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A crise dos quarenta para os homens e a dos trinta para as mulheres. Na minha visão de mundo isso nunca existiu. Ledo engano. Mas creio hoj...

"Aprender ou Esperar? Eis a questão..."

A crise dos quarenta para os homens e a dos trinta para as mulheres. Na minha visão de mundo isso nunca existiu. Ledo engano.
Mas creio hoje, que a real crise existe aos vinte e não mais na terceira década em diante.
Isso porque talvez seja minha faixa de idade registrada.

Aos vinte, jovens homens e jovens mulheres se veem face a face com a vida adulta imposta versus a perda confusa do que mal conseguiu compreender que foi a vida adolescente. Não há mais tempo para passarmos pela transição. pulamos da infância direto para o caos e deste direto para a nostalgia desenfreada cruel e de escape.

Meninos de dez sentem saudades dos cinco anos de idade, meninas de dezesseis sentem saudades dos sete anos. Jovens de vinte sentem saudades do útero... O mundo anacrônico - sempre ele- de midiatização e idiocrasias, nos fazem reviver tempos passados antes mesmo do nascimentos de nossos avôs e avós. A um seculo, dois e mais, mulheres casavam-se assim que o 'sangue lhes chegavam' - era assim que diziam... Os meninos, eram homens assim que os primeiros pêlos e a protuberância no pescoço cresciam. Catorze ou quinze anos de idade, e já formavam família e obtinham responsabilidades na sociedade.

Hoje, a liberdade da 'espera', da escolha de 'ser' e 'querer' independente do tempo; se perdeu novamente.
Hoje cobram dos vinte responsabilidades dos trinta, mas ao mesmo tempo, esses vinte mal conseguem se sentir diferentes dos de dez, quinze....

O tempo sempre foi relativo, mas hoje ele se tornou ativo. Numa passividade irrefreável a que nós nos entregamos sem saber ou poder impedir.

Faço essa reflexão, pois o tempo me esgota. sempre me esgotou, e hoje em comunhão com ele, me sinto numa corda bamba, onde ele me balança, ou eu balanço ele. nunca sei quem segura as duas pontas.
É a escolha versus o destino que sempre pontuam diante da vida. Sou eu que a domino ou ela que me domina?

A vida dita caminhos, impõe caminhos que tenho que seguir e eu como bom revoltado inconstante e doente da insatisfação crônica que sou, não me deixo levar ou não me permito. Teimosia uns dizem. É também. Medo outros gritam. É também. Determinação. É também.

É perda de alicerce e cada vez mais sinais, da lua ao chão, para eu finalmente me mostrar ao mundo, me fazer ouvir - por que nele eu já me lancei faz tempo. A vida parece me cobrar iniciativas e decisões. Parece querer que eu deixe - de uma vez por todas - de seguir e começar a ser o que os outros seguem. Deixar de me apoiar e apoiar, para começar a subir ou descer, seja lá para que direção minhas escolhas multilaterais e multidimensionais me levem.

Mas o tempo, sempre o tempo, nunca me diz qual a hora certa disso. Se agora ou daqui a duas horas. Se amanhã ou apos o café da tarde.
E isso me mata aos poucos, me enche da insegurança do menino embaixo da cama a espera de alguém para poder sair sem medo do bicho papão no armário lhe pegar.
Eu cresço tal qual o numero do meu sapato - de 39 para 40 e aumentando em menos de 2 anos e sim tenho 24 anos...- mas a cautela também. O desespero.

Ate sei que seja lá onde for, aos 25, aos 35 ou aos 50, as crises sempre me acompanharão. Mas o problema é que não sei se quero adicionar uma a mais agora aos 24, para se repetir a cada dez anos.

Quando nos acostumamos com o caos, é difícil aceitar a paz, ainda que ela seja apenas uma possibilidade...

"Aprender ou Esperar? Eis a questão..." - Willian Augusto;

E meu xará que vá segurar seu crânio em outro lugar...


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