Lá na frente esta o alvo que se arrisca pela linha...

E de volta aos devaneios, uma musica, uma foto, uma lembrança, exalam momentos únicos guardados e trancados com tanto zelo que conseguem se perder entre as guarnições daqui de dentro.

Vejo meus órgãos internos como labirintos, cheios de curvas e valas, que dão em lugar nenhum. As coisas entram sem pedir licença e sem, contudo lembrar-se de perguntar onde fica a saída.

Tudo queima e esfria na mesma medida que vem e que vai.

Tudo pulsa tão intensamente que chega a assustar o movimento mais imperceptível.

Pisco os olhos e vem um tipo de luz, uma determinada cor, com um determinado jeito e costura.

Fico em silencio durante alguns minutos e me recordo de diálogos que nunca existiram e de textos e “dígitos” proferidos e lançados a esmo que põem fim em tudo e levantam novamente tudo como se eu pudesse cair e me levantar com a mesma facilidade de um bebe que acaba de começar a gatinhar.

Sei que somos servos de nós mesmo, o lobo do homem, o cervo do homem. Somos caça e caçador e também a fome e a abstinência. Vejo-me como os dois, queria apenas ser um meio termo. Mas nunca dá.

Daí vem Adele e Ida Maria acompanhadas de Beth Gibbons e Brian Molko e simplesmente retorno de uma maneira viciante e perigosa, onde colho cacos e novas substancias deixadas sabiamente para trás.
Então num processo de pura conspiração, o plano perfeito funciona e mais uma vez estou na teia, na rede criada por mim mesmo, querendo apenas a lei bukownskiana que me guia:"foder a vida e deixar-se ser suruba dela".
Fácil talvez em se dizer, mas nada banal ou simples como parece.
Dai nessa leva peço: escutem - Clica Aqui - e viagem ate o paraíso inexistente do meu inferno particular sedutor.