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Os fios da cidade estão por todos os lados. São fios condutores de eletricidade, de linhas telefônicas e da TV a cabo. Eles estão por aí...

Os Fios da Cidade


Os fios da cidade estão por todos os lados. São fios condutores de eletricidade, de linhas telefônicas e da TV a cabo.
Eles estão por aí, nas ruas, becos e avenidas, esquinas, nas portas das escolas, no portão de casa, na frente dos hospitais, nos fundos dos estacionamentos, nas vielas e ruas sem saída.
Alguns são grossos, outros mais finos, uns claros e outros mais escuros alguns são resistentes, outros nem tanto. Alguns já estão aqui a tempo demais, outros menos.
Os fios da cidade são conectados por postes. De poste a poste, sem começo ou fim delimitado.
Nunca param de “trabalhar”. Fazem seu serviço de conduzir e servir de descanso a pássaros.
Nunca reclamam. E eles aguentam calados, sem mexidas voluntárias ou dias de ira.
Nunca são limpos ou recebem a devida atenção. Quando fotografados, mesmo que tímidos, nunca são notados:
– “Olha que fio bonito”,
- “Que cor deslumbrante” – Jamais se escuta.
Os olhos de fora insistem sempre em dizer que eles “enfeiam” a cidade. Um Absurdo!
São torcidos como se fossem alvos de tortura, os unem a outros fios desconhecidos e mutilados por alicates, arrancam suas peles sem nem ao menos pedirem permissão ou licença.
Os pombos abusam deles. Os pássaros os ferem com suas garras. Suportam frio, calor e chuva e ventos fortes. E não é raro usarem eles como capachos, vitimas de zoazão e “trolagem”, ao serem desafiados a suportar e segurar cadarços, tênis fétidos e velhos, estruturas de pipas e suas linhas repletas de cortantes e rabiolas mal feitas de sacolinhas plásticas.
Os fios da cidade estão por aí, e ninguém sabe quem os criou. Dizem que sempre estiveram por aqui. Outros creem que eles evoluíram. Que eram simples cordões de cobre que se transformaram, na junção com o plástico. Alguns mais se atrevem a acreditar que alguém os inventou. Besteira em minha opinião.
Os fios da cidade sempre estiveram aí, sendo roubados, arrancados, esquecidos, ignorados, remendados, balançados. Cumprindo com seu papel de conduzir.
Ate encontrarem a morte num poste caído, num alicate cego, ou numa falta de energia sem explicação qualquer.



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Will Augusto. Tecnologia do Blogger.

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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.