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Me calo. Me reviro. Me enxergo. Me atiço. Como duas estradas paralelas e dispostas, cada uma em um eixo desigual, os caminhos se cruzam e se...

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Me calo. Me reviro. Me enxergo. Me atiço.
Como duas estradas paralelas e dispostas, cada uma em um eixo desigual, os caminhos se cruzam e se fragmentam em espaços de tempos diferentes.
Confuso? Muito psicanalítico? Essa é a intenção.
No alto dos meus 22 anos, já me vi começando e criando facetas de diferentes formas, jeitos, cores e maneiras com “N’s” motivos e resoluções.
Já me vi exalando vontades e disparidades, futilidades politicamente incorretas e ate mesmo mesquinhas ou tão nobres quanto um dourado papal.
E já terminei também, já me vi encerrando fases, faces, muros, historias e romances, amizades e profissões, certezas e estradas sem conta e sem fio, sem asfalto, sem rimas, sem fim.
E tudo isso é normal. Não importa a idade, ou mesmo o “pessoal” individual de cada pessoa. Somos volúveis por natureza bruta, o que significa que vivemos de ciclos. É o não parar nunca que nos faz ser vivo.
Então é natural eu ter sido tantos, ter feito tanto em tão pouco tempo. Porem a questão aqui não são os fins e os finais e sim os meios, os ditos diariamente recomeços.
Sabe quando você sente que esta na hora de recomeçar? Mas por quê? Pra que? Por quê?
Não sei...
Mas não encontro a razão/solução para conseguir entender o porque devo recomeçar sempre. Sem formulas, sem mapas.
O quão difícil e complicado é recomeçar?
Parece simples errar um post, apagá-lo, consertá-lo e recomeçar da onde parou para uma nova via. Parece natural errar o caminho do GPS, e fazer o retorno. Parece banal, discutir, impelir e bater e depois pedir desculpas, rezar e reviver.
Mas não é simples assim.
Recomeçar seja em que conceito for, denota uma força, uma disposição aquém de muitos. Onde muitas vezes ninguém ou quase ninguém consegue fazê-lo, ou entendê-lo a tempo.
Como recomeçar depois de um barco afundar? Como recomeçar depois de uma separação? Como recomeçar do zero sem nem mesmo ter visto e enxergado o um, o dois ou o como chegou ate ali?
Não é fácil... Não é... É...
Principalmente quando o recomeçar vem pelos olhos de outros, ou pior, pelos martelos de dentro.
Aquele que lhe diz que já esta na hora de mudar, de recomeçar, encerrar algo e iniciar um novo começo, como o ano que se inicia como a meia noite dando lugar a um novo dia.
Quando esse recomeçar denota algo que você não tem idéia do que é. Quando ele significa você deixar morrer parte do que lhe faz viver, quando ele denota você morrer dentro de você.
Quando esse recomeçar nada mais é do que seu sinônimo de se perder.
É; falar sobre recomeços, retornos, sobre “res” é quase impossível. Tal qual fazê-lo.
Mas as vezes dá certo mesmo sem percebermos tal qual agora.
Me reviro, me calo, me atiço, me reconheço...
Escrevendo apenas para tentar encontrar um novo desejo... O meu próprio...
Redundante? Talvez... Que seja...
Mas eu agora só queria uma bussola para me apontar a direção ao cimento e ao empreiteiro que pudesse me indicar como mapear meus próprios pensamentos, minhas estradas de fora e de dentro...
Algum empreiteiro por ai?


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Um comentário:

  1. Deve ser algum mal de canceriano, vivo sentindo que preciso de um recomeço. Aquela velha história da rotina, de nenhum porto ser sedutor o bastante a ponto de nos fazer ancorar e que é isso que nos mantém menos sãos, mas vivos no final...

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Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.