Fragmentos parte II

Willian Lopes de Sousa Augusto

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Seu cheiro nas minhas roupas, e seus lábios no meu pescoço, nuca, barriga e boca... Sua língua...

Seus olhos de menino-homem observando e sorrindo sem dizer palavra...

Seus dedos entrelaçados em minhas mãos abertas... E seus braços;

Seu abraço apertado, forte, de amaciar costelas e músculos...

Seu músculo... Sua pressão... E seus movimentos... Seu arrepio...

Sua temperatura e textura em meus sentidos... Meu tato, meu talo, seus afagos... Seus passos...

Sua voz e respiração ao pé do ouvido...

Seu humor, sua chatice, seu conhecimento, suas lições... Seu apresso, sua companhia em silencio... Sua companhia em um mar de palavras sem fim...

Suas historias, seus sonhos, suas vontades, suas comparações, seu sarcasmo...

O teu olhar sem piscar ou cruzar... Seu pensar... Seu chamado e meus passos a te seguir e caminhar...

A saudade e o S a somar com o 2

Quero construir muralhas em volta de edifícios enormes só para sentir a sensação de construir, de criar.

Quero perecer em sede...

"Em tons de azul, subitamente enxerguei

Um fato que nunca criei, esperei

Parti, de conceitos que eu inventei

Eu te beijei...

Voltei no passado.

No dia calmo de setembro.

O dia que confessando ou não eu quis mais

Sim, você esteve certo, estava certo

Nas brincadeiras haviam verdades

Nas risadas, saudades e ansiedades

Ali estava exposto, na noite sem luar

Numa jaqueta preta, com uma aguia a olhar

Já não era simplesmente mais um a passar

Ali conheci meus dois amigos

Ali numa foto, parado os três

Com só uma coisa em comum

Perdidamente, falsamente, fingi não ver

Mas senti ao ter você

Coloquei muros e espelhos d'agua para não olhar

Previ e foquei em outros para não me permitir admitir

Admiti, cai, enxerguei, esperei, sofri

E agora estou aqui, recordando

Tentando viver

Escrevendo pensando sem te ter

Imaginando um dia de setembro

Azul na mente quando eu poderia caminhar com você

Criei ilusões sozinho da onde não quero

Não posso ou não consigo escapar

Cavei um buraco, onde eu deveria além de você, me enterrar

Se recordar não é viver, se recordar

É querer voltar ao que passou

Se recordar não é andar pra frente

Feito carangueijo só quero andar de lado

Recordar algo que nunca existiu

Um beijo a meia noite ao som

De um K Especial...

Mesmo que não seja real

isso hoje pra mim é viver

Assim posso dormir a noite

Achando que desde aquele beijo

Inexistente, sou feliz com você...

I'll describe the way I feel

Weeping wounds that never heal

Can the savior be for real?

Or are you just my seventh seal?"

é tão intenso, que só de ver uma foto meus olhos enchem de lágrimas.

é tão doloroso, que não existe remédio pra aliviar.

é uma anciedade a flor da pele, que as horas insistem a não passar.

é tão desesperador, que nao existe lugar pra se refugiar.

porém é uma necessidade, e isso me traz força a lutar...

...eu te amo, e nem sei o porque.

Eu te busco e nem sei onde procurar

Eu te espero mesmo sem saber se chegara

Eu te tenho mesmo sabendo que vou perder

Eu te conquisto mesmo sem poder ganhar

Eu te sinto...ao me apaixonar...

E eu te amo..sim mesmo sem saber porque...

E nas noites sem luar escuto sussurros de uma velha canção de ninar:

"Ela é a mulher má

Um demônio em azul turquesa com perolas como colar

Ela vem de salto e afasta os grandes lábios para se saciar

Palavras ao ar e um busto que sabe dançar

Ela é a mulher má

Um anjo em cascadas douradas,

Às vezes vermelhas e às vezes negras como a meia noite

Em cima da mesa ela é a melhor,

O capitão de meu barco ao leu

As crianças gritam - estamos prontos para o amamentar!

Ela ignora e ri, ela dança e sorri, ela deita no chão

Faz caça com meu arpão

Meu deus quem dera que fosse real

Mas é apenas a mulher má..."

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Willian Lopes de Sousa Augusto

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