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Ele estava ali parado em frente a uma arvore enorme. Os galhos poderiam se assemelhar a pernas de elefante. O tronco era absurdamente grand...

Sonho Real Em Pesadelo Irreal

Ele estava ali parado em frente a uma arvore enorme. Os galhos poderiam se assemelhar a pernas de elefante. O tronco era absurdamente grande. Nem mesmo 10 homens com braços erguidos na vertical conseguiriam abraça-la por completo.
Sua face era serena, mas algo nos olhos não estava certo.
Me aproximei cauteloso, estava com medo. Daqueles que paralisam e não sabia o porque. Nunca tive medo dele. Jamais tive. Medo não. Alias, numa vida em que nunca briguei com ninguem, fisicamente; ele era o unico com quem conseguiria ter coragem e força suficiente para esse fim. Por que não havia o receio. Mas ali ao me aproximar eu estava com medo.
Por algum motivo eu tinha que me aproximar dele, mesmo ele aparentando estar esperando outra pessoa.
Cheguei a poucos palmos na frente dele e pude ver seu rosto.
Ou melhor, não pude ver seu rosto. Ele estava oculto de repente por uma sombra muito negra, densa, quase como aquele fundo preto luminoso que fica na tela quando desligamos o computador ou a televisão.
Eram visiveis apenas os olhos, estranhos olhos que ja não reconhecia mais.
Eles estavam cheios de lagrimas. retalhados, como se ele houvesse chorado a vida inteira sem cessar e sem ninguem perceber.
Ele só me olhou. So me olhou e eu chorei em sonho.
Pois sabia que era um sonho. Um pesadelo talvez.
Não conseguia fazer nada alem de chorar.
E então compreendi.
E olhei pra arvore atras dele. Não era uma arvore, era uma especie de predio antigo. daqueles que parecem hoteis burgueses do seculo 17, feito de pedra.
olhei para ele novamente e ele não tinha mais rosto, o que estava ali era um espelho e no espelho vi eu mesmo refletido, em cima de uma cova, com o seu nome escrito nele e uma descrição, que só eu conheci, uma frase que ninguem mais tinha conhecimento porque eu a criei e guardei no fundo de mim. Porque a carta em questão fora queimada a muito tempo, mas a frase permaneceu na memoria, assim como o dia que desencadeou ela, e as palavras que a causaram.
Ele estava morto.
E o espelho refletia isso. A morte, que era pra minha tambem. Ele havia morrido, e eu tambem pela morte dele, e ele voltara justamente;chorando; pela minha morte na morte dele.
Ele sempre tentou me avisar, me fazer escapar, me fazer não ser mais. Mas eu nunca ouvi, nunca escutei; simplesmente por que não podia, um erro que cometi e que eu deveria lidar, uma escolha que não escolhi mas que deveria lidar tambem.
E nesse mar de constatações me afastei, sabendo que ele continuava ali, agora já com seu rosto normal, esperando seja lá quem for. Me afastei sabendo que havia acabado. A eternidade e o pra sempre sempre acaba. Me afastei sem rumo, sei eixo, sem coração, sem voz e ja sem lagrimas... Morte em vida era o que eu sempre mais temi, e estava morto mesmo que ainda respirando, ainda que sem saber como, ou por quanto tempo....me afastei...
Acordei chorando as 2:32hrs da manhã deseperado e correndo para ligar o computador e olhar uma foto e um email "hahaha agora o pessoal ja voltou :( " do dia anterior; para me lembrar que fora apenas um sonho, só um sonho ruim...
Ou não...?


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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.