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E comece pelas crianças... E não pare ate ela parar de chorar... Ate que ponto chegamos para denigrir nossa humanidade e capacidade de am...

O Homem é o Homem do Homem

E comece pelas crianças...
E não pare ate ela parar de chorar...

Ate que ponto chegamos para denigrir nossa humanidade e capacidade de amar?
E não digo amor, no sentido, sexo, paixão, relação a dois não. Nem mesmo o amor, pai, mãe, irmão e amigos.
Digo a capacidade de amar e respeitar outros seres vivos, outros humanos, aqueles que nem conhecemos, mas que deveriamos respeitar no minimo por estarem aqui caminhando como nós nessa vida sofrida e dificil de batalhas a cada dia.
Ela fugia e precisava de ajuda, precisava ser escondida.
A boa comunidade se prontifica a ajudar. Mas eles tem medo, pois vivem suas vidas cotidianas, da fofoca da vizinha que trai o marido com o coroinha da igreja. Do cego da cidade que só desdenha da falta de ajuda e de como a merda da vida o fez incapacitado. Do agricultor que odeia os corvos por estragarem sua colheita.
A ajuda vem, o esconderijo perfeito, mas tal qual a vida ali reinava a moeda da oferta e compra. Ela deveria pagar um preço pela sacrificio de estarem a mercê do perigo que a cidade estaria por esconde-la.
Ela oferece tudo que tem; sua mão de obra, seu tempo e seu esforço para ser tudo aquilo que eles precisem dela.
Os olhos para o cego. A jornalista fofoqueira para a vizinha xereta. A vitima do marido tarado. O espantalho, a empregada do sacerdote, a baba das crianças crueis.
Feito martir ela executa suas tarefas, mas a que preço tudo isso?
Todos somos humanos, todos somos passiveis de culpa e perdão. Mas ate que ponto nosso egoismo e capacidade de não amar ao proximo vai?
Todos dizem que os burgueses pisam nos seus inferiores pelo simples prazer de poder. Mas e o que esses mesmos inferiores supostas vitimas de uma sociedade que os discrimina por terem nascido sob tais condições, fazem com seus proprios inferiores?
Somos assim, status ambulantes em ascensão.
Pisamos dia a dia mesmo sem perceber. Esmagamos baratas humanas como se não fossem nada. Passamos nas ruas, olhamos aquele que pede pão ou uma moeda como se ele fosse apenas um mosquito que passa e tudo que temos que fazer é irritantemente abanar a mão para afasta-lo. Julgamos sem saber de sua historia. Julgamos sem saber o que ele sera daqui um tempo e se não sera ele a nos afastar com um simples abano de mãos.
Nos chocamos com a crueldade da sociedade e da civilização nos jornais e novelas, onde ninguem se importa com a coitada gravida e drogada no farol,. Saimos, vamos a escola e trabalhar, nos divertir, nas baladas dançar e a mulher real, gravida de seu terceiro filho sem pai, viciada e fedendo a cachaça vencida nem passa pelos nossos olhos, é só mais uma mendiga, uma vagabunda que deveria estar morta a tempos(só emporcalhando a cidade e tomando meu tempo e paciência).
Porque as coisas na tela, no vizinho são sempre mais passiveis de compreensão que nossa realidade? Porque nossas dores são justificaveis de reclamação e nunca a dos outros?
Essa é a cidade do cão. Onde o homem é o lobo do homem. Onde o Homem é o Homem do Homem.
E onde tudo um dia vai queimar pela vingança de Grace. Ate que cada mãe pare de chorar por seus filhos mortos diante de seus olhos...
 
*Texto baseado em passagens e referências do filme de Lars Von Trier - DogVille: >> Trailer/cenas sem legenda..


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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.