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"Por onde andei, enquanto você me procurava?" Tento achar uma resolução naquilo que é irresoluto quase sempre. Feito diário ...

Fincado


"Por onde andei, enquanto você me procurava?"

Tento achar uma resolução naquilo que é irresoluto quase sempre. Feito diário aberto com manchas entre as barras das paginas me faço compreender.
A muito tempo decidi expurgar demônios, demônios que saem de mim, entram em forma de anjos, de vento, de doces, de momentos, de um olá, em forma de uma olhar e se transformam em ecos e sussurros que me compilam, abraçam e arrebatam, me  dizendo coisas, me fazendo coisas, me pesando coisas.
Entre estes, aqueles que servem para impulsionar e são raros amigos tortos. Mas a maioria é de ferida e tapa, ferida aberta que fede ao passo que apodrece, e precisa ser suturada ou pior, aberta ainda mais para ser limpa e poder enfim cicatrizar.

Uso as palavras como um antisséptico funcional que limpa essas feridas, cai fundo na contaminação e vezes cura, vezes cicatriza, mas às vezes reage com alguma coisa que não deveria e faz infeccionar o que já estava inflamado.

Por isso decidi recentemente não mais escrever sobre tais demônios, não mais falar de sentimentos não mais mexer naquilo que esta invisível e trancado.
Não por medo, este já não faz mais parte desse organismo, mas por cautela. Cautela de não me permitir mais chorar, cautela de não me permitir mais cair e sangrar. Pode parecer dramático, ou simplesmente algo extremista e exagerado demais. Pois é!

Tudo aquilo que desestabiliza preceitos é exagerado. Mas isso é uma forma racional de explicar...
O caso é que decidi deixar.
Deixar para lá anseios, deixar para lá medos, deixar brigas, deixar injustiças, deixar cansaços. Deixar verdades, deixar revelações.
Deixar inimizades, deixar crises, deixar depressões, deixar o passado.
E deixar principalmente as pendências. Deixar tudo para se tornar resto e apenas parte, do que custosamente seria um Tudo de um inteiro todo. Tenho me banhado cuidadosamente de preguiça e de vontade de caminhar. De pé no chão, nu sob a estrada sem me importar com o tamanho e medida que me dão sem me importar com o dedo apontando e a pseudo constatação do outro, ou mesmo de mim mesmo.

Tem me servido bem, tem me amortecido bem. Mas algo parece querer despertar.

São letras de musicas repetidas, são filmes se tornando latentes na vontade, são lembranças e necessidade de procura são sonhos e pensamentos me fazendo voltar no tempo, numa mente brilhante aparentemente sem lembranças em cores vermelhas e laranjas, se tornando um azul celeste vivo, de bares, copos, ruas, horas, filmes, musicas, desenhos, cartas, textos, post’s, mensagens, sensações, dialetos, segredos, tratamentos, sorrisos e cheiros, risos e gargalhadas, lagrimas, ligações na madrugada num corredor qualquer, desculpas, perdões, surpresas, danças, luzes e noites de lua cheia olhando as estrelas.

Tudo vindo a tona, como um grito distante do fundo de alguma coisa pulsante talvez, de querer e falta de vazio ou saturação demais.
Tampei os ouvidos e permanecerei assim por quanto tempo conseguir, ate as vozes e lembranças se fazerem dominantes, me abraçarem, me dominando em seu peito e exigindo voz de réu num julgamento.

Em outras palavras: escolhi não mais falar de amor.
Mas parece que o amor, resolveu voltar a falar de mim.

To confuso.

"E tudo ao redor grita, e entre as vozes escuto o seu canto. E é sabor doce."


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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.