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♫♪"Já me despi de imposições O bom é dádiva quando se quer Há mais que a luz e mais que a cruz Não espero data marcada pra brin...

Silent Night?


♫♪"Já me despi de imposições
O bom é dádiva quando se quer
Há mais que a luz e mais que a cruz
Não espero data marcada pra brindar

Se eu pudesse sustentar
Se eu pudesse conservar
Se eu pudesse alimentar
A conspiração.

Se eu pudesse ampliar
Se eu pudesse dilatar
Se eu pudesse amplificar
A conspiração do amor."♫♪*


Para uns, a data é de extrema benção, dia de renovar as esperanças na humanidade, dia de transbordar o que temos de melhor: a empatia, a humildade, a solidariedade. o Partilhar e receber de bom grado a vivencia em sociedade de fato.
Para outros, é uma data de hipocrisia  um ode a falsidade. O dia de nos escondermos de nós mesmo diante da imagem que se espera, perdão de 24 horas para mais 364 dias seguintes de pura heresia e individualismo habitual.

Seja o que for, hoje é natal.

Data originalmente religiosa que celebra o nascimento do filho de Deus na Terra. Hoje porem a data é muito mais capitalizada, do que doutrinal.
Mas para mim ela é apenas um costume, imposto que ao longo dos anos vem sendo facultativo. Opcional.
Durante meu crescimento sempre tive uma relação dúbia com a data. Nunca fui religioso, assim o que me importava no Natal, era somente a visita do Papai Noel com meus presentes.
Em seguida, a espera já não era mais pelo "bom velhinho", mas sim pelos presentes dados por tias, tios, primos, primas, amigos, professoras e meus pais. Os anos avançaram e a espera era unicamente visando as comidas tipicas dessa época que tanto me agradam - e engordam-.

Hoje, minha relação com a data é avessa. São cerca de 48 horas de melancolia, depressão, de introspecção, não pelo balanço geral que se possa fazer perante a data, a alma humana ou mesmo os acontecimentos que perpassaram ao longo do ano. Mas justamente, por é a unica época do ano, em que mais do que os outros dias, eu me sinto menos pertencente a esse mundo, esse planeta, essa época  essa sociedade, essa massa cinzenta coletiva. São ideais, costumes, ideias, desejos, pensamentos, características que me excluem apenas por existirem, diante da data. São canções belas, luzes deslumbrantes, cores vibrantes, um tempo ameno, sorrisos nos rostos, fartura de um lado e escaço do outro. As cidades se dividem entre o tudo e o nada, entre a alegria e a indução da emoção perante a tristeza e falta alheia ou a fartura solidaria do outro lado. São ações e posturas detentoras de admiração, mas que só se repetem uma vez por ano. Que não me são suficientes...

Dai penso: mas não seria hipocrisia, reclamar da hipocrisia que a data circunda, mesmo que veladamente, mesmo que ninguém perceba ou tenha real intenção?
Sim. é. me torno hipócrita ao reclamar, ao não gostar, ao tentar evitar, ao comparecer...
E é justamente ai que reside todo o problema.

"O bom é a dádiva quando se quer?"

Não sei, só sei que é Simone nas rádios  renas nas ruas, Chester e as batatas assadas na mesa, o vinho na boca, o dinheiro voando perdido pela janela, e meu vazio oco, ecoando estático  piscando entre o cansaço, a aversão a tristeza e a falta do que sentir ou entender.

Talvez um dia isso mude, e eu volte a esperar com afinco e ansiedade as o trenó e a Estrela Cadente ao lado dos carneiros.

Mas por hoje prefiro ter uma noite silenciosa de mim, para mim; o mais longe possível do planeta e de suas luzes acessas com espasmos piscantes.
Nem que esse longe seja ali sentado a mesa na ceia e ouvindo piadas de Pavê e perguntas de relacionamento a entrada de cada casa visitada.

No mais deixo-lhes esta versão que assume a data mas a sua- a minha - maneira...:





*Letra da canção "Conspiração de Amor" da Agridoce, ainda não lançada oficialmente pela dupla; executada apenas uma vez durante o programa Fantástico da rede Globo de 2009.aqui


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