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“Eu fui matando os meus heróis aos poucos Como se já não tivesse Nenhuma lição pra aprender” ♫ Nunca parei realmente para prestar a dev...

Memórias



“Eu fui matando os meus heróis aos poucos
Como se já não tivesse
Nenhuma lição pra aprender”

Nunca parei realmente para prestar a devida atenção a essa letra. Uma das musicas mais marcantes dessa banda que amo, mas que nunca me disse nada além de mostrar que era o que o rock deveria ser. Ou melhor, o que o rock era e é.
Nunca escondi de ninguém que as letras de Pitty versavam entre o que eu queria e precisava falar sem conseguir e o que eu já dizia, mas que não fazia sentido ate ela colocar em melodias e versos viscerais.
O álbum Anacrônico trouxe algo que nunca imaginei ser possível.
Trouxe meus demônios juntos em harmonia cantando e ‘roqueirizando’ aos meus ouvidos de maneira impar. Cada faixa.
Porem Memórias não conseguia ultrapassar uma barreira que nunca de fato aceitei enxergar e por isso jamais permiti que transpassassem nem mesmo Pitty.
 Memórias fala de alguém que se sente deslocado, num ambiente fora dos padrões.

“Eu sou uma contradição e foge da minha mão
Fazer com que tudo que eu digo faça algum sentido”

Seu refrão grita isso, quando diz que suas memórias, suas lembranças sua visão são como fantasmas soprando em seus ouvidos coisas que ela não quer ou não gostaria de saber: que ela é diferente é um ser puramente anacrônico num mundo comum.

“Memórias, não são só memórias
São fantasmas que me sopram aos ouvidos
Coisas que eu nem quero saber”

Fala também de alguém descrente com a vida, revoltado, que sabe que só quando consegue dar o melhor de si é que tem alguma chance mínima de que alguém escute ou entenda. Mesmo que por um segundo o que se tem a dizer.


“Eu dou sempre o melhor de mim
E sei que só assim é que talvez
Se mova alguma coisa ao meu redor”



Pois bem sou eu em cada frase cantada, gritada.
Mas Hoje ela tem um novo significado. Hoje ela versa em mim de maneira exemplar.


“Eu quis me perder por aí fingindo muito bem
Que eu nunca precisei de um lugar só meu”


Sim às vezes é preciso se perder por ai, pela vida para conseguir se encontrar.
Poder gritar e acordar, chorar, rir, dormir, sonhar, se assustar, sem ninguém por perto. Como numa busca sem ninguém a apontar, questionar, perguntar. Àquela hora em que o abraço não ampara e que é justamente o silencio e a solidão que fazem o porto seguro para por um momento ancorar, reabastecer-se e seguir com essa viagem louca.
Pois é isso... Minhas memórias gritaram, sopraram em mim e eu as respondo:

“Eu vou me perder por ai fingindo muito bem que eu nunca precisei de um lugar só meu”

Vou me perder e me encontrar ou pela primeira vez me conhecer quem sabe ou simplesmente me encurralar em definitivo nesse labirinto que leva meu nome e meu RG. Mas seja o que forem esses fantasmas, já passou da hora deles voltarem para suas tumbas e enfim descansarem em paz.

E a lua ta linda, meu regente, deusa mãe que me ilumina na escuridão da noite.

“... não são...”





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Um comentário:

  1. Muito foda! Gostei muito do post e das coisas que vc disse, de verdade! Parabéns e nos presenteie com mais post assim, por favor!!! =)

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.