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Tiro! A bala dispara, percorre o tempo e a distancia para por fim atingir o seu alvo, a sua mira. Pensando como nunca deixarei de fazer, pe...

O Ultimo Que Ouviu

Tiro! A bala dispara, percorre o tempo e a distancia para por fim atingir o seu alvo, a sua mira.
Pensando como nunca deixarei de fazer, percebi que por mais lirico que pareça eu realmente não sei quem sou.
Assisti um filme que com seu humor, poesia, realismo, simplicidade, despretensão, qualidade, leveza e beleza alem de sensibilidade, me mostraram que a vida é muita mais que escolhas, é coragem e um pouco de determinação e força.
Sim podem parecer filosofias de buteco(mas porque iso as faz desmerecer) ou repetitivas, mas nesse caso não são.
O Filme em questão faço questão de citar e recomendar pra ontem: O Primeiro Que Disse (Mini Vaganti) do diretor Ferzan Ozpetek.
O filme em sintese fala sobre as situações e decisões que somos obrigados a fazer, por tudo e por todos e quase sempre menos por nós mesmos.(trailer abaixo):

Mas profundamente ainda ele cita: "São aqueles que erram que sabem viver, não porque depois do erro aprendem com eles e acertam, mas porque aqueles que erram e assim arriscam o que já é certo, são felizes por se permiterem ser livres pra errar o voo certo da vida." Reflitam e entenderão, a premissa.
Quando a avó do protagonista diz que ele precisa ter coragem de ser quem é, sem se importar com ninguem alem de sua alma e seu coração, o filme e minha vida ali naquela sala de cinema virarão, pra me mostrar o que eu nunca entendi. Que sou feito de carne, sangue, coração e mente. E que minha vida inteira fui o filho que meu pai sempre quis. Que fui o bom moço que minha mãe sempre desejou. Fui a mão para aqueles que caiam e que queriam que eu fosse a mão. Sempre obedeci as regras apesar de não aceitalas, sempre fiz o "correto" apesar de não entende-los. Escolhi o caminho de ser para todos o melhor amigo, mesmo quando eu não queria de fato o ser. Sempre, sempre e sempre, as pessoas ao meu redor me diziam o que fazer e como fazer e mais que isso o quando fazer e eu sempre por mais que relutasse, cedia.
Quantas vezes não quis mandar todos pro inferno? Quantas vezes não quis fugir.. Dizer: Te amo porra, pro inferno o resto! Quantas vezes não quis mudar de direção, gritar, madar, castigar, bater, surrar, magoar, empurrar, fingir que não vi, mostrar que não me importo, ligar o foda-se eterno e mandar se danar todo o resto.
Sempre.
Mas nunca o fiz. Porque? Por estar presso e não ter coragem de me soltar.
Esse filme me fez reavaliar isso.
Quando a avó do protagonista ainda encanta em sua sabedoria ao dizer a realidade da vida: "Os amores impossiveis todo mundo tem. Apenas uma vez em toda a vida. E esses não somem, não passam e não podem ser esquecidos. Pois os amores impossiveis são eternos e jamis esquecidos. Não podem, pois são verdadeiros."
Em meio a lagrimas, vi a cena mais linda e marcante da minha vida ali na tela: O protagonista sentado sobre a areia, observando sua melhor amiga e seu namorado. As duas almas que faziam seu coração bater mesmo sem serem de sua familia de sangue.
Com o olhar triste perdido no mar a sua frente, ele comtempla a garota perfeita, que o entende que ele ama, mas que jamais podera ter, porque sabe que não pode, a regra da vida, uma vez que seu coração resolveu bater por outro genero (ali o que impede é a opção sexual dele).
Em seguida na mesma praia, ele esta com seu amor, seu namorado, rindo, feliz, e então ela, a amiga apaixonada, observa com tristeza no olhar e um sorriso (triste) mas ainda assim sorriso, seu amor impossivel. Triste por não te-lo e saber que jamais poderia ter, mas ainda assim tristemente feliz, por ve-lo tão feliz.
Amores impossiveis... Eternos...
Outra citação o protagonista que faz: não devemos ter medo da despedida, pois a perda não existe, aquilo que se ama e é importante nunca vai embora, porque tudo aquilo que nos marca e nos faz viver jamais morre, mesmo longe, não importa, uma vez dentro de si, nada nem ninguem pode retirar.
Simplesmente lindo.
Outra parte do filme me ensinou... Me mostrou que sou uma bala perdida. Que disparo sem alvo certo, que todos ao meu redor são miras indefinidas e que tudo que faço pode atingir alguem. Por isso tenho que tomar cuidado. Mas não esquecer que por ser uma bala perdida ninguem me comanda e que é um erro eu tentar deixar me comandarem ou alguem tentar me direcionar. Porque se tentar quem acabara ferido sou eu, e as pessoas ao meu redor - Os alvos.
Em suma vi que tenho muito que aprender, tenho tanto a descobrir, tanto a bater, construir, acariciar, me permitir. Venci um medo que precisa esperar um outro medo cair para se tornar algo. Sei que vou continuar errando, me arrependendo, sofrendo em silencio, calado...mas tambem sei que posso e devo gritar e agir bradando. Ja passou da hora de eu ser mundo e não apenas estar nele. Ja passou do tempo de eu ser carregado e deixar de ser a mão sempre. Com isso não digo que deixarei de ser quem sou. Isso porque esse sempre existiu aqui dentro de mim, so que ele esta adormecido a tempo demais.
O despertador toca...


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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.