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"Venha de tarde, pelas manhãs lhe preparo, nela lhe sirvo e de noite lhe acompanho para a eternidade já pronto. (...)"  (Pode...

Meio, fim, começo e recomeço.

"Venha de tarde, pelas manhãs lhe preparo, nela lhe sirvo e de noite lhe acompanho para a eternidade já pronto. (...)" 

(Pode parecer confuso, mas qual coração, mente, corpo e razão não o são? Minhas palavras traduzem desejos, que as sensações, e só elas fazem confundir)

Uma mesa de computador, de madeira. Fones de ouvido e caixas de som quebradas, um CD virado, refletindo a tela do computador no editor de imagens, estagnado na mesma foto.

As horas do relógio parecem soar como sinfonias sem compassos pela madrugada adentro. Faz frio no outono lá de fora. Pela janela uma brisa gelada invade a minha pele negra, enrijecendo os pelos do braço e levemente os da barba por fazer.

Eu sei que estava errado. 
Quando penso em todas as palavras que engoli, em todas as pausas que silenciei. Em todos os ‘deixa para lá’ e os ‘esquece’. Fui estúpido. Burro!

Mas era isso ou me tornar um homem que não queria ser.
Esperei todas as manhas e todas as noites o frio na barriga desaparecer para constatar que ele só aumentava em enjoo e falta de fome na tarde seguinte.

Às vezes em meus sonhos vejo uma pequena fresta na porta daquele quarto, que eu ajudei a fechar. Cabelos pretos, olhos claros, um nariz um pouco torto e inchado. Uma pinta em formato de feijão acima do lábio, do lado direito do rosto com barba e bigode. E La esta você, ou ele, sentado na cama onde pensei por dias talvez ter encontrado o porto seguro na viagem mais louca que ninguém jamais planejou. Besteira!

Foram CDs gravados, musicas baixadas, letras lidas e relidas... Foram filmes citados, personagens identificados e ate mesmo bombons comprados. Foram Pôsteres, ovos de páscoa, almofadas com braços, refrigerantes pagos... Textos dedicados, olho no olho chegados, e ombros com um ultimo olhar às costas idos.

Bocejo e minhas mãos vão ao rosto e suspiro. “A falta que a falta faz”. Disse certa vez um cantor. Bobagem!

Vinte e quatro anos ou vinte e cinco – vinte e três se crer em Rg’s e certidões de nascimento – e uma vida e meia de convivência com batidas, feridas e cócegas. E lá estão as respostas para mais perguntas, e inclusive o conforto de que data alguma importa.

A medida que passam os números no calendário, vem o medo e a vontade de se reencontrar no calor de um outro alguém.
Mas já não mais de formas de coração em maça invertida ou declarações de faixas e cartões musicais. Não mais de saia e calça jeans, de relógio, cesta de café da manhã e perfumes com nome de querubins.
Vem de maneira rasteira, de visão no metrô, entre um rebolar e outro, entre um aperto de mão e uma pausa dramática com olhar de canto de olho. Vem do evitar e repetir a mesma frase três vezes. Vem do evitar e repetir a mesma frase três vezes. Vem do evitar e repetir a mesma frase três vezes.

Vem do poder falar do passado e querer reinventar um presente sem se preocupar ou planejar futuros. Deixar acontecer. Vem do não querer e virar necessidade. Em resumo, vem do estar, esta e estou bem.
Sei que errei e deixei errar. ‘nos braços de um outro alguém, nos seios de uma mulher qualquer, no consolo de um outro amigo quem sabe quem.'

Eu sei. 
Mas o vento na janela deixa claro que ainda há calor rente a minha pele para se fazer arrepiar. E quem sabe quantos erros e acertos as estações La fora podem reservar.

Não sei se você já nasceu. 
Não sei se lhe deixei sentado esperando ou se lhe fiz correr para bem longe. 
Mas seja onde for, esteja onde estiver, vindo e indo aonde vier: 
Na madrugada de tempo, sono, musica e aconchego em seu peito: Feliz dia dos namorados!


 "..(...)Meu tempo é você."


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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.