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É um tanto desesperador às vezes sabe. Você sabe que esta apto a seguir em frente, ou para os lados, sem se importar com nada nem ninguém. S...

Ode a despedida

É um tanto desesperador às vezes sabe.
Você sabe que esta apto a seguir em frente, ou para os lados, sem se importar com nada nem ninguém. Sabe que tem a capacidade única talvez de se embrenhar em qualquer grupo e sociedade que queira. Não há limites nesse sentido. Sabe que tem a capacidade de se mascarar pro resto da vida, revelando-se somente quando estiver sozinho (ou não), a ponto de esquecer quem você mesmo é.
Saber também que como poucos, sabe filosofar, falar e ouvir diferentes assuntos desde biologia e medicina, a musica, engenharia, astronomia, espiritismo, ocultismo, mecânica e mídias sócias.
Entender que pode ser o que quiser se realmente quiser e mesmo assim se permitir ser nada se assim bem entender.
Mesmo assim, a um ano só quer ser Um, ser você mesmo, sem mascaras, sem ressalvas mas..sempre o mas, só conseguir de verdade ser assim com uma pessoa só.
Ok, nada de drama, nada demais, afinal nunca foi DEMAIS no sentido amplo da palavra. Mas é complicado, isso ninguém nunca poderá negar que eu seja fraco ou tolo, ninguém no meu lugar teria agüentado muito tempo (uns ate já me chamaram de masoquista, aquele que curte a dor, que sente prazer em ser o Jesus da cruz e assumir o papel de Judas em ser culpado de algo inexistente.)
Seja como for às horas tem passado os dias tem passado e só vejo uma coisa: nada.
Há um ano espero crescimento. E obtive, da piro maneira possível, mas obtive.
Mas não ao meu redor. Precisei buscar em outros, o crescimento que necessitava. Porque onde estava não havia. Só havia o mudar por mudar, sem nada a mais, só estagnação velada muitas vezes aos olhos de fora, mas não com os olhos de dentro.
Fala-se a boca pequena tanto de que tem que se crescer, mas ninguém cresce. Idade, altura, vivencia não faz de ninguém alguém crescido ou maduro. É ilusão. Crescimento não são contas a pagar, não é poder sair e voltar a hora que quer, não é enfrentar de peito e queixo erguido superiores ou fazer valer o pau que tem ou a capacidade feminina de dar e receber prazer.
Não. Crescer vai além. Uma criança de 5 anos de idade pode ser mais crescida que um homem de 70 anos, mesmo de chupeta na boca e se escondendo do trovão na tempestade.
Crescer é entender do que se é feito. É sentir que finalmente faz parte do meio. É entender que cada ato gera uma reação, é reconhecer e enfrentar a si mesmo e reconhecer quando esta sendo idiota, inteligente, sábio ou errante.
Cresci? Sim, não por completo. Ninguém é completo. Ninguém. Me tornar adulto me faz entender certas coisas que antes não via, ou na real sempre vi, só que a fase adolescente não deixava. Acabar-se por acabar-se, beber por beber, cheirar por cheirar, sair por sair, afrontar por afrontar, me mostrar por me mostrar, ou fugir por fugir não me serve mais.
Não julgo que ainda é assim, mas também não me permito mais acompanhar por acompanhar. Tenho identidade. Não é porque estou num grupo de ateus que devo agir como tal. Sim pegarei alguns trejeitos, mas não deixarei de ser e de andar com cristãos se for essa minha verdade. (um exemplo tolo somente)
Fato é que de uns dias pra Ca, as cores não tem mais a mesma intensidade. Me vejo num ângulo, numa posição assustadora. Novos rumos e possibilidades. Novas pessoas e a triste constatação de ver alguém cair a cada dia por não aceitar o que sabe que é, o que sabe que sente e o que sabe que tem que fazer.
Já escrevi aqui sobre sonhos e pesadelos e nunca, NUNCA, eles foram tão reais e tão intensos. Tem gente que acredita que somos unidos a alguém ou alguma coisa, por cordãos inexplicáveis. Não sei se é o caso. Mas sinto a morte e a perda de uma maneira tão próxima que tenho medo. Medo de dormir, medo de sonhar, medo de ligar o computador e me deparar com a ausência de algo ou alguém, ou de atender ao telefone ou receber um sms me informando algo do qual não vou querer saber, aceitar ou permitir.
Tem pessoas que me conhecem e acham que eu sou extraordinário, que não existo que meu futuro será promissor. Duvido.
Eu mesmo não acredito em mim.
Tem pessoas que conseguem se enxergar velhinhos, com família, produzindo e aproveitando grandes feitos. Eu não.
Uma vez sonhei que era casado, com uma linda mulher, numa bela casa muito clara, e com uma filha linda, com os olhos da mãe, mas a mesma intensidade dos meus. Uma criança pequena ainda para falar, mas que segura meus dedos com as mãozinhas pequenas e macias de uma maneira que nem mesmo os maiores textos (como este) poderiam significar mais.
Acordei. E um vazio horrível e devastador se instalaram, por ser um sonho e por eu ter consciência que jamais teria aquilo, não era um sonho do futuro, era apenas uma projeção de algo alem da minha capacidade de ser e ter. E isso doeu.
E hoje, não vejo meu futuro em nenhum lugar... Não me vejo com 30 nem 50 anos. Não me vejo no próximo mês. A cada dia vejo-me mais distante da família que se encontra. Não faço parte dela. Escuto Epílogos e Finais de uma maneira épica às vezes de modo que eu mesmo canto baixo o refrão sabendo que é um pedido vão se o caso for o epilogo de fato.
Não sei se estou sentindo meu final ou o de outro. O caso que seja o de outro ou o meu, Dara o mesmo... A ida de um é a ida de outro. Já aceitei...
Mas o que me incomoda, a sedução das facas, o pensamento latente e obsessivo pelos remédios, a impaciência pelo canivete do pai em caixinha de couro enferrujado e que não quer abrir, a altura dos prédios e as bebedeiras de dia de semana sozinho na Augusta, interagindo com pessoas que nunca vi a permissão de ir a lugares que jamais sonhei com exceção de filmes B’s... A sedução da saída de emergência e da dor física para amenizar a dor interna...
Isso ta me assustando não a ponto de eu pedir socorro de fato (não que tal texto não aparente), mas uma coisa dentre tudo isso de incertezas acima é certa: estou com medo e não tenho nem idéia de onde fica a mesa para eu me esconder embaixo dela...


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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.