alem do que sei lá.
E no meio termo dos 'Uns' e dos 'Outros' sempre se encontram 'Alguns'. Alguns-eu. Entre o profundo e a superfície, o seguir e o ir.
Escrevo. Derrapo. Na beira, na orla. Sempre na orla...''

"Entre o beijo de 5 minutos atrás e a premonição do fim, pode caber uma vida inteira." E, nessa frase proferida a esmo, numa ...

"Entre o beijo de 5 minutos atrás e a premonição do fim, pode caber uma vida inteira."

E, nessa frase proferida a esmo, numa quinta feira de madrugada diante do espelho, é que eu te vi pela primeira vez.

Olhos curvados sobre ombros atentos.
às vezes, parece que passamos uma vida inteira procurando aquilo, que nem perdemos ou, que nem precisamos de fato encontrar. Mas, que quando surge parece tão certo.
Com a gente não foi assim.
Chovia na cidade de São Paulo e, você sem guarda - chuva, tentava atravessar uma avenida de carros insubordinados. que só queriam encharcar os transeuntes.
Eu, sempre despreparado, nem guarda - chuva me limitei a carregar. Tentava me proteger dos pingos gelados, diante de uma quitanda abandonada - provavelmente -, do outro lado dessa esquina em que te observava tentar atravessar.

O espaço entre seu escorregão, meu riso alto demais e o olhar desconcertado duplo de nós dois, pouco importa pra essa crônica. O caso é que nós viramos caso naquele quitanda sob a chuva torrencial. 
Barba por fazer, mais altura do que os pés pareciam suportar. E eu, com certeza mais velho do que eu achava aparentar e cabelos assentados pingando gel de maneira nada higiênica - assim você me descreveria.
O tempo parece pregar peças naqueles que tentam doma-lo. 

De um ''até logo'', para uma meia volta para passar seu número de telefone, foram cerca de uma hora e meia. Duas horas para eu me arrepender de te pedir. E talvez sete para perceber que você havia me dado o número errado. 'Sem querer', disse você no dia seguinte, no mesmo lugar, sem chuva e sem tombo, sabe-se lá o como que essa vida ou destino, ou única via para o único mercado do bairro, nos reencontramos ali.
Mas o horário. Que poderia ser qualquer horário, ali estava duplo. Para compor nós dois. 
E um número certo, um sorriso, uma piada ruim, um andar mais duro e controlado - imaginando as possibilidade ridículas de alguém que não procura, mas acabara de achar -, depois se seguiu.
Seguiu-se festas, baladas, brigas. A primeira mágoa - Você me magoou. 
A primeira traição sem corpos ou sentimentos - Eu falei e não cumpri.
A terceira dúvida. E a volta diante da tentativa de criar algo que nem sempre sabemos o que é.
O sexo era bom. Nem extraordinário e nem ruim. Bom. Não havia, como na maioria desses casos, nenhuma romantização de cinema ou de literatura.
Havia a cueca rasgada, a unha do dedinho do pé mal cortada. Certa flatulência de madrugada e a incômoda tarefa da primeira ida ao banheiro de manhã. Havia até mesmo as chatices, o aturar ciúmes bobos, e inseguranças sérias, palavras feias e paciências repetidas. Havia tudo que parecia inadequado por não estar no manual de comédias românticas e livros de Jane Austem. Não havia tampouco aquele trama de novela para, podermos inventar alguma trilha sonora. 
No entanto, havia fotos. Muitas fotos e vídeos. Registros maculados tentando externizar esse manual de felicidade perfeita ou de brigas apocalípticas, como manda o script. Para quem quisesse ver, ler e ouvir.
Havia Radiohead e aquela Ana Carolina escondida, só para não dizer que não curtia um nacional. Alguns sertanejos criptografados entre a pasta de pagode antigo e o pop melodramático todos com senha no laptop. Havia tudo o que não devia haver. Mas, havia.
Aliás, havia disparidades. As diferenças políticas. 
Mas, eram nas ideológicas que o respirar fundo imperava. Que o olho ciscava até a boca para tentar remediar um "chega" que nunca chegava de fato.
Porque havia tudo isso. E por essas coisas, tudo na maioria das vezes estava bem. Até mesmo quando não havia nada. Quando havia o nada. Tudo bem.
Então, houve o primeiro 'eu te amo' incerto, seguido de outra chuva gelada.
Não fazia frio de fato, era so uma garoa de verão. Mas, lembro que era outono.. Não há o que entender.
Seguiram - se noites estranhas e manhãs de canseira. E por fim, fim.
Num dia de sol...
É engraçado notar que as vezes, escutamos e lemos canções e histórias de amor e, tentamos a todo custo encontrar algo igual. Um mesmo par, uma mesma música tema, os mesmos trejeitos. Tentamos enxergar um outro alguém para que haja sentido neste que somos por inteiro, num só. Como, parecemos espelhar romances e tragédias, sorrisos e choros, feito um diretor de teatro, tentando exprimir o melhor, o mais intenso daquilo, para sobrepor em sentido de que aquilo é certo. Que aquilo é o que se quer.Engraçado.

Romances estão cheios de encontros e de saltos. De desencontros e fincamentos. De câmeras desfocadas, de narrativas esparsas e linguagens dispersas. De pianos e violinos. Repletos de conquistas e desafios, de resistência e tentativas e dívidas também. Romances estão repletos de poemas, de crônicas com metáforas, de por do sol, e de luz. De corridas e arrependimentos. De hesitações... Está repleto de belos e belas, de diferenças e completas. De decepções e momentos de comercial de coca - cola.
Nosso romance não era assim. Não foi. Não é. Mas esteve também, assim mesmo. Já fomos aqueles do jantar e cinema, do motel e cantinho escondido durante uma reunião de trabalho. Já fomos a rapidinha no banheiro da faculdade e a foto de casal no Facebook, temos que admitir. Admito.

O nosso nós, era de incompletos. De chuva. De tombos e piadas ruins. De café fraco e perda total após uma tequila qualquer. De rock pesado e bossa nova e até algum funk com bunda sendo arrastada no chão da pista nos finais de semana de coragem e disposição com pó branco. 
De guarda - chuvas quebrados, de desejos mal resolvidos. De dúvidas sem resolução e até de distâncias. Era de insônias e horas de sono demais. Era de desemprego e falta de grana, de briga política, de braço quebrado numa queda de escada encerada. De fila de hospital após dengue adquirida e confirmada.
Era feita de esquecimentos. De perdas. Era de caos e turbulência. Era de liberalidade sem sutilezas e, dessas também sem franqueza.
Era de textão e monossilábicas respostas. De prazer sem cócegas e de sorvete um pouco derretido.
Era de chatices. De ingratidão. Era de tudo que existe entre os cinco minutos do beijo de língua que vira selinho, até o "se cuida" do nunca mais um "te quero" proferido
Era de esperas olhando a catraca do metro lotado. De celular descarregado e de hipnóticas visões de tela sms e whatsaap não 'chegado'. Era de preguiça e não to afim. De cada um virando para um lado da cama, com expoentes de sofá e casa da melhor amiga. Era sobre tudo de silêncios e descomunais gritarias.

O nosso nós não tem descrição concreta. Mas possui lembranças. As vezes se confunde entre o que ta aqui e o que já foi. E ate mesmo, talvez, naquilo que nem ainda é.
E mesmo entre esses desalentos esquisitos, entre a razão e a emoção de constelações e signos, e, a cruz invertida em prece e fé, nessa turbulência; é que talvez  seja, e esteja o amor do nosso nós. De nós. 
É diferente. Não é crônica. É descrônético.
Os amores são como arco iris em dias de verão...
Nosso amor é feito tempestade. E é bonito.


Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

Realidade Utópica no Face

Featured Posts

Utópicos

Contact Us

Utopicos ate o momento

Eu
Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.