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Insatisfação crônica... Patologia vivida e eternamente adquirida. E hoje finalmente aceita. Sempre me perguntei o que há de errado comigo. M...

Will a lá Woodyano

Insatisfação crônica... Patologia vivida e eternamente adquirida. E hoje finalmente aceita.
Sempre me perguntei o que há de errado comigo. Minha vida inteira foi acompanhada por esse questionamento, de dentro e dos olhos de fora também. Sempre me senti excluído da maioria justamente por isso. E fui encontrar abrigo nos diferentes, iguais a mim por assim dizer.
Às vezes acho que o diferente são os outros e eu que sou o normal.
Desde a mais tenra idade, porem essa sensação de não pertencer tem me causado experiências assustadoras e nada prazerosas. Me fez criar um modo de vida particular onde somente antenas perspicazes e sutis; sensíveis; conseguem penetrar e traduzir em freqüências  entendíveis.
As artes me ganharam e conquistaram de imediato justamente por isso. A arte seja quais forem, tem essa característica o de não pertencer aos ditos normalidades do restante da vida e por isso mesmo são tão..reais, são tão à mim.
O cinema e a musica ganham destaque especial aqui dentro. São capazes de me destruir ou mesmo me reconstruir num passe de mágica, de plano, de elipse ou de compasso.
Com exceção de Woody Allen.
Suas obras sempre me intrigaram, mas nunca entendi o porquê apesar desse interesse sem explicação nunca consegui senti-lo, ouvi-lo, degustá-lo. Algo sempre me repudiava, me cansava, me causava desconforto e hoje entendi o por que.
Assistindo em seqüência “Meia Noite em Paris” e “Vicky Cristina Barcelona” entendi o que há no Allen que me machuca ao me encantar.
Sua visão de mundo é tão peculiar quanto um grão de areia no asfalto.
É sutil, é quase imperceptível, desnecessário a vista breve, mas complexo...
O modo como seus filmes refletem a busca humana é algo que me coloca diante de um espelho fílmico repleto de sombras dispares com meu formato de rosto e corpo, com minhas características de olhos, de mãos, de boca, com meus traços e texturas de pele e sabor.
Não suportar classificações, eterna busca sem nunca encontrar um final definitivo, momentos e diálogos abertos, possibilidades e escolhas... Insatisfação crônica em estado terminal.
E isso machuca, fere e causa desconforto. Saber e ver que alguém consegue transpor barreiras distintas como o estado permanente de sempre estar perdido no mesmo lugar ou se encontrando sem perceber.
Minhas relações não só amorosas, mas afetivas e profissionais mesmo estudantis são um grande roteiro ‘Woodyano’... Em toda a sua delicadeza e destruição.
E não sei ate que ponto devo aceitar e lidar com isso e procurar minha própria Scarlett perfeita


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Um comentário:

  1. Ah, o blog ficou tãaaaao lindo!
    Adorei o texto e vivo muito isso de insatisfação crônica, uma cobrança que nasce de mim para mim mesma, e que quase sempre é cruel! Um desespero por sempre querer buscar aquilo que julgo ideal, às vezes é uma imagem de um filme que nunca assisti, uma foto que traduz um sentimento, essências... E por isso, buscar sempre coisas em que se apoiar, buscar culpados como eu! Ando tanto com "A sombra" na cabeça, sabe: Enquanto há desejo não há paz! Pitty nos pegou!

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.