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Papel e caneta na mão...mais uma vez... Noite... Durante toda a semana, um caos interno e reviravoltas , anseios e oscilações que  de dent...

Uma Hora Transborda

Papel e caneta na mão...mais uma vez...
Noite...
Durante toda a semana, um caos interno e reviravoltas , anseios e oscilações que  de dentro pra fora conseguiam ser mais violentos que os de fora pra dentro reinaram por ali.
Chega final de semana e a compreensão de que a vida é feita para ser vivida. É feita para ser aproveitada. Parte dos problemas amenizavam-se, uma expectativa de algo que podera vir a ser bom e o aprender a domar os seus eu's internos, entre eles o orgulho- irmão da teimosia- preparam-no para uma nova fase; dentre as muitas outras que ali chegavam.
É show, é multidão; entre amigos, esperas, andanças e risos sem fim; é virada, suores, agitação onde cada um dos 21 anos de idade acabaram fazendo sentido. Ele respirava, ele estava vivo.
E então tudo desmoronou.... Da mesma maneira que construiu os planos, traçou os passos; de repente tudo isso caiu por terra e o fez se ver sem sua armadura, dura e resistente ao qual escolheu se vestir.
Disfarçado e seguindo em frente, chega a hora onde "os fracos sobrevivem e os fortes vão dormir"...
Feito os fracos ele sobrevivia, mas feito os fortes ele queria ir dormir. Sonhar..não; sonhar não. Dormir sem sonhar. Embarcar num mundo sem sonhos ou pensamentos e deixar que o comandassem ate a viagem seguinte.
Se viu cansado, exausto e sem vontade de ser e de estar.
Conversas, vozes, sons, luzes viam até ele, mas não faziam sentido nenhum. Ele falava também, se movia, mas sem saber realmente dos como e dos porque's.
Tentou correr, ao perceber que queria sua mãe, sua casa, seu lar; feito um prodigo filho dos desenhos animados da Disney crer e aceitar: "Não existe lugar como nosso lar".
Ele precisa de colo, precisava da mãe.... O engraçado era que naquela noite, tudo que ele mais evitou, foi olhar um rosto, um par de olhos; tudo que ele mais evitou foi o contato com uma só pessoa, evitou ouvir e responder aa voz de uma só pessoa; e isso estranhemente o fez querer e precisar justamente da voz, do abraço, do rosto e do calor, daquela que ele mal pensava havia um certo tempo. Dona Roseli - sua mãe.
Alguma coisa despertou nele, e o fez retrair-se, entrar em seu mundo, e se voltar unica e xclusivamente pra dentro de si. E o que ele viu o que ele sentiu, trouxe uma vontade louca de chorar; de derramar lagrimas, gritar e de deixar transbordar tudo o que esteve e estava contido a tanto tempo dentro de si...ele resistiu.
Volta pra casa..horários e vontades se desentendem e sem perceber ele ruma novamente confuso justamente para o unico lugar que não queria estar. Dentre todos os lugares o mundo....Mas teve que ir. Não tinha opção.
A dor física veio. A cabeça começou a rodar, a falta de ar o comprimiu e uma vontade intensa de vomitar o assaltou...Estava doendo; estava queimando, estava....
Esperou, contando cada segundo e cada gota quente que escorria silenciosa por sua face; esperou contido... Uma chance aparece e ele escapa...
Mas ele queria escapar de fato. Precisava ir pra rua, se embrenhar em qualquer canto escuro, frio e isolado. Precisava...Ele precisava...


Um copo d'agua e uma almofada. E ali no silêncio escuro, ele transbordou, cada dor, cada fisgada, cada certeza, cada tristeza e cada magoa, cada um dos demônios transbordaram, agarrando com força a almofada e suas próprias pernas até as machucarem, sim, ele chorou, deixou rolar cada lágrima, cada sentimento, cada beco sem saida...
E com os olhos fechados se lembrou de cada discussão, cada briga, de cada problema, cada confusão na vida em tão pouco tempo. Cada inferno e cada purgatório dentro dele; à espera de novos outros que estariam para chegar, quando voltasse para casa e ao saber que teria que mais uma vez, vestir sua armadura e resistir quieto, calado; exorcisar cada um daqueles demônios novos em quelaquer pedaço de papel....
Sem poder chorar, sem poder contar, sem poder demonstrar e explicar ou pedir ajuda a quem mais ama e que mais o amava.
Alguem aparece e ele descobre-se tremendo de frio(?). tenta se recompor e voltar sem ser visto. uma pergunta vem e ele demora a perceber de "quem" veio a tal pergunta.A voz dele some e embarga, os olhos retalhados vazam mais que nunca, sem querer, sem conseguir controlar; e após alguma resposta que nem mesmo ele sabe qual foi, ele volta a ficar só e dessa vez pára.
Tudo cai. E ele sente o peso do mundo o derrubando e o fazendo sangrar.(literalmente no caso da perna).
Apaixonado e amando sem amparo. implorando que tudo cesse. Que tirassem aquilo dele. sensaçõa de humilhação combatendo o orgulho. Só pedindo redenção, esquecimento e que tudo passa-se, que tudo se cura-se logo.
Que parasse de sufocar, que deixasse de doer, que deixasse de amar, que deixasse de querer, que deixasse de sonhar e mais que tudo que deixasse de sentir....
E pela primeira vez em anos ele se percebeu rezando. No escuro pedindo a um Deus que mal sabia se existia; a uma força que tem duvidas e receios em se entregar e se deixar dominar. Mas mesmo assim, sem saber qual a forma correta de se fazer o sinal e sem lembrar com exatidão das palavras, ele se pos a rezar, a pedir...O que? Ah isso nem ele mesmo sabia...Ele só sabia que precisava rezar....Ele rezou...
O relógio marcou 4:02hrs em neom azul e ele procurou um pedaço de papel e uma caneta.
Precisando começar o exorcismo, risca a folha atras de folha a esmo do jeito que cada demônio se manifestava e resistia.
E mesmo assim, sabendo que os primeiros palavras em que pensou, eram as únicas que mais lhe faziam sentido ele escreveu..:

Só quero encontrar o meu caminho....
Só quero encontrar o meu caminho...
Só quero saber o que fazer....
Só quero encontrar o meu caminho...

...(...) e uma hora...Transborda.



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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.