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"Sou semente que cai na terra, Brota, Floresce, E vai embora" -     Heloisa Vazquez Parte desse escrito aci...

Da Maneira Que For


"Sou semente que cai na terra,
Brota,
Floresce,
E vai embora" -  





Parte desse escrito acima, de uma querida amiga, me fez refletir sobre ser e permanecer.
Porque cheguei a conclusão, que sou uma série de mudanças.
Algumas pessoas quando enfrentam dificuldades, fazem escolhas. 
Umas preferem continuar a enfrentar - cair ou vencer - mas, permanecendo ali, lutando. Defendo-se de sí mesmo para continuar a ser quem se é. 
Isso é casar com a Coragem.
Outras, escolhem fugir. Esquecer ou desistir. Também não é uma escolha fácil. 
Mas, o peso da cruz sempre é particular para cada um que a carrega.
Isso é Aceitação.
Já eu, quando frustro, fujo de mim. E nem é só no sentido de entorpecer-me não. 
É no sentido literal de deixar de ser. Nunca é sem intensidade e nunca é a escolha fácil.
Sinto tudo. De mim e dos Outros. Mas, quando frustro por algum motivo não consigo casar com a coragem. Pelo contrário. Quando frustro, amedronto, caio, deixo e fujo. 
Nessa fuga, muto. 
Mutação.
Pois tampouco Aceito.
Mudo. 

A essência permanece aqui. A estranheza. Porém, muto totalmente. 
Como se mudando externamente pro Outro, isso me fizesse mudar por dentro. 
As vezes, nem sempre.
Só que depois, preciso voltar. Por que não consigo deixar nada totalmente. 
Sou uma mutação acumuladora.
Por sentir tudo, guardo tudo.
Depois volto àquilo que fugi. só pra observar o que passou. Que seja lá o que foi, foi.
Daí posso relembrar aquilo que fui, resgatar o que deixei ao fugir e somar com o que me tornei. Isso é Resiliência pra mim.
É como se eu transformasse minhas dores em panoramas. 
Preciso me afastar para enxergar e compreender o que está acontecendo. 
Não me cabem planos fechados ou grandes angulações. 
Nem tampouco planos abertos. Preciso da panorâmica. 
E nem sempre ela está pronta para ocorrer em todos os graus necessários para cobrir a extensão de cada cicatriz.
É estranho. 
Mas coragem não acho que eu tenha. Acho que tenho força. No sentido de aguentar e tentar de novo e seguir.
Umas pessoas ao se machucarem preferem limpar a ferida imediatamente para não infeccionar. Outras, preferem se anestesiar, para não sentir. 
Outras tantas, preferem amputar a ferida para não lidar com mais nada.
Eu prefiro deixar ela doer. Sangrar e escorrer, mas não encara-la. Deixa-la ser sem observar. 
Me afastar dela e deixar ela cicatrizar como deve ser. E só depois que o formigamento chegar, olha-la. Observa-la e em alguns casos, reabri-la. Só para conseguir costura-la por mim mesmo depois ao fecha-la novamente.
Mas isso tem muito haver com a depressão, desistências e pesos. Acho. 
Há fases que quero deixar de ser o que sou. E fases que não. 
Depende de quem sou naquele momento.
O problema ocorre quando não sei quem sou em cada fase.

No entanto, seja o que for, sei que brotei.
E da maneira que seja o florescer ou o desfolhamento, sei que a certeza de ir embora me dá a bússola necessária para saber, que sim, sempre vou, mas um dia volto. 
Seja da maneira que for...


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