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Tive um sonho essa madrugada do qual de verdade, não queria acordar. Um sonho ao mesmo tempo bom, prazeroso, estranho, confuso, feliz e ex...

Era Uma Vez...


Tive um sonho essa madrugada do qual de verdade, não queria acordar. Um sonho ao mesmo tempo bom, prazeroso, estranho, confuso, feliz e extremamente aventureiro. Havia perigo ali, coisas pelo qual se arriscar, mas era MEU LUGAR. Ha tempos (anos e mais anos) que não tenho essa sensação de pertencer. A sensação de "lar" ainda permanece mesmo agora. A pergunta que me faço é: será apenas um sonho?

"...E ainda consigo sentir as curvas dos seus braços entre os meus, 
sua camiseta branca, e seu pescoço virado para me encarar. 
Seu sorriso... 
seus olhos.... 
seu perfume... 
sua presença... 
Sua presença ainda nessa ausência aqui..."

Eram becos sem saída, uma cidade repleta de voltas, casas, uma loja de moda e uma rua de comercio abarrotado. Havia pontes e tuneis, uma casa de paredes brancas, família e amigos na sala, um segredo compartilhado de intimidade, e um segredo misterioso, macabro em um buraco de madeira num quarto com um berço recém-comprado.
Em nenhum momento vi seu rosto, mas já o conhecia. Em nenhum momento ouvi sua voz, mas eu a escutava claramente.

É preciso se afastar do mundo para enxerga-lo melhor?
Sei que quero sair de fora, pra fora, de dentro, pra dentro, Ver, cheirar, sentir, ouvir e beber o mundo, conhecer pessoas, observar rachaduras, poças d'água, formações de lama.
Quero ver o cachorro perseguindo uma sombra e o gato pulando de muro em muro. Quero sorrir para a lua e imaginar o que há além dela, quero beber nos bares tarde da noite com amigos e inimigos também, quero ser ouvinte de um ancião qualquer um jovem comum, ouvir seus pensamentos, suas teorias, quero poder me desligar feito bateria retirada para me conectar com aquilo que esqueço dentro de mim.
Quero mais, sempre mais de tudo aquilo que me falta, que me ganha, que ganho, que recebo e dou. Quero mais, mais do que o prazer e a dança das línguas, mais que o abraço apertado e o calor que não sai somente de mim. Quero tudo que houver no nada, mesmo assim, se este me fizer sorrir. Quero o que é preciso ser, pra ser sempre eu outra vez. Eu preciso...

Penso que por vezes sou o mesmo garoto que um dia saiu da escola, sozinho; andou pela praça que ficava ali perto, sentou num banco e ao olhar para as pessoas andando, correndo, vivendo pensou em seu futuro. Pensou em cada coisa maravilhosa que a vida poderia lhe reservar ou não.
Sei que imaginei algo, mas já não me lembro mais, que algo foi esse.
Herói, o perseguido, o escolhido, o eleito, a vitima, o vilão, no fim do mundo, na terceira guerra, o descendente do espião, o bandido atrás de respostas, ou o mocinho que tem de resistir e escolher fugir ou lutar contra opressores, alienígenas ou forças ocultas vindas do além da imaginação.
Já tive todos esses papeis, sonho com eles, eles me tem e eu os tenho no fundo da percepção. Como qualquer um; nenhum deles é real. É a apenas a minha realidade. Há diferença...

Mas por momentos como agora, me pego desejando, esperando, que ao assoprar as velas desenhadas na areia a porta do quarto se quebre e revele um meio gigante para me levar ao meu lugar, que naquela maça comida no lanche da tarde, haja o veneno que me faça dormir sem sonhar, ate que o beijo venha me despertar. E que haja mais sabores e cores a cada hora, alem do quarto iluminado pelas luzes de um computador saturado, com lagrimas sem tristeza ou dor caindo pela face de um menino que pensa que é homem, mas envelhece a cada angustia só dele, sentida.

Eu queria meu Era Uma Vez...

"Entre estranho, se faça conhecer, me aperte no peito, me alivie a cabeça, me enxergue mesmo do avesso e liberte minha voz, para eu poder dizer sem temores quem sou eu. Entre!."




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Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.