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Ele finalmente parou. Foi indo de osmose em osmose, sem inercia para refletir sobre a energia que criava sem parar. Estática. Finalmente pa...

Ele finalmente parou. Foi indo de osmose em osmose, sem inercia para refletir sobre a energia que criava sem parar. Estática.
Finalmente parou, e transformou em caos o silêncio que a cidade abria em grito diante de seus olhos e ouvidos. Era tudo demais. Uma cadeira a mais na mesa vazia. Um bebe a mais onde só se esperava um. Um guerra, uma batalha e uma luta. Tudo junto, tudo muito.
O seu mundo ia de desespero e acumulação, a  confusão e parcimônia.
Andava e corria pelas ruas e rastros, deixando meias falas, pequenos fragmentos de vontades, e deslizes invisíveis por todo canto. Pedaços dele mesmo em sonhos e realizações.
Ele queria abraçar demais. Conter demais. Pegar demais. Ejacular sobre a pressão dada onde nunca se quer conseguir deixar seu pau duro ou penetrar nada além.
Ao querer demais replicou. Enlouqueceu em níveis colossais.
Ele não era louco, mas o sanatório de sua mente não podia confirmar esse diagnostico negativo.
Virou pilulas. Remédios com bula e ate cogitou as sem também. Ora pois, era livre em si, preso dentro de si.  Só cogitou.
Insônia, e um "noctambulo" criado a pesadelos, alergias e imunidade baixa. De fome e prazeres carnais imediatos para extravasar o que queria descansar.
Mas isso ficou para trás. Por quantas horas ele não sabia.
Afinal, ele finalmente parou.

Meu tempo tem a cada dia surtido mais significados e efeitos. Meu tempo sempre esquivo no espaço... Tenho uma relação disforme com ele. Se...

Meu tempo tem a cada dia surtido mais significados e efeitos.
Meu tempo sempre esquivo no espaço...
Tenho uma relação disforme com ele. Seja nas fissuras da pele, nos calos dos pés, nas juntas que estalam, no cansaço ao acordar ou na permanência em dormir- quando essa há.
Seja nos números datados em documentos e na resposta quando me perguntam quantos anos tenho.
sejam nas lembranças e memorias de toda uma vastidão de passado.
O tempo tem brincado de formas articulosas com tudo ao redor. Nos atrasos, nos em ponto. Nos vacilos e nos sem eles.
Ele tem me feito preocupar também, perder o sono ao pensar quanto me resta dele, para mim e nas pessoas que são para mim o único significado e sentido dele continuar a existir. Vejo a luz dos olhos do meu cão a mais de dez anos pregarem peças sem um pingo de graça, hoje, quase apagadas me causando medo. Vejo as rugas no rosto jovial e tão comum para mim da minha mãe, e suas falas a cada dia mais espaçadas com sua respiração cansada e sem muitos compassos lineares. Vejo o andar meio curvado nos passos de meu pai, antes de corridas em campos de futebol e noitadas boemias pela cidade que hoje me abraça e chuta- como fora com ele. Vejo o meu colo vazio, já sem o peso pequeno do meu irmão mais novo, que hoje levanta as 7 da manhã para trabalhar e volta tarde da noite com isqueiros, garrafas vazias de cerveja ou com ursinhos escrito 'eu te amo' de alguma futura cunhada sem nome - com as calças repletas de preservativos vazios.
Ha dias que acordo e ando pelas calçadas apenas escutando os sons da cidade, tentando identificar algum resquício de pausa que alguém pode ter deixado escapar por ai. Tudo sempre sem parar... acelerado...
Tomo consciência do meu corpo como poucas vezes antes e nota em pelos e funções orgânicas que já não sou mais o adolescente dono do mundo, apesar de o mundo me pertencer muito mais hoje em dia.
Sinto pesos que antes não sentia, e palavras muito mais que promessas quaisquer são capazes de me causar espinhas, dores de cabeça e gastrite nervosa, onde antes eu nem sabia que poderiam existir.
Talvez seja o óculos que o oftalmologista recomendou - apenas para leitura e descanso-  e que jamais fiz, mas meus olhos que estão mais claros em cor, tem adquirido outras formas inclusive de saturação. O 370p as vezes se converte em Full HD de forma inexplicável e aterrorizante.  Os sonhos e pensamentos deixam de ser alheios para se tornar linhas na minha própria palma da mão.
Os prazeres carnais, o sexo, e mesmo o gozo da solidão já não tem mais o mesmo efeito e importância. Talvez a mesma periodicidade em questão de relevância. Pessoas são sempre pessoas e carência sempre sera ela mesma afinal.
O tom cíclico de tudo e essa palavra estranha 'recomeço' adquirem sentidos tais que anos de leitura de dicionários inclusive os analógicos, jamais mostraram.
Perco o sono por uma nota postada, onde em dois tempos de meio segundo todo um futuro se apresenta a frente para em seguida ser queimado tal qual Alexandria. Perco a fome por horas cravadas, de afazeres atrasados, e mesmo a lucidez por descuidos meus e daqueles que são Os Meus.
Enfim, o tempo que não me dá tempo de escrever sobre ele, de forma coerente com o tempo que ele me custa a cada digito dedicado e gasto; registrado.
Há tempos, que queria me fazer flor e desabrochar, despetalar pro tempo levar embora no vento e em caule renascer para a terra, assim que chover. Há tempos que queria me ser pássaro, tornar-me Ícaro, e voar longe, rasante rumo ao infinito, cruzar em nave saturno e além plutão, residir na lua e a cada estrela cadente apenas contemplar o por da Terra la no horizonte sideral.
Ha tempos que eu queria mais tempo, e ha tempos que queria o final desses tempos.
Repousar nas costas de um grande dragão e ir. Onde fosse pra ir. Ir, ir e ir. Sempre indo...
Ha tempos vejo, conto, sinto e vivo tempos demais.
Queria dar um tempo... Só um tempo...

"Venha de tarde, pelas manhãs lhe preparo, nela lhe sirvo e de noite lhe acompanho para a eternidade já pronto. (...)"  (Pode...

"Venha de tarde, pelas manhãs lhe preparo, nela lhe sirvo e de noite lhe acompanho para a eternidade já pronto. (...)" 

(Pode parecer confuso, mas qual coração, mente, corpo e razão não o são? Minhas palavras traduzem desejos, que as sensações, e só elas fazem confundir)

Uma mesa de computador, de madeira. Fones de ouvido e caixas de som quebradas, um CD virado, refletindo a tela do computador no editor de imagens, estagnado na mesma foto.

As horas do relógio parecem soar como sinfonias sem compassos pela madrugada adentro. Faz frio no outono lá de fora. Pela janela uma brisa gelada invade a minha pele negra, enrijecendo os pelos do braço e levemente os da barba por fazer.

Eu sei que estava errado. 
Quando penso em todas as palavras que engoli, em todas as pausas que silenciei. Em todos os ‘deixa para lá’ e os ‘esquece’. Fui estúpido. Burro!

Mas era isso ou me tornar um homem que não queria ser.
Esperei todas as manhas e todas as noites o frio na barriga desaparecer para constatar que ele só aumentava em enjoo e falta de fome na tarde seguinte.

Às vezes em meus sonhos vejo uma pequena fresta na porta daquele quarto, que eu ajudei a fechar. Cabelos pretos, olhos claros, um nariz um pouco torto e inchado. Uma pinta em formato de feijão acima do lábio, do lado direito do rosto com barba e bigode. E La esta você, ou ele, sentado na cama onde pensei por dias talvez ter encontrado o porto seguro na viagem mais louca que ninguém jamais planejou. Besteira!

Foram CDs gravados, musicas baixadas, letras lidas e relidas... Foram filmes citados, personagens identificados e ate mesmo bombons comprados. Foram Pôsteres, ovos de páscoa, almofadas com braços, refrigerantes pagos... Textos dedicados, olho no olho chegados, e ombros com um ultimo olhar às costas idos.

Bocejo e minhas mãos vão ao rosto e suspiro. “A falta que a falta faz”. Disse certa vez um cantor. Bobagem!

Vinte e quatro anos ou vinte e cinco – vinte e três se crer em Rg’s e certidões de nascimento – e uma vida e meia de convivência com batidas, feridas e cócegas. E lá estão as respostas para mais perguntas, e inclusive o conforto de que data alguma importa.

A medida que passam os números no calendário, vem o medo e a vontade de se reencontrar no calor de um outro alguém.
Mas já não mais de formas de coração em maça invertida ou declarações de faixas e cartões musicais. Não mais de saia e calça jeans, de relógio, cesta de café da manhã e perfumes com nome de querubins.
Vem de maneira rasteira, de visão no metrô, entre um rebolar e outro, entre um aperto de mão e uma pausa dramática com olhar de canto de olho. Vem do evitar e repetir a mesma frase três vezes. Vem do evitar e repetir a mesma frase três vezes. Vem do evitar e repetir a mesma frase três vezes.

Vem do poder falar do passado e querer reinventar um presente sem se preocupar ou planejar futuros. Deixar acontecer. Vem do não querer e virar necessidade. Em resumo, vem do estar, esta e estou bem.
Sei que errei e deixei errar. ‘nos braços de um outro alguém, nos seios de uma mulher qualquer, no consolo de um outro amigo quem sabe quem.'

Eu sei. 
Mas o vento na janela deixa claro que ainda há calor rente a minha pele para se fazer arrepiar. E quem sabe quantos erros e acertos as estações La fora podem reservar.

Não sei se você já nasceu. 
Não sei se lhe deixei sentado esperando ou se lhe fiz correr para bem longe. 
Mas seja onde for, esteja onde estiver, vindo e indo aonde vier: 
Na madrugada de tempo, sono, musica e aconchego em seu peito: Feliz dia dos namorados!


 "..(...)Meu tempo é você."
Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.