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'Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.' 'É o mesmo sol que derrete a cera e seca a argila.' ...

Bateu Saudades

'Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.'

'É o mesmo sol que derrete a cera e seca a argila.'

Hoje me peguei lembrando de nós, ou melhor, me vi pensando em você.
Estranhamente pensando não no que você era, mas no que você hoje é.

Antes te via como o ideal perfeito de defeitos e entradas onde minhas partes poderiam se acomodar, onde antes você era o que preenchia de forma absoluta tudo aquilo que meus caminhos, becos e pedaços poderiam oferecer de espaço.

Hoje não o vejo assim, alias, nem mesmo o vejo fisicamente, lhe vejo com o pensamento e a vontade de novamente lhe abraçar e encontrar ali mais que o calor que seu corpo sempre teve e doou, encontrar ali mais que o perfume característico independente da fragrância que escolhesse no inicio do dia, muito mais do que as mãos em volta da cintura e o costume de envolver nos braços enormes todo o corpo como quem pega uma criança no colo.

Hoje o vejo de maneira peculiar, vejo-o como o ser que mais me entendeu, que mais se conectou, que mais foi. E por isso sempre será. Vejo entendimento numa palavra, numa expressão, numa frase, num olhar; sempre o olhar. Como sempre foi, mesmo que não seja como sempre fora.

Mas hoje senti falta, falta das conversas, das risadas, dos segredos, dos olhares se desencontrando para finalmente se encontrarem, senti falta das bebidas, das preocupações  da necessidade de star junto, das brigas e discussões - quem diria- senti falta da mania idiota, das mordidas, da fome insana, da voz aguda e grave nas horas mais estranhas,do sorriso de boca torta, do corpo curvado...
senti falta da ironia e jeito de olhar para cima e virar de queixo erguido quando quer encerrar um assunto de modo avassalador.

Senti saudades, sim, saudades das madrugadas, das conversas de msn ate os pássaros cantarem e nos avisarem que é tempo de dormir, das insonias, dos planos, dos textos dedicados a você e dos códigos indecifráveis exceto por mim nos seus textos de enigmas e sonhos. Dos doces e do bombom, das musicas e da canção, dos medos e coincidências. Da minha cama na sua casa e do caminho do metro ate o seu portão.

Saudade do seu modo critico e irritantemente teimoso, do meu fugir nos shows e bares assim que os níveis alcoólicos subiam em seu corpo lhe fazendo ficar com um olho maior que o outro e por algum motivo com vontades absurdas de me fazer irritar, ruborizar e ficar com marcas vermelhas e roxas.

Hoje acordei e senti falta da saudade de ver, ouvir e sentir sua presença, mesmo que saiba que ela ainda esta e sempre vai estar- com cautela claro, afinal sombras e fantasmas existem para sussurrar em formas de memorias sempre e isso é de certo modo bom- mas hoje voltei a sentir o vazio da Raposa, Do Aviador e do Pequeno Príncipe.- Nunca sei quem é quem na equação...

"Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão"



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Aquilo Tudo que posta no Facebook e mais tantos mistérios que nem mesmo o espelho ou o mundo dos sonhos foi capaz - ainda - de descobrir.