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Dedilhava... E vomitava aquilo que me nauseava. As paredes brancas do quarto exalavam perfumes de gardênias negras, suor e vinho barato... E...

"Tem uma pedra...tem uma pedra dentro de mim... eu engoli uma pedra... há uma pedra dentro de mim..."

Dedilhava...
E vomitava aquilo que me nauseava.
As paredes brancas do quarto exalavam perfumes de gardênias negras, suor e vinho barato...
E eu vomitava...
o cheiro inundava não só as narinas mas também o corpo..ele tremia...eram ecos que vinham das quinas e do soalho recém adquirido em liquidação
Escrevia, escrevia e com um clique apagava tudo sem reter na memória o que fora, como fora de onde fora..era apenas questão de botar pra fora aquilo que matava o que estava por dentro.
Corria para o banheiro e sangrava com cortes milimétricos perfeitos, quase sem dor.
E vomitava mais uma vez vomitava, tremendo com o corpo suado e sangrando...
Nu na sala de estar.
Era de madrugada, talvez noite, de janelas fechadas sem ruído lá fora, sem som do lado de dentro e gritarias de vozes indistintas pedindo socorro dentro de mim.
Álcool me embrenhava por utopias da vida sem sabor, sem odor quase anis,
 Loucuras e divagações.
Precisava do sexo e  do prazer para voltar a ser. Sufocar só para conseguir sentir algo alem daquilo. Assim, daquilo sem nome, mas com historia e identidade.
Tic TAC o maldito relógio ensurdece-me. Não paro e não dá pra parar. a vida do mundo em frações quase nulas com peso enorme.
Brincando com a luz me encontrando nas sombras e o medo de me reencontrar com o espelho, sem fome; fingindo que não sei quem sou só para poder me perder na loucura de minha mente, só para poder ter a desculpa de dizer: sou louco! Que se foda o resto... Não tenho sentido, não tenho razão e por isso não tenho culpa de respirar e tirar de um recém nascido o ar que lhe seria mais útil.
Bêbado, drogado, na erva a fumaça me traz medidas exatas do que poderia ser.
O comido pela comida de cada um. É só mais um gozo o poder da luxuria.. E escrevo sem sentido – sou louco.
Frio e o calor que ignora o tempo passado e o tempo futuro... Apenas anunciando mais um momento de sonhar ou apagar, perder as horas, esquecer do tempo e... Assim sem completar perecer em um copo de café frio com baratas na mesa a massagear a pele. Dedilhando... Me matando..ou simplesmente escrevendo, criando...não te sacando, não te entendendo...enfim crescendo...
Acordo em um fedor sem nome. Depressão, pode chamar como quiser não são definições de dicionário ou um pauzudo intelectual estudado por décadas.
É fome de algo, é sede de tudo..e deitado na posição de feto tento chegar a mesa para continuar a dedilhar... Digitar meu silencio... Dedilhar meu pesar...dedilhar minha foda cheia de palavrões...digitar meus anseios, minha dor em inspirações... Por que eis o que sou uma escada rolante parada sem rumo e destino algum... Não faz sentido? Pois é.. Dizem que sou louco..por pensar demais...


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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.