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Sou o que sou depois de tanto me transformar. Feito larva em borboleta, me vi de algo que um dia fui a algo que agora sou, estou. Sem quas...

Ate Que...


Sou o que sou depois de tanto me transformar. Feito larva em borboleta, me vi de algo que um dia fui a algo que agora sou, estou. Sem quase poder reconhecer aquilo que um dia fui. Mas ao contrario.
Não há beleza na transformação, na forma como queria que houvesse.
Tudo o que vivi, vi, ouvi e passei me fizeram ser quem eu sou. Endureci.
Não mais aquele garoto que só queria chegar em casa depois de um dia de trabalho, de estudos intensos, ir para a frente da TV e rir de seus programas preferidos ou sair para passear com seu cachorro. Não mais aquele garoto que se contentava com finais de semana em família, rindo das historias dos mais velhos, jogando pôquer ou dominó e se sentindo O CARA por vencer três vezes seguidas nos jogos de tabuleiro.
Não mais aquele garoto, que fantasiava com a chegada do trem repleto de fumaça e uma carta que lhe diria: “é, você é mais que isso... Você não é daqui realmente.”
Não mais o garoto que acreditava em magia, o garoto que amava as escondidas a melhor amiga e depois junto dela, investia na garota mais popular do colégio.
Não mais aquele garoto que era taxado de bicha cdf, nerd sem libido, amado pelos professores e odiado por toda a historia da educação física. Não mais o garoto que queria desvendar a cada fim de mês cada teorema matemático que surgia pela frente, que decorava jeitos, trejeitos e textos de novelas e os representava na calada da noite, sem plateia ou aplauso.
Não... Não mais.
Sim, mudei. A face de menino em um homem pode ate aparentar ser a mesma, mas enquanto a casca aparenta fofura, compreensão e atenção, o interior é um mar de tempestades e psicopatia solitária, que ninguém ainda é capaz de tocar, fazer contato ou jogar alguma boia para tentar salvar.
A pele fede a talco, mas o corpo, os olhos exalam cinzas e pó.
Os anos me fizeram ser mais frio, mesmo com todo o sangue quente que a pele demonstre possuir.
A fala mansa, o andar tímido e desengonçado, a fragilidade só servem para mascarar todo o aço e pedra em cada fibra interna.
Não mais confiança, não mais acreditar. Tentar...? Por vezes; e inúmeras decepções. Mas nunca mais a mesma crença e magia de antes.
A fé assusta. A mudança? Amedronta ainda mais.
Depois de tanto mudar, cada peça que se move parece vir carregada de angustia pelo o que poderá vir à frente. Quão mais posso me transformar?
O maluco beleza disse: metamorfose ambulante. Ou estática talvez. E é. Mas não por opção. E sim por necessidade.
Conquisto um por um que se apresentam no meu caminho, me envolvo com alguns, lhes brindo com piadas e sorrisos e diversas vezes com abraços, carinhos e palavras de vidas vividas intensamente.
Mas nunca por completo, nunca de forma plena.
Não poder falar ou relembrar o passado de forma sossegada é uma constante. Tudo é um nevoeiro denso. E sou feliz por ser assim.
Quem sabe um dia... É o que prometo a mim.
E de texto em texto, de me deixe em me deixe... Vou deixando a vida rolar solta, tonta, zonza, suja, limpa, linear ou cheia de curvas. Ate que...


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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.