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"Penso que a depressão é aquele mergulho acidental dentro de si. Dentro de seu próprio ser. Penso não. Sinto. O problema, é que nem...

"Penso que a depressão é aquele mergulho acidental dentro de si. Dentro de seu próprio ser.
Penso não. Sinto.
O problema, é que nem sempre sabemos nadar, nem sempre há superfície clara para boiar. Nem sempre sabemos minimamente de que líquidos são feitos nossos nós. Nosso ser. E é ai que nos afogamos. O mergulho vira queda. Vira sufoco. Vira perdição. Sem saída, sem som, sem luz.
Como um ser terrestre preso no fundo mais profundo de um oceano sem começo ou fim aparente. Tão profundo onde a luz, as cores, o próprio solo não chega.
E ai falta ar.
Falta tempo.
As horas se perdem, perdem sentido. O tato se esvai, pois os dedos vão murchando. A sensibilidade da pele encharca. Não ha fome. Não há razão. Só o ali.
O ali escuro, o ali profundo. O ali 'devastidão'. O ali tão só, tão ser. Tão si.
E então, de repente, quando de repente, o liquido se torna viscoso, ou árido, quente, pulsante, febril, gélido, áspero.
E aquele silencio se torna ensurdecedor. Faz-se gritaria no emudecimento.
De vez enquanto há pessoas, ha coisas, ha sentimentos ganchos, pessoas anzóis, que pescam a gente desse profundo. As vezes tantos, a pele, os ouvidos, a visão, já não sabem mais se adaptar à outrora antes do mergulho. Acostumou-se o físico à depressão do nunca ali, mesmo que a razão volte ao tudo aqui.
Uns se levam. Pé ante pé, roda ante roda, dia anti dia. Suportam e ate readaptam-se. Não voltam ao antes do mergulho, mas seguem.
Outros... Bem, outros vão. Se vão alem do que sei lá.
E no meio termo dos 'Uns' e dos 'Outros' sempre se encontram 'Alguns'. Alguns-eu. Entre o profundo e a superfície, o seguir e o ir.
Escrevo. Derrapo. Na beira, na orla. Sempre na orla...''


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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.