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Pelas janelas embasadas consigo ver o mundo.  Parte de tudo e um tanto de tudo. Tudo tanto, e tanto pouco do que gostaria. Pelas jane...



Pelas janelas embasadas consigo ver o mundo. 
Parte de tudo e um tanto de tudo.
Tudo tanto, e tanto pouco do que gostaria.
Pelas janelas do meu quarto fechado, 
vejo o dia cinza, sem cor ou tom em nenhuma escala ou paleta. 
O pintor me odiaria.
Da janela consigo ver as escadas, que descem ate o outro andar. 
O andar que fica acima de quem anda sem olhar para baixo. 
E abaixo dos que vivem a olhar pra 
cima. Eu olho em frente.
Da janela enxergo o vidro e a grade. 
Da janela esta o pássaro repousando, banhando-se em saliva e bicadas.
Da janela esta a vida alheia, a vida contraria, desejada e não tida. 
A mesma.
Da janela esta o corredor e seus infinitos passos ate a porta fechada. 
Da janela esta a abertura.
O ponto de fuga, ou o ponto de encarceramento.
Da janela esta a beleza de deixar a luz entrar ou a tristeza de ver as sombras chegarem. 
Da janela vejo meu mundo. 
Mundo sem portas. 
Só há janelas. 
E é delas que vejo o mundo.



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Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.