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Leia Ouvindo >>  Pra Você Dar O Nome - 5 à Seco Me assusto ao passo que escuto musicas aleatórias e que dizem tanto sobre um...

Sabe O Quê




Me assusto ao passo que escuto musicas aleatórias e que dizem tanto sobre um momento, sobre uma situação qualquer ou especifica.
Assim como as fases da Lua, os dias em que vivo e absorvo o mundo são paralelamente proporcionais ao que ele parece me oferecer. Quando a lua esta cheia, a vida parece ficar carregada de gente, de falas, de sons, de tudo, muito que só fazem tornar belo o que muitas vezes é feio e caos interior.
Quando ela se desmancha em minguante ou crescente ou mesmo resolve se esconder em Nova, tão velha pra mim, as horas começam a rarear, a paz começa a não ser mais continua. Tudo falta tudo sente falta. E Sente.
Mesmo assim, assustado com o tudo que gira ao meu redor, o como cada brisa, cada cheiro de tudo que há e esta se refletem tão bizarramente no meu modo de ser, enxergar e permanecer caminhando, noto justamente nessas mesmas musicas, letras e textos, pessoas e cheiros tudo aquilo que preciso para caminhar sem cair, ou sem me machucar de mais.
Conhecendo possibilidades, dando vazão ao que já parecia não fazer mais parte ou sentido. Família. Aconchego de mãe, discussões de pai. E um afago e entendimento estranho mas interessantíssimo e assim a aproximação com o irmão mais novo. Vê-lo se tornar Um igual onde antes era um bebe (meu) precisando de atenção...
Um abraço e uma lambida morna do cão fiel, com toda sua idade e seu olhar de me ler como ninguém jamais foi ou será capaz de fazer.
Relembrando brincadeiras de infância, descalço com o joelho sangrando e o ‘Mertiolate’ dolorido. O ioiô ao sol da coca cola, o ‘mini-cinema’ nas mãos e o esconde-esconde embaixo de um beliche.
Aqueles dias de levar leite morno escondido a um gato de rua, ou promessas de fugir de casa porque a fita VHS do Rei Leão não rodava.
Cada momento com a falta e a saudade, fez preencher lacunas e criar lembranças que um dia serão também saudades. Mas estarão aqui.
Aprendizado que nunca se deixa a cada café tomado, a cada conversa escutada e recebida.
Não estou preparado para deixar tudo ir assim, da mesma maneira que consigo encerrar o que escrevo ou dar um ‘stop’ na minha musica favorita ou no filme do dia.
Não consigo deixar e fechar as janelas da vida e do coração da mesma maneira que consigo com um simples clique fechar o navegador do computador.
Mas aprendi e entendi que tudo aquilo que não esta aqui, não pode ser uma memória ali, no amanhã. Se vivo de saudades e de lembranças é porque vivi e vivo o hoje como muito poucos e isso não esta estampado nos copos de bebida ou no cheiro da sarjeta lá fora. Esta em tudo aquilo que se recebe e compartilha. Naquilo que se pensa e naquilo que se dá. Saudades e lembranças só se há, quando há o que lembrar e o que sentir falta. Então houve e isso é um ponto.
Talvez eu não possa te deixar ir por completo, mas posso, devo e vou te permanecer intacto da maneira que completa. Permanecerei-te cheio no meu céu particular. Sem perigo de um amanhecer inesperado.
Da minha parte espero noticias de felicidade do seu lado, com a lua que lhe fizer presença da maneira que nunca fui e não deveria ser. Ou talvez uma Nova quem sabe.

“Quero é te ver
“Dando volta no mundo indo atrás de você, sabe o quê
E rezando pra um dia você se encontrar e perceber
Que o que falta em você... ”

É que decidi que aquilo que falta, é tudo aquilo que deveria estar aqui e não esta. É como “Hugo Cabret” disse: Tudo no mundo existe para completar e ser funcional a alguma coisa. Como peças de maquinas.
Se você me falta é porque um dia essa peça chamada saudade terá que completar-se em mim. E se não é agora é porque não deve ser. E se for pra ser, um dia voltara da maneira que tiver de ser. Talvez como o encaixar de mão num aperto amigável em alguma plataforma de dança da vida. Ou em um roçar de pele dentro de um saco de pipoca.
Segue. Seguindo. Indo. Caminhando. Em frente. Indo aonde vou chegar.

*Texto que bateu após ler este aqui >> Bem que se quis - Claritromicina
** Foto de Simone Lins >> Facebook e Blog Pessoal


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Um comentário:

  1. "Não consigo deixar e fechar as janelas da vida e do coração da mesma maneira que consigo com um simples clique fechar o navegador do computador."

    Não é preciso que isso aconteça...adorei o texto!
    bjs

    ResponderExcluir

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