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As águas foram embora para deixar somente a umidade áspera dentro de cada um. Água salgada. As chuvas fugiram e deram vazão ao p...

Adeus Sem Gosto



As águas foram embora para deixar somente a umidade áspera dentro de cada um.
Água salgada.
As chuvas fugiram e deram vazão ao pior dos meses. O mês que testou minha vida e tudo nela de todas as formas que poderia ate então.
Foram dissabores, não amores, dores. Foram perdas, perdas de vida, ganhos de morte. Foram horas que vagavam sem realmente irem a nenhum lugar. Foram dias de chuva nos olhos, ardência, doenças e resfriados. Foram dias de frio e calor intenso. A Renite atacada, a Sinusite fazendo visita.
Brigas em família, em amizades. Brigas com o próprio reflexo e mais uma fuga e bate boca com a própria sombra.
Foram textos demais, espera demais, perdas demais, ganhos de menos, foram insônias e pesadelos, descobertas e decepções. Foram dias de 30 horas e mais.
Foram quase cinco semanas de terror, suspenses, dramas, exaustão; nenhuma comedia. Foram trinta e um dias; e quatro quartas, quintas e sextas feiras.
Foram ate agora mais de 732 horas de caos e verdadeiro medo.
Medo de me perder mais. Medo de uma parte inteira desfragmentar e cola nenhuma jamais conseguir juntar de novo.
Foi um ano num mês. E um mês inteiro de uma vida.
A minha vida, a vida dos meus ao meu redor e alem dele.
Nunca pensei tanto, nunca retive tanta informação. Os problemas as risadas os valores. Tudo tanto sem começo, sem final só o meio de tudo permaneceu e dobrou, numa equação falha de alguém brincando de ser cruel.
Foi onde os anos e as lembranças deram lugar a realidade, ao peso do futuro e as facas em brasa do aqui e agora.
A decisão a se tomar, o plano feito, o desenho sem pintura e as frases soltas sem conclusão.
Os comprimidos, a febre alta, as alucinações. As fugas, pernas cansadas. A prova sem gabarito. O xarope. A visão “D’Ele Ali parado”.
Foi um mês também de apoio.
De palavras doces e mãos nos ombros. De abraços inesperados de vias de fato e via crucis que confesso não imaginava.
Foi um mês de me viciar em duas novas series e todo o mal e conforto e adrenalina que comporta isso tudo.
Foi o grande acerto de contas entre os César’s – ‘ô criança no meio da batalha de seus antepassados’ -.
Foram dias de romaria e prece, sem paz. Só desalentos...
Mas foi.
Foi e logo menos terminara.
E só o que peço escrevendo e ouvindo sons aleatórios sem lógica alguma, sempre do passado que vem soprando – não sei se pra frente ou apenas para causar arrepios – é que vá, que esse Agosto vá embora, va com tudo o que não me trouxe e com o tudo que me tirou.
Que vá em paz. E leve consigo sua cara, suas garras, suas mãos, seu pé, sua foice, seu catarro da minha cara.
Que vá, cheio de ressentimento de minha parte – um dia nos acertamos, um dia quem sabe possamos nos sentar e fazer as pazes... Quem sabe um dia eu lhe ceda mais 31 dias de minhas horas na Terra - mas por agora vá!
Não olhe pra trás que não olharei nem uma só vez para a sua folhinha destacada, amassada, rasgada e queimada, na descarga que acabei de apertar. Sepultei.
Vá.
E que essa Lua Azul de hoje traga a raridade tal qual ela que me falta nesse ano, nesses dias. Que Setembro e seus colegas que o seguem tragam a paz e a força que deixei em algum desalento de agosto...
E o brinde de saideira é A Mim. Desculpa. 
Tin-Tin!



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