contador visitas
contador de visitas

Cidade cinza que amadurece, endurece e bate feito murro de gesso. Ao invés de colar, quebra. Ao invés de proteger, mancha. Embranque...

Se Alguém o Ver Ali Parado




Cidade cinza que amadurece, endurece e bate feito murro de gesso. Ao invés de colar, quebra. Ao invés de proteger, mancha. Embranquece a parte negra e encobre a claridade de sujeira.
A razão que mantém tudo no eixo, cada pedra, cada casca de ovo e agulha no lugar,
Vão se esvaindo.

Éssepê já não parece mais tão segura, tão parte e tão lugar.
Lugar,
Que lugar buscar quando a parte de um todo parece já não fazer parte de dentro? Só o que resta é o fora. Pra fora, de fora.
Na hora,
Na hora que tudo esmaece, a janela trinca, a porta emperra, o vaso sanitário entope e regurgita.
Fede,
Tudo em volta, mas não do ambiente, mas sim o que se exala de dentro.
O mundo, que gira e gira e gira, e suas voltas sem cessar náusea,
Enjoam, ao invés de manter tudo em seu lugar.

Que lugar?
Lugar em que tudo cansa, lugar onde tudo se perde, onde tudo faz querer fugir de dentro de si, apenas para deixar algo oco por vontade e não porque simplesmente não conseguiu manter cheio.
É querer abrir as mãos para deixar a água escoar, ao invés de vê-la vazar por entre os dedos, por não conseguir segura-la.
Escolhas, que te escolhem e não te deixam escolhe-la.
É labirinto sem saída, clichê sem limites,
São paredes mortas e luzes ásperas
É tudo sem razão, sem eixo, sem lugar.
É o pedaço de mim em outro querendo ser parte de novo.

São fitas, 
fitas que amarram a boca o tornozelo e o pescoço – enforcam, calam e derrubam.
Queda,
Sem lugar no chão, poço fundo sem aderência, sem possibilidades de escalada.
Não há chance, ou espaço pra piada.
É vontade de chorar
Chorar sem ninguém perguntar, sem ninguém estender o lencinho cinza para enxugar.
É o querer o abraço e colo de mãe, quieto, cafune sem intenções. Conforto; mas saber que esses braços também pedem o mesmo.
É chorar, admitir fraqueza e clamar pela maior dádiva que poderíamos ter e alguém nos dar: a ignorância. 
O não saber, não compreender, não sentir, não se importar, não...

“Ele estava lá, olhando pra frente.
Sem nada enxergar, sem nada fazer.
Só olhava pra frente
Uma lagrima escorria do rosto
O que acontecera?
Nem ele sabia
Só estava parado
O tempo passando e ele parado
A lagrima manchando seu rosto e ele parado
Sua mente querendo explodir sem compreensão
(era tanto, que seu cérebro não conseguia captar algo concreto para se dedicar a compreender)
E ele ainda assim parado, se mexer custava, custava um tanto, um tanto muito 
Que só conseguia por osmose permanecer parado
Parado quieto
Esperando ou indo embora,...
Apenas... Ali,
Estando enquanto não Era!”


#Titulo referente a uma musica da Banda Cascadura >> saiba!


You may also like

Nenhum comentário:

Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

Realidade Utópica no Face

Featured Posts

Utópicos

Contact Us

Utopicos ate o momento

Eu
Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.