contador visitas
contador de visitas

Vinte quatro anos, vinte quatro primaveras e vinte e quatro outonos. Penso que já vivi muitos tantos invernos e verões também, mas os m...

Dois Ponto Quatro

Vinte quatro anos, vinte quatro primaveras e vinte e quatro outonos.

Penso que já vivi muitos tantos invernos e verões também, mas os mais marcantes sempre foram os outonos e as primaveras. Ainda que eu tenha nascido sob um inverno rigoroso.

Acho que a estação do meu nascimento diz muito sobre quem sou e quem serei, quem fui e quem voltarei a ser. Sou um ser mutável e disso todos sabem aqueles próximos e aqueles longínquos. Não é preciso estar perto de mim, ou me conhecer pessoalmente para perceber o quão instável e mutável sou. Sou um emaranhado de emoções, de vontades e desejos, de abandono, de apego, de indiferenças, disfarces e fases diversas de sinceridade, m verdades, mentiras e muita ocultação e camuflagem.
Sou um emaranhado amassado repleto de nós a desatar e a se enrolar ainda mais.

Não é fácil conviver comigo e também não é fácil deixar de conviver- tenho essa consciência de ego sincero-. Sou um ser normal e cotidiano de raridade estranha talvez... Não sei.
Muitos me conhecem pelas palavras, acho que é meu ponto de partida. Depois me enxergam pela sensibilidade ou pelo silêncio que sempre me acompanha ao lado de um sorriso muitas vezes amarelado e automático.

Sou um ser feliz, sem paz, perdido, mas coerente em toda a confusão e utopia existente dentro, fora e ao redor. Em cada pedaço biológico, espacial e os fragmentados nos amores entrelaçados no coração, na mente e nas lembranças.

No meu aniversario entro numa bolha de ferro, aço e marfim, que reluz, e ressoam todos os pensamentos e reflexões, todos os demônios e dádivas de uma só vez. É um caos interno intenso, que dói, e causa uma pitada de prazer sadomazoquista a cada ano relembrado. E esse ano são vinte e quatro. Uma cicatriz e ferida aberta, uma morfina e copo de café quente e saboroso para cada hora deste dia. São Vinte e quatro anos de descobertas, esquecimentos, de valias de erros, de liberdade e aprisionamento, de crescimento e esmorecimento completos e faltantes também. Sempre contra planos, sempre. 8 ou 80. Cara ou Coroa. Ou melhor, A ponta. A quina. Nunca um ou outro, sempre o meio entre os dois lados. Ali estou cá. Ali estou eu.

Penso nos amores, nos sonhos, nos planos. No reflexo do espelho, nas sombras nas paredes e no chão. Penso em tudo e em nada também, onde fui, onde estou, aonde cheguei, onde irei, como irei. Nos porquê’s, nos como’s e nos agora’s.

Um turbilhão que faz com que cada aniversário seja difícil tal quais natais para passar e sobreviver.
Há farra, alegria e emoção por cada lembrança e consideração de rostos desconhecidos, de vozes nunca escutadas de pessoas, de sentimentos que se imagina não passar de dígitos numa tela virtual mas que carregam sinceridade jamais imaginada. Emociona... Cativa...


É um dia de turbilhão. De Estações. Onde passeio por todas elas num piscar de olhos. Onde acendo a vela da minha alma e só assopro a meia noite rumo ao dia dez. onde corto os pedaços de amargura e entrego o primeiro pedaço ao inferno, para que me deixe por mais longos anos, ou longos momentos permanecer errante no labirinto dessa vida. Onde faço festa com minha sobrevivência, percebo que estou aqui e danço com a luz sob os aplausos do sol. Onde sinto o vento gelado do inverno enrubescer minha face e com uma sensação de aconchego me enxergo pela primeira vez, uma vez a cada ano e percebo: 

Vida vadia minha, te amo pra caralho e obrigado por me deixar te-la. Mas, dá um tempo para minhas rugas e dor nas costas vai!


You may also like

Nenhum comentário:

Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

Realidade Utópica no Face

Featured Posts

Utópicos

Contact Us

Utopicos ate o momento

Eu
Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.