Quero tanto tantas coisas

Um sonho daquilo que não se resume apenas na possibilidade
Já fiz planos, já pensei
Já fiz da razão meu porto seguro inabalavel
Bate! Estanca, verte, aquilo que não se vê
E volto na mesma... O músculo involuntário
A piada feita só não cai em desespero quando
A risada extravassada é do próprio que a contou
Não há muitos motivos de riso
Mas também, as vezes, nem sempre há tantos motivos assim
Para a latende dor que aflige, que sangra e machuca... Tanto...
Cava o chão... Alguns palmos a esquerda..
O buraco é quente, espere! Eis minha cova... Espere!
Cada casa, tringular feito aquele antigo jogo de criança
Parece engolfar em imersa escuridão de pura luz
A pedra cai na terceira casa, a que não se pode pisar
Um corpo não ocupa o mesmo espaço... Mas sim pode estar no mesmo lugar
Aqueles que são Três, ao ser Um
Onde compartilham em Dois a mesma essência
A mesma alma que grita...
A revolta já calou, a cara pintada ja foi lavada
Escoa Pai! Escoa!Pai Escoa!
Não tente mais salvar-me!
Não tentarei mais encontrar o que nunca foi perdido
Uma vez que nunca foi achado: A paz.
A cada segundo vê? Tudo parece prestes a ruir, acabar
E é na face e na fase de cada lua que vejo o brilho do que posso esperar
O nada... Pois assim poderei encontrar o tudo.
Quero tantas coisas e mesmo assim... Já não sei mais...